Publicado às 08h00 desta quarta-feira, 13 de Julho de 2016. |
O Santos, quarto colocado, teve tudo no segundo tempo para diminuir a diferença de pontos (seis) para o líder do campeonato, o Palmeiras, na noite desta terça-feira (12), no Allianz Parque. Em um clássico, onde os donos da casa foram melhores na primeira etapa e o alvinegro bem superior na segunda, o jogo terminou na igualdade em 1 a 1. Gabriel marcou o gol do Peixe.
Entretanto, mal a bola rolou e novamente de bola parada, com cinco minutos de jogo, cobrança de escanteio do lado direito e o zagueiro colombiano Mina, subiu sozinho de cabeça para abrir o marcador para o Palmeiras.
O Santos passou 45 minutos e apenas uma grande jogada perigosa contra a meta de Fernando Prass. Vitor Bueno chutou em diagonal e a bola tirou tinta da trave. A transição santista do meio pra frente não acontecia, tampouco as jogadas pelas laterais. Mesmo com os desfalques, o time de Cuca tinha o jogo sob controle.
Porém, veio o segundo tempo e mesmo o time da Vila com a formação que iniciou o jogo, sem alteração, o comportamento foi outro. O time de Dorival dominou o meio de campo e teve tudo para virar o placar. Alguns jogadores que estavam sumidos na partida apareceram para o jogo e por pouco, muito pouco, o alvinegro não descia a serra com os três pontos.
Aos 10 minutos da etapa complementar, após cobrança de falta, a bola voltou para Gabriel depois do rebote e o jovem carregou para meio. Após ultrapassar pelo marcador na força física e muita velocidade, o camisa 10 disparou contra a meta alviverde, a bola desviou em Vitor Hugo e o Peixe chegava a igualdade - 1 a 1. Daí por diante, o Santos tomou conta do jogo.
A bola que podia decretar a vitória aconteceu aos 33 minutos. Vitor Ferraz recebeu de Lucas Lima e tocou para trás; Dentro da área Gabriel não conseguiu finalizar, mas ainda assim sobrou para Thiago Maia. O bom meio-campista recebeu um pouco antes da marca do pênalti, mas pouco acostumado a concluir em gol, chutou para fora.
Dos 14 jogos em que o Santos realizou no Campeonato Brasileiro até o momento, oito foram fora de casa. Além disso, os três primeiros colocados (Palmeiras, Grêmio e SCCP) tem de vir à Vila Belmiro no segundo turno. Apesar da diferença de seis pontos entre o líder e o último do G-4, o Peixe está vivo na competição e pode lutar pelo título sim, se não desperdiçar pontos bobos (principalmente contra times na parte debaixo da tabela), não perder nenhum jogador importante na janela de transferência, mesmo com os três atletas que vão para as Olimpíadas depois da rodada deste fim de semana. A última boa campanha do time praiano no nacional foi em 2007, quando foi vice-campeão.
Sábado, ainda com os "selecionáveis olímpicos" Zeca, Thiago Maia e Gabriel, às 18h30, em Vila Belmiro, o alvinegro enfrenta a Ponte Preta, que também faz boa campanha. Dos próximos seis jogos do Santos no campeonato, em quatro o Peixe é mandante. Hora de encostar nos líderes.
