QUEM FARIA VERGONHA É FINALISTA

Publicado às 00h52 desta segunda-feira, 20 de abril de 2015.
O Santos pela sétima vez consecutiva está na decisão do Campeonato Paulista. O alvinegro manteve a frequesia e pela quarta vez consecutiva (2010, 2011, 2012 e 2015) eliminou o São Paulo. Desta vez por 2 a 1, no estádio da Vila Belmiro. Os gols do Peixe foram marcados por Geuvânio e Ricardo Oliveira. Em posição duvidosa, Luís Fabiano diminuiu para o tricolor. O Glorioso enfrenta o Palmeiras na final, à partir do próximo domingo. Os dois clubes não se enfrentam para decidir quem será o campeão estadual desde 1959, ou seja, há 56 anos.

O Peixe conquistou a sua vaga sem correr riscos. Desde o apito inicial do árbitro, o time comandado por Marcelo Fernandes teve o jogo sob controle. Aos 35 minutos, Geuvânio carregou a bola desde o campo de defesa, após roubada de bola do meia Lucas Lima e mandou um bólide pro fundo do gol de Rogério Ceni para abrir o placar da partida.

No segundo tempo, o Peixe deu a posse de bola ilusória ao adversário e aguardava o contra-ataque. Na primeira, o eficiente Ricardo Oliveira acertou a trave. Na segunda, após passe de Cicinho para Chiquinho que rolou para o centroavante, o bom pastor não perdoou e se tornou o artilheiro máximo da competição paulista, agora com 10 gols. Na saída do gramado, perguntei ao camisa 9 se ele renova com o Santos para o Campeonato Brasileiro:
"Eu fico. É esse o meu desejo e do clube também" disse o partor Oliveira a Rádio Capital 1.040 AM
O Santos ainda não ganhou nada, absolutamente. Serão dois jogos duros contra o Palmeiras, porém, fica a lição aos que duvidaram da capacidade da equipe. O técnico Marcelo Fernandes inclusive revelou que na preleção um vídeo com manchetes e comentários de que o clube faria uma temporada pífia foi divulgado aos jogadores para incentivá-los. Uma camisa como a do Santos, tem de ser respeitada, sempre. 

Esse espaço, na contramão da grande maioria, escreveu que com a manutenção da espinha dorsal (Lucas Lima, Geuvânio e Robinho), o sucesso no estadual não seria nenhuma surpresa, como de fato acontece. Para o Brasileiro penso que reforços são necessários para manter a rotina vitoriosa se desejar brigar por título, mas jamais afirmar, como boa parte fez, que o Peixe é candidato a segunda divisão, não com esse elenco. 

Em compensação, o clube mais badalado pela mídia, está fora da decisão, assim como a de maior folha salarial do país. Ambos são os representantes do Estado na Libertadores da América deste ano.

Como o alvinegro da Vila só volta a campo na Copa do Brasil no mês que vem, o treinador Marcelo Fernandes tem a semana cheia para preparar a equipe para a primeira partida da decisão. Ao contrário das quartas de final e da semifinal, a finalíssima acontece em dois jogos. O treinador me respondeu durante a entrevista coletiva que Valencia que deixou o gramado com problemas musculares preocupa para semana que vem.

O Santos na final após eliminar o São Paulo, qual a novidade? Sempre tive duas certezas na vida - a morte e de que o Peixe seria o finalista este ano.

Que venha o Palmeiras.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 SÃO PAULO
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Juiz: Rapahel Claus (SP)
Público/Renda: 13.459 pagantes / R$720.850,00
Cartões amarelos: Leandrinho (SAN); Wesley e Michel Bastos (SAO)
GOLS: Geuvânio, aos 35'/1ºT (1-0); Ricardo Oliveira, aos 30'/2ºT (2-0) e Luis Fabiano, aos 41'/2ºT (2-1).
SANTOS: Vladimir; Victor Ferraz, David Braz, Werley e Chiquinho; Valência (Lucas Otávio, 3'/1ºT), Renato e Lucas Lima; Geuvânio (Cicinho, 23'/2ºT), Robinho (Leandrinho, 28'/2ºT) e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda (Luis Fabiano, intervalo), Rafael Toloi, Lucão e Carlinhos (Centurion, 25'/2ºT); Denilson, Hudson, Wesley, Ganso e Michel Bastos; Alexandre Pato. Técnico: Milton Cruz.



NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Vladimir: Fez uma boa defesa no primeiro tempo. O São Paulo não o exigiu - 6,5
Victor Ferraz: Bem demais na marcação. Não foi ao ataque como em outros jogos - 6,5
David Braz: Jogou demais. Não perdeu uma bola sequer. Tempo de bola e antecipação perfeito. Quando parou de achar que era o Beckenbauer, recuperou a confiança do torcedor e hoje é o melhor zagueiro do elenco. O gol do adversário foi nas suas costas, porém, Luis Fabiano estava impedido. - 8,5
Werley: Pediu para ser substituído no começo do jogo com dores. Permaneceu e fez o arroz com feijão com muita eficiência - 6,5
Chiquinho: Eficiente na lateral e assistente no meio quando deu o passe açucarado para o gol de Oliveira. - 7,0
Valência: Ficou mais da metade da temporada do ano passado sem jogar no Fluminense por problemas médicos. Na hora que o Santos mais precisa do atleta, ele deixou o campo com três minutos em razões de problemas musculares. - SEM NOTA
(Lucas Otávio): Não é fácil para um jovem sair do banco e entrar em um semifinal, num clássico em casa. Entrou um pouco assustudo, entretanto, bastaram poucos minutos para desempenhar a sua marcação eficiente de costume. - 6,5
Renato: Não apareceu como elemento surpresa como em outros jogos, todavia, com a saída de Valencia, preferiu dar a retaguarda necessária aos laterais e zagueiros. - 6,5
Lucas Lima: Será que algum apresentador de TV vai me contestar por que na semana passada perguntei na coletiva ao treinador santista se o camisa 20 merece uma chance na seleção, após mais uma brilhante apresentação? Armou, apareceu nos lados e ainda foi dele o desarme que originou o primeiro gol. - 8,5
Geuvânio: Correu, voltou para marcar e abriu o marcador com um golaço. Não marcava um gol desde a primeira rodada - 8,5
(Cicinho): Marcou bem e foi dele a origem do segundo gol santista. - 7,0
Robinho: Posso estar enganado, mas fiquei com a sensação que o "pedalada" não estava 100% fisicamente para ir a campo (tanto que foi substituído). Entretando o camisa 7 sabe de sua importãncia para a equipe e deve ter ido no sacrifício. Ainda assim, por ser diferenciado e de inteligência futebolística acima da média, encontrou espaços, puxou a marcação e ainda finalizou a gol. - 7,0
(Leandrinho): Limitou-se  a marcar e isso o camisa 21 fez com eficiência. - 6,5
Ricardo Oliveira: Primeiro tempo apagado. Jogava para o time e a bola não chegava. No segundo deu uma dor de cabeça aos defensores tricolores ao colocar uma bola na trave e marcar o gol da classificação. - 7,5
Técnico: Marcelo Fernandes: Armou seu time com três atacantes e praticamente não correu riscos. - 7,0

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