"SOU O MAIS PREPARADO PARA TIRAR O CLUBE DESTA CRISE"

Postado às 14h33 desta sexta-feira, 24 de outubro de 2014.
Nesta sexta-feira (24), o Blog do ADEMIR QUINTINO publica a segunda de uma série de cinco entrevistas com os candidatos que afirmam que irão inscrever chapas a presidência e ao Conselho Deliberativo do Santos, marcada para 6 de dezembro. O primeiro foi Fernando Silva e abaixo é a vez de Orlando Rollo, candiadto oposicionista da "Terceira Via Santista".

Nos próximos dias serão publicadas as entrevistas com Modesto Roma Junior da "Santos Gigante", José Carlos Peres da "Santos Vivo" e Nabil Khasnadar da "Avança Santos". 

ENTREVISTA COM ORLANDO ROLLO, CANDIDATO A PRESIDENTE DO SANTOS FC.

Ademir Quintino: Quais as razões que o levaram a ser candidato a presidência do Santos FC?
Orlando Rollo: Pelo momento difícil que o clube está passando. Apenas uma pessoa com a identidade que tenho com o Santos F.C., somada com a experiência que adquiri em seis mandatos como Conselheiro e como um dos Vice-Presidentes da Federação Paulista de Futebol, poderemos reerguer o clube administrativamente.

AQ: Por que o associado do clube deve votar no Orlando Rollo e não nos demais candidatos?
OR: Apesar de ser o candidato mais jovem, sou o mais experiente e o mais preparado para gerenciar e tirar o clube desta grave crise administrativa. Tenho história e identificação com o clube. Eu vivo e respiro o Santos F.C., ao contrário de alguns candidatos, eu frequento os jogos, esteja eu na situação ou na oposição da política do clube, e vou continuar frequentando independente do resultado da eleição. Ou seja, sou conhecido do torcedor e do associado que poderão me cobrar pessoalmente caso não estejam satisfeitos com algo.

AQ: De que maneira pretende lidar com a dívida do clube?
OR: O candidato que disser que conseguirá pagar essa dívida estará mentindo, pois isso é o reflexo de décadas de gestões administrativamente ruins. Temos que equalizar as dívidas, elencando as principais que devem ter suas quitações priorizadas e equilibrar receitas e despesas que possibilitem a contratação de bons jogadores e o pagamento de salários e premiações aos atletas em dia.

AQ: Caso vença as eleições, pretende reformar a Vila, construir uma Arena ou tem uma outra alternativa?
OR: A nossa casa é a Vila Belmiro, portanto faz parte dos nossos planos a ampliação vertical do Estádio, como um de nossos principais projetos. A ampliação e modernização do Estádio Urbano Caldeira é totalmente viável, e é uma de nossas prioridades. Quando assumi a vereança , apresentei um projeto que está tramitando na Câmara Municipal de Santos-SP em que as ruas no entorno do estádio, exceção da rua Princesa Isabel) seriam desafetadas parcialmente em favor do Santos F.C., como já acontece em dias de jogos, com o intuito de facilitar a construção das novas estruturas que possibilitarão a verticalização. Entendemos que, a elitização do estádio Urbano Caldeira, com a construção de inúmeros camarotes e setores VIP serviram para afastar os torcedores “comuns”, que sempre foram à maioria em nossos domínios. Em nosso projeto manteremos apenas os camarotes localizados em pavimentos superiores. A Vila Belmiro voltará a ser um alçapão.

AQ: Caso eleito, o Santos terá um time competitivo? Vai investir em contratações? Se sim, de que tipo? Ou vai apenas investir na base?
OR: A conquista de títulos será sempre prioridade, principalmente o campeonato brasileiro e torneios internacionais. Queremos mesclar jogadores de nível de seleção com revelações da base. Entendemos que jovens jogadores oriundos das categorias de base evoluem com mais facilidade sob a influência direta de jogadores renomados com passagens pela seleção brasileira ou outra seleção tradicional, por servirem como referencial. Esse convívio estimula os jovens jogadores a adquirirem experiência em campo e extracampo. Faremos grandes investimentos, porém com responsabilidade e coerência.