O Peixe teve chance de virar o jogo no segundo tempo. |
PALMEIRAS 1 X 1 SANTOS
Allianz Parque, São Paulo (SP)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (FIFA-GO)
Público/renda: 40.035 pagantes/R$ 2.847.298,80
Cartões amarelos: Arouca, Moisés e Erik (PAL), Gabigol e Zeca (SAN)
Gols: Mina (6'/1ºT) (1-0) e Gabigol (10'/2ºT) (1-1)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina (Edu Dracena, aos 48'/1ºT), Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales, Tchê Tchê e Moisés (Arouca, aos 12'/1ºT); Erik, Dudu e Lucas Barrios (Leandro Pereira, aos 12/2ºT). Técnico: Cuca.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno (Copete, aos 17/2ºT) e Lucas Lima; Gabigol (Yuri, aos 47'/2ºT) e Rodrigão (Joel, aos 48/2ºT). Técnico: Dorival Júnior.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vanderlei: Sem culpa no gol sofrido. Nenhuma grande intervenção. No segundo tempo, principalmente, só assistiu a partida, pois o Palmeiras quase não atacou. - 6,0
Victor Ferraz: No primeiro tempo pouco apareceu. O Santos é o único time do país que os alas apoiam por dentro, como meio-campistas. Na segunda etapa apoiou bastante, foi muito participativo e o ala deu a assistência para o gol que selaria a vitória, mas o time desperdiçou a oportunidade. - 6,5
Luiz Felipe: Teria uma nota maior. Mas foi no seu setor que saiu o gol palmeirense na bola aérea. No mais, rebatedor sem sustos. - 5,5
Gustavo Henrique: Como disse há algumas rodadas, a má fase do jovem defensor santista parece que ficou no passado. Ele tem qualidade, principalmente pelo ótimo senso de colocação. Retomou a confiança. Precisa melhorar um pouco a saída de bola. - 6,0
Zeca: Mais no ataque do que na defesa, tentou tabelas, principalmente pelo meio, na tentativa de construir jogadas para o gol. - 6,0
Thiago Maia: Teve a bola do jogo, mas a finalização não é o seu forte. Movimentou-se bastante e realizou alguns desarmes durante a partida. - 6,0
Renato: Posso estar enganado e não quero ser injusto. Mas de onde eu estava no estádio, fiquei com a impressão de que o ótimo meia vacilou com o Luiz Felipe no tempo de bola, após o cruzamento do gol palmeirense. No mais, orientou o meio e apesar de alguns poucos passes errados, o que não é comum, foi o jogador mais regular do time (não oscilou) nos 90 minutos. - 6,5
Vitor Bueno: Tem mais futebol do que o demonstrado no clássico. Com exceção a uma tabela na primeira etapa, onde finalizou e quase marcou gol, teve uma produtividade abaixo do que sempre demonstra. - 5,5
(Copete): Ao contrário das outras vezes, onde entrou e mudou o panorama do jogo, não conseguiu dar a profundidade pelos lados que se esperava do colombiano. Desta vez, discreto. - 5,0
Lucas Lima: Apagado no primeiro tempo, entrou no jogo na segunda etapa. O próprio jogador reconheceu em entrevista que me concedeu no fim do jogo pela "Rádio Santos" que ele e o time só cresceram nos 45 minutos finais. - 6,5
Gabriel: Tinha perdido quase todas as jogadas no primeiro tempo para o veterano Zé Roberto. Ainda no fim da etapa inicial, melhorou seu futebol. Teve força para ganhar no arranque e contou com a sorte no gol que deu o empate. Junto com Maia, teve a bola do jogo, mas não conseguiu finalizar. - 7,0
(Yuri): Não deu tempo nem de sujar o uniforme. Entrou nos acréscimos da partida. - SEM NOTA.
Rodrigão: Apesar de não ter feito gol, é bastante participativo. Saiu da área, tabelou e ainda foi pro embate com o zagueiro Edu Dracena (inclusive quando o tempo "fechou" após uma falta no segundo tempo). - 5,5
(Joel): Não teve tempo nem de pegar na bola. - SEM NOTA
Técnico: Dorival Júnior: O Santos troca bem a bola e hoje é um dos melhores times do país na atualidade. Manteve a estrutura vencedora de três dos quatro últimos jogos. Conseguiu arrumar o time no vestiário e o Peixe voltou melhor para a segunda etapa. Para não dizer que não falei das flores, ainda não conseguiu corrigir o problema da defesa que leva muitos gols oriundos de bolas paradas no jogo aéreo. - 6,5