ZONA DO REBAIXAMENTO

Publicado ás 08h00 desta sexta-feira, 1 de Junho de 2018.
O Santos completou seu quinto jogo sem vitória na temporada e a quarta partida sem marcar um gol. Em mais uma apresentação sofrível, o alvinegro reabilitou o Atlético-PR, que não vencia há nove e bateu o Peixe por 2 a 0, na noite desta quinta-feira (31), na Arena da Baixada, em Curitiba, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O Peixe entrou de vez na zona do rebaixamento e ocupa a décima oitava colocação.

A maior novidade na equipe santista em relação a última rodada foi o retorno de Victor Ferraz a lateral-direita. O jogador se recuperou das dores lombares e voltou na vaga ocupada por Daniel Guedes. Além dele, Lucas Veríssimo que sentiu um incomodo muscular diante do Cruzeiro, reapareceu na formação titular.

Pela enésima vez, o Santos levou mais um gol de bola área. Ainda no primeiro tempo, escanteio do lado esquerdo e à exemplo do que aconteceu na última rodada diante do Cruzeiro e na penúltima, diante do São Paulo, a bola viajou, ninguém interceptou e Thiago Heleno abriu o marcador para os donos da casa.

Apático, sem organização, sem poder de reação, o time de Jair Ventura que marca mal, não cria absolutamente nada, esperou o tempo passar e ainda viu o seu goleiro, o melhor na posição nas últimas três temporadas, falhar após cobrança de falta de Carleto e Guilherme ampliar para o rubro-negro paranaense, no rebote.

Ver o Santos jogar é desesperador. A culpa não é só do técnico. É da direção que não dá reforços, do elenco que não é bom, mas não é tão ruim assim para ocupar as últimas colocações e do técnico que não consegue dar padrão e vem com a mesma desculpa nas entrevistas coletivas, em falar de objetivos alcançados, como se o time tivesse eliminado esquadrões fantásticos do futebol para avançar na Libertadores e na Copa do Brasil, principalmente.

Eu, particularmente, gostaria de saber, o por que, a direção não admite que errou na contratação do treinador, já que após 45 dias, por exemplo, demitiu o executivo de futebol Gustavo Vieira, que nem contrato tinha. São dois pesos e duas medidas, é isso? O São Paulo e Sport-PE trocaram de treinador e suas respectivas equipes cresceram na temporada. 

A confiança foi embora faz tempo. O time venceu apenas os dois últimos colocados Ceará e Paraná e perdeu cinco vezes em sete partidas disputadas. Foram seis pontos conquistados e 15 perdidos. 

O comandante técnico está mantido até domingo, pelo menos, segundo pessoas do comitê de gestão com quem o Blog do ADEMIR QUINTINO conversou, após o novo fracasso, na noite de quinta-feira (31).

Alguma atitude precisa ser tomada urgentemente. Esperar a pausa da Copa, para só depois sair as compras, de forma desesperadora, atrás de estrangeiros que são sempre uma aposta, não me parece ser o único caminho. 

No próximo domingo (3), a equipe volta a campo, na Vila Belmiro, diante do Vitória-BA, às 16h.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-PR 2 X 0 SANTOS
Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF)
Público e renda: 9.173 /R$ 181.655,00
Cartões amarelos: Pablo (APR); Bruno Henrique (SFC)
Gols: Thiago Heleno (17'/1ºT) (1-0) e Guilherme (8'/2ºT) (2-0),
ATLÉTICO-PR: Santos; Zé Ivaldo, Wanderson e Thiago Heleno; Matheus Rossetto, Camacho, Lucho González (Bruno Guimarães, aos 37'/2ºT) e Carleto; Nikão (Bergson, ais 45'/2ºT), Guilherme (Raphael Veiga, aos 33'/2ºT) e Pablo. Técnico: Fernando Diniz.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Dodô; Renato (Bruno Henrique, aos 19'/2ºT), Pituca (Cittadini, aos 33'/2ºT) e Jean Mota; Gabriel Barbosa, Rodrygo (Yuri Alberto, aos 37'/2ºT) e Sasha. Técnico: Jair Ventura.

Jair Ventura - 31 jogos a frente do Santos. 12 vitórias, 6 empates e 13 derrotas.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
Vanderlei: Fez uma maravilhosa sequência de três defesas, mas falhou ao dar rebote, após cobrança de falta de Carleto, no segundo gol dos donos da casa. - 4,5
Victor Ferraz: Discreto no apoio. - 5,0
Lucas Veríssimo: Um dos que falharam na marcação do primeiro gol do rubro-negro paranaense. Não conseguiu bloquear o ataque de Thiago Heleno. - 4,5
David Braz: Não comprometeu. - 5,0
Dodô: Não apoiou e há algumas rodadas não repete o bom futebol. Errou muitos passes. - 4,5
Renato: Ficou a frente dos dois zagueiros. Limitou-se a passes laterais. - 5,0
(Bruno Henrique): Visivelmente sem ritmo de jogo. O que é normal. Só pode recuperar ao jogar. - 5,0
Pituca: O melhor do meio-campo santista. Apareceu a frente, tentou distribuir o jogo. Sobrecarregado. Foi substituído. - 5,5
(Cittadini): Doze minutos, mais os acréscimos em campo. - SEM NOTA
Jean Mota: O responsável pela armação conseguiu apenas uma assistência, desperdiçada por Gabriel Barbosa. Pouco. - 4,5
Gabriel Barbosa: Teve duas chances para tirar o ataque do jejum de gols. Não marca um gol fora da Vila Belmiro desde fevereiro. - 4,0
Rodrygo: O Santos tem vivido do lampejo de um menino de 17 anos, o que é um absurdo. Tinha que voltar atrás, já que o meio não criava e como tinha de carregar  a bola até o campo ofensivo, desde antes do meio-campo, chegava sem força a frente. Só recebe bolas de costas, quando não volta. Está sendo contagiado pelo mal futebol do time, pois no segundo tempo, a exemplo da equipe, foi discreto. - 5,5
(Yuri Alberto): Oito minutos mais os acréscimos em campo. - SEM NOTA
Sasha: Outro sacrificado nesse esquema que não faz mal a nenhum adversário. Sumiu, principalmente por estar atuando como centroavante, para que Gabriel Barbosa seja homem de lado. Para não dizer que não falei das flores, não falta entrega do camisa 27. - 4,5
Técnico: Jair Ventura: Não consegue extrair mais nada do elenco. Mesmo com ótimos zagueiros no grupo, não tenta abrir mão do esquema com três atacantes e de repente, fechar mais os setores num 3-5-2, por exemplo, para dar liberdade aos alas. As linhas da equipe são distantes. O time marca muito mal, não cria e tampouco ataca. O Santos é uma caricatura mal feita de um time de futebol. Sua filosofia é contrastante com o da equipe. Não tem uma jogada ensaiada, uma ultrapassagem, totalmente sem padrão. Seu time é o que mais perdeu entre todos os participantes da série A em 2018 - 13 vezes - 4,0

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