AQ: O candidato acredita que o Santos tem poucos, muitos ou a quantidade ideal em seu quadro de funcionários? Pretende aumentar ou diminuir esse número?
OR: O clube está com o seu quadro de funcionários inchado em diversos setores. Devemos considerar também o número exagerado de profissionais terceirizados em departamentos estratégicos, que não são contabilizados de forma direta, fazendo aumentar ainda mais o número de prestadores de serviço. Hoje, o clube virou um grande “cabide de emprego” para pessoas sem formação técnica adequada e sem identidade com o clube. Temos que instituir um plano de carreira compatível com as nossas necessidades, motivando nossos funcionários e enxugando a pesada máquina administrativa, readequando o clube a realidade e as reais necessidades.

AQ: O Sr. é favor da terceirização de setores importantes do clube como Jurídico e Comunicação? Como avalia o trabalho das terceririzadas até aqui? Se for mante-las, por que?
OR: Não sou adepto do programa de terceirização em massa promovido pela atual gestão. Deveremos rever este conceito, pois não atende as necessidades do clube.

AQ: A 3a. via que o escolheu em assembléia como candidato a presidente é acusada pela atual administração do Santos de ter sido a responsável por fraudar a emissão das carteiras de sócios falsas– ou fantasmas, com nomes como Nardoni, Pinochet e Al Capone. Afirmam também que através de investigações chegaram a pessoas da executiva da chapa que o candidato encabeça e que os mesmos arranharam a imagem da instituição Santos perante o país. O que pensa sobre o assunto?
OR: O senhor também é acusado constantemente por alguns associados do clube de beneficiar o grupo político situacionista em suas matérias e opiniões em virtude de um de seus influentes membros ser um de seus patrocinadores (com anuncio no blog), mas não é por isso que eu vou acreditar nessas acusações, pois conheço a sua retidão e seu caráter e sou testemunha da sua imparcialidade. No caso das carteirinhas, acontece algo semelhante: acusações levianas. A investigação clandestina e caseira, desprovida de padrões técnicos que acusa alguns membros oposicionistas de envolvimento com a produção das carteirinhas é totalmente direcionada e parcial, não tendo nenhum valor legal. Trata-se de perseguição política descabida e covarde com os associados que ofertaram esta corajosa denúncia que evidenciou a gritante falha no sistema cadastral do Santos F.C. O estatuto do clube é claro quando determina que toda nova associação deverá passar por rigorosa sindicância interna antes de serem emitidas as carteiras, ou seja, impossível pessoas ligadas a qualquer oposição que não está na administração do clube, terem qualquer tipo de ligação com a fabricação das mencionadas carteiras, que foram emitidas pela empresa terceirizada pelo Clube. No ato da denúncia, protocolamos pedido de providências junto ao Conselho Deliberativo do Santos e um pedido de instauração de Inquérito Policial junto a Polícia Civil, que é a única instituição capacitada para encontrar os verdadeiros culpados por este ato que muito nos envergonhou. Todos os que fizeram acusações inconsistentes deverão ser processados através de nosso competente departamento jurídico.

AQ: Recentemente através de redes sociais, membros da vossa chapa trocaram farpas com acusação inclusive de traição. O sr. foi traído? Como contornar uma situação desse tipo às vésperas da eleição e paralelamente tendo que convencer o associado que o seu nome é o melhor para o clube?
OR: Desconheço essas intrigas fúteis de rede social, a qual o senhor se refere. Entretanto, infelizmente traições são inerentes à política. Algumas pessoas quando não tem suas expectativas e aspirações pessoais alcançadas ou quando colocam suas vaidades e seus egos acima de um grupo e dos projetos coletivos tendem a procurar outros círculos onde possam ter seus desejos correspondidos. A traição e a deslealdade vêm dos primórdios da humanidade, e é muito bem retratada no filme “300”, por exemplo, onde durante a batalha de Termópilas na antiga Grécia, quando o corcunda Elfiates tem sua entrada vetada no exército espartano por Leônidas, trata de procurar o rei persa Xerxes visando obter vantagens pessoais e status que não tinha em Esparta, por não ter os requisitos exigidos pelo seu povo para ser um guerreiro, levando os persas a obterem informações privilegiadas sobre a tropa de Leônidas.

                                                   

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