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| Publicado às 23:53 deste domingo, 09 de novembro de 2025 |
(*) Pedro La Rocca
Já estava no script. O resultado era mais do que esperado. A postura não. De forma apática no segundo tempo, o Santos foi ao Maracanã e, nesse domingo (09), foi derrotado pelo Flamengo por 3x2. Léo Pereira, Carrascal e Bruno Henrique marcaram para os mandantes, enquanto Bontempo e Lautaro diminuíram para o Alvinegro.
O técnico Vojvoda voltou a mexer meio time. Dessa vez foram cinco alterações no 11 inicial. Mayke e Victor Hugo obrigatoriamente estavam fora, dando lugar a Igor Vinicius e Schmidt. Alexis Duarte ficou fora até mesmo do banco e deu lugar a Luan Peres.
No ataque, Neymar e Guilherme foram a dupla escolhida para substituir Lautaro e Robinho Jr., que ficaram como suplentes no banco de reservas.
Ao contrário da imensa maioria dos jogos sob seu comando, o técnico argentino mudou o posicionamento do Alvinegro, que esteve num 4-1-4-1 com e sem a posse da bola. Defensivamente a estratégia deu certo, já que o time adversário não levou perigo ao gol de Brazão em grande parte da primeira etapa.
Além disso, com Neymar comandando o ataque e ainda inteiro fisicamente, o Peixe finalizou mais que seu adversário nos primeiros 45 minutos (seis contra nove).
Mas na reta final, o árbitro marcou escanteio após o ex-Santos, Danilo, cometer falta clara em Brazão. A partir desse lance, sai a abertura do placar pelo lado rubro-negro.
Evidentemente que um time grande como o Santos, não pode levar um gol da maneira que levou. Goleiro saindo errado, bate-rebate na grande área, apatia para marcar Léo Pereira. Mas é inegável que a arbitragem voltou a prejudicar o time de Vila Belmiro, que poderia ir ao intervalo com um 0x0, o que seria um baita resultado pelas circunstâncias.
Se o Santos fez um primeiro tempo promissor, de muita concentração e taticamente muito bom, no segundo já houve uma mudança da água pro vinho. Desorganizado e apático.
O segundo gol, que aconteceu aos cinco minutos, estampa bem isso. Defesa desorganizada. Carrascal é lançado ainda no campo de defesa e só vai parar dentro do gol. Arão estava postado na cobertura, mas não é nada veloz. O posicionamento deveria ter sido invertido com Luan Peres, com o camisa 15 sendo o homem da sobra.
14 minutos depois, Bruno Henrique é lançado na correria com o mesmo Arão que comete pênalti, que foi desperdiçado por Arrascaeta.
Porém, o mesmo Bruno Henrique aos 35, marcou o terceiro para os mandantes após Igor Vinicius lhe deixar na cara do gol, como um verdadeiro camisa 10. Fico pensando se fosse o Chermont a cometer um erro desse. Capaz de ter contrato rescindido antes do jogo acabar.
Após o gol, Vojvoda coloca Robinho Jr. e Rollheiser. Minutos antes Bontempo já havia entrado (após três jogos sem entrar).
Não acredito em coincidências, apenas em fatos. Curiosamente, quatro minutos depois, Bontempo faz jogada individual e serve Robinho, que acerta o travessão. No rebote, Thaciano ajeita para o camisa 49 diminuir.
Dois minutos depois desse lance, Robinho finaliza após jogada individual, Rossi espalma no pé de Rollheiser, que serve Lautaro para deixar o torcedor do Santos sonhar.
O que os meninos precisarão fazer a mais para conseguir a titularidade. Ao menos o treinador já entendeu que Souza não pode sair do time. Falta fazer o mesmo com Bontempo e Robinho, que mudaram a cara do time ao entrarem. São atletas com capacidade de quebrar uma linha baixa e fechada de defesa.
Vojvoda, independente do que lhe foi pedido a partir dos superiores, é seu nome e sua carreira que está em jogo. Você tem duas opções: morrer abraçado com os mesmos que colocaram o Santos nessa colocação na tabela. Ou colocar os Meninos que vão potencializar Neymar e que já provaram por A+B+C+D que tem condições de jogarem.
