SANTOS QUER VOLTAR AS ORIGENS E ACABAR COM A NUMERAÇÃO FIXA NOS UNIFORMES

Publicado às 11h15 desta sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018.
Mesmo sem ainda ter anunciado o responsável pela área de marketing, o Santos estuda e pretende abolir a numeração fixa utilizada nos seus uniformes desde 2014. A única exceção será nas competições, como a Libertadores da América, em que o clube é obrigado a manter a mesma numeração de inscrição a cada atleta. Quem confirmou a pretensão foi o presidente do clube - José Carlos Peres, em entrevista exclusiva cedida ao Blog do ADEMIR QUINTINO, na manhã desta quinta-feira (22)
"Aquela linha da defesa onde os nossos laterais são o 3 e 4 e os nossos zagueiros usam o 2 e 6, nos remete a grandes vitórias daquele esquadrão que tivemos no passado. Aquilo marcou muito. Hoje, as lojas estampam os números e os nomes dos atletas nos uniformes, na hora. Então, pretendemos resgatar essa tradição que fez história e marcou época aqui no Santos. Estamos estudando e pretendemos utilizar em breve." revelou o presidente santista ao Blog.
Uma das tradições do futebol brasileiro sempre foi a numeração da defesa do Santos, com uma linha de quatro defensores com a numeração: 4 (lateral-direito)- 2 (zagueiro central)- 6(quarto-zagueiro)- 3(lateral-esquerdo), ao contrário dos outros clubes que sempre utilizaram 2-3-4 e 6, respectivamente. O Peixe usou essa numeração peculiar desde a conquista do bicampeonato mundial interclubes, em 1963, em plena era Pelé. 

Peres quer Peixe sem numeração fixa.
Porém, desde 2014, o alvinegro mais famoso do Mundo adotou a utilização da numeração fixa com o argumento de que a pratica tinha a finalidade de fidelizar o torcedor ao seu ídolo e mais identificação significava maiores possibilidades de ações de marketing, alavancando a venda de camisas, o que em tese, possibilitaria trazer mais receita ao clube.

Herança de outras modalidades esportivas, a numeração fixa é uma das principais bases do planejamento de marketing das equipes de futebol da Europa. Todas as ações são voltadas à exploração de características positivas de um ou mais atletas e os números a eles relacionados. Mas se essa prática é tão comum e possui resultados tão expressivos no Velho Continente, não emplacou com tanto sucesso no Brasil.

Fã de Michael Jordan, o ex-centroavante do Santos Kléber Pereira pediu para vestir a camisa 23, quando desembarcou na Vila Belmiro em 2007. Ele já utilizava esse número quando jogou no México. Entretanto, o centroavante só conseguiu ser liberado para usar esse modelo em apenas algumas partidas da temporada, mas foi inscrito com essa camisa na Copa Libertadores de 2008. O atacante nascido no Maranhão, deixou o clube no final de 2009.

Se depender do presidente do clube José Carlos Peres, o Peixe já volta a usar os números tradicionais na escalação no clássico diante do SCCP, daqui a dez dias, no Pacaembu, pela décima rodada do Campeonato Paulista de Futebol.
"Como te disse, estamos estudando, mas eu penso que esse jogo (diante do SCCP na próxima semana) é o ideal para resgatarmos essa tradição. Se for aprovado e possível, já jogaremos assim diante do nosso rival.", finalizou o mandatário santista sobre o assunto. 

strutura.com.br

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