No próximo sábado (15) contra o Palmeiras, propor jogo e um caminho, mas que seja com Brazão, Souza, Bontempo, Robinho, Neymar e +6.
Competição: Campeonato Brasileiro (33ª rodada)
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Cartões amarelos: Samuel Lino, Arrascaeta (Flamengo), Neymar, Zé Ivaldo (Santos)
GOLS: Léo Pereira (1 x 0), aos 38 minutos do 1º tempo; Carrascal (2 x 0), aos 5, Bruno Henrique (3 x 0), aos 36, Gabriel Bontempo, aos 43 e Lautaro Diaz, aos 46 minutos do 2º tempo
FLAMENGO: Rossi; Varela, Danilo, Léo Pereira e Ayrton Lucas (Viña), Erick (Evertton Araújo), De La Cruz (Saúl), De Arrascaeta (Michael) e Carrascal (Luiz Araújo), Samuel Lino (Everton Cebolinha) e Bruno Henrique.
Técnico: Filipe Luís
SANTOS: Gabriel Brazão; Igor Vinícius, Zé Ivaldo, Luan Peres (Gabriel Bontempo) e Souza (Escobar); William Arão, João Shmidt, Zé Rafael (Thaciano) e Barreal (Lautaro Diaz), Neymar (Rollheiser) e Guilherme (Robinho Jr.).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
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| Bontempo está fazendo hora extra no banco de reservas |
Brazão - Se fosse um goleiro comum, deixaria passar. Mas se falando do melhor do país, falhou no primeiro gol. Não foi bem com os pés também. - 4,5
Igor Vinícius - Entrega de presente o terceiro gol ao ex-Santos, Bruno Henrique. No primeiro tempo fez ataques à profundidade interessantes, mas falhando na conclusão. - 4,0
Zé Ivaldo - Apesar dos três gols sofridos, o miolo de zaga foi o menos exposto. - 5,0
Luan Peres - Poderia ter trocado de posição com Arão antes do segundo gol, evitando a dipusta em velocidade do volante. - 5,0
Souza - Um dos mais lúcidos ofensivamente, apesar de não tão brilhante como em outrora. Seguro na defesa. - 5,5
Arão - Perdeu na velocidade para Carrascal e fez um pênalti desnecessário. É o primeiro volante com mais condições de ser titular hoje, mas não fez um bom jogo contra seu ex-clube. - 4,5
Schmidt - Taticamente bem no primeiro tempo. Teve a árdua missão de dividir marcação entre De La Cruz e Arrascaeta. Caiu como todos no segundo tempo. - 5,0
Zé Rafael - Limitou-se a defender apenas. - 6,0
Barreal - Voltou a fechar o corredor pela direita, onde não é sua melhor função. Responsável por parar as descidas de Ayrton Lucas. - 5,0
Guilherme - Se movimentou bem no primeiro tempo, com facões interessantes, mas sempre parando na deficiência técnica. Está visivelmente sem confiança. - 5,0
Neymar - Se o Santos chegou a sonhar com resultado positivo no primeiro tempo, passa muito pelo seu camisa 10, que cansou de deixar companheiros em condições no último terço e ainda sofreu faltas perigosas, mas que a arbitragem negligenciou. Cansou na etapa final, porque não iniciava uma partida há quase dois meses. - 6,0
Bontempo - Estava há três partidas sem jogar. Não sei como. Marcou o primeiro gol após sua própria jogada individual. - 6,5
Lautaro - Tentou uma bicicleta e marcou o segundo gol. - 6,0
Thaciano - Desde que entrou foi o atacante que mais se movimentou. Bom no jogo aéreo, dá a assistência de cabeça para Bontempo marcar. - 6,0
Robinho Jr. - Assim como Bontempo, mudou o jogo. No lance que o camisa 49 diminui, o sete acerta o travessão, quase marcando seu primeiro gol como profissional. - 6,5
Rollheiser - Pouco tocou na bola, mas deu a assistência para Lautaro marcar o segundo. - 6,0
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.




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