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| Publicado às 00:58 desta terça-feira, 25 de novembro de 2025 |
Sabem lá os deuses como, o Santos conseguiu arrancar um empate do Internacional no Beira-Rio. Especialmente no primeiro tempo foi um treino ataque contra defesa. O resultado de 1x1 não resume o jogo - que teve gols marcados por Alan Patrick no lado colorado e Barreal, artilheiro do time com nove gols na competição, empatou o placar.
Em relação ao jogo contra o Mirassol, Vojvoda fez sete alterações, sendo que apenas três por obrigação. Brazão, Adonís, Arão e Zé Rafael foram os únicos mantidos após o duelo em Vila Belmiro.
“O primeiro tempo foi ruim. O responsável sou eu. Eu tomo as decisões. Três ou quatro mudanças foram obrigadas. Na zaga, Neymar, desgaste físico também. Não respondemos ao que planejamos no primeiro tempo. No segundo tempo arrumamos o time. O mental joga muito também. Alguns podem dar mais e vão dar mais. Quem entrou estava em bom nível, vocês pediam, e sentiram o jogo. Estava desencaixado. Conseguimos um empate e sou o primeiro a levantar a mão para aprender com esse primeiro tempo”, disse Vojvoda.
A defesa Santista vai ficar uma semana atordoada. O primeiro tempo foi um verdadeiro amasso. 14 finalizações dos mandantes contra zero do lado visitante. Foram muitas alterações para um time que está dentro do Z4. Pelo menos o entrosamento deveria ser considerado.
Estava sendo desenhado um novo 7x1 - dois anos depois. Sorte que o pé dos colorados não estava calibrado, especialmente do colombiano Borré. Sem contar duas bolas na trave no mesmo lance.
Rochet estava há dois meses parado, voltou sem condições de jogo e mesmo assim não foi testado em nenhuma oportunidade. Pelo contrário, ele participou do jogo só cobrando tiro de meta. Um completo escárnio.
O ataque Alvinegro não faz mal a ninguém. Se fosse um jovem na balada, seria aquele que paquera, mas não beija. Os goleiros que jogam contra o Peixe podem usar o mesmo uniforme no jogo seguinte.
No segundo tempo, Vojvoda mexe três vezes no time, mas não da maneira necessária para correr atrás dos três pontos. Zé Rafael, Robinho e Victor Hugo deixaram o campo. Eu manteria os dois primeiros. Entraram Schmidt, Barreal e Guilherme.
Longe de criar muito mais, o Santos chegou ao empate com 16 minutos da etapa final. O primeiro chute no alvo entrou. Quando eu jogava diria assim: chuta para testar o goleiro. Demorou 61 para isso acontecer.
Pouco depois entrou Souza, que deveria de forma incontestável ser titular. Escobar não dará frutos técnicos além disso que já vimos e o retorno financeiro será muito inferior ao do Menino da Vila - para não dizer zero.
Aos 78 entra Gabriel Bontempo. Gostem do menino, não brigue com os fatos - ou números. Até sua entrada, o Peixe havia finalizado duas vezes. Depois dela, foram dois chutes, um dele e outro com sua assistência. Não pode ser coincidência.
O empate saiu muito barato pelo amasso que o Peixe sofreu do adversário. Desde as escolhas na escalação até os milagres de Brazão.
Vojvoda, novamente eu lhe faço um apelo. Não morra abraçado em jogadores que não deram resultado por 35 rodadas. Faça diferente dos outros que passaram por aqui. Tem três rodadas para mudar sua trajetória no mundo da bola. Coragem. Souza. Bontempo. Robinho. Contra o Sport.
Com esses mesmos jogadores eu sinceramente tenho dúvidas se o Alvinegro ganha do pior time do campeonato na sexta-feira (28). Essa possibilidade não pode nem passar pela cabeça dos atletas. O time precisa fazer cinco pontos de nove possíveis, nos meus cálculos.
Cartões amarelos: Mayke e Thaciano (SAN)
Gols: Alan Patrick, aos 19’/1ºT (1-0), Barreal, aos 16’/2ºT (1-1)
INTERNACIONAL: Rochet; Aguirre (Bruno Henrique, aos 19’/2ºT), Vitão, Mercado e Bernabei; Thiago Maia (Oscar Romero, aos 44’/2ºT), Bruno Gomes (Alan Benítez, aos 44’/2ºT), Alan Rodriguez (Gustavo Prado, aos 25’/2ºT) e Alan Patrick; Borré (Ricardo Mathias, aos 18’/2ºT) e Vitinho.
Técnico: Ramón Díaz
SANTOS: Gabriel Brazão; Mayke, Adonis Frías, Luan Peres e Escobar (Souza, aos 18’/2ºT); Willian Arão, Zé Rafael (João Schmidt, no intervalo) e Victor Hugo (Barreal, no intervalo); Robinho Jr (Guilherme, no intervalo), Rollheiser (Gabriel Bontempo, aos 33’/2ºT) e Thaciano.
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
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| Vojvoda não precisava ter mexido sete e os meninos precisam jogar |
Brazão - Evitou que o Peixe levasse uma nova goleada acachapante. - 7,0
Mayke - Minha impressão é que está em outra rotação fisicamente, com muita dificuldade na mudança de direção. Sempre atrasado defensivamente. A imensa maioria das chegadas do adversário aconteciam do seu lado. - 3,5
Adonís - Muita dificuldade no um contra um. No seu lado, tomou um gol de jogo treino. - 4,0
Luan Peres - Fez um primeiro tempo para esquecer, mas se achou na segunda etapa. - 4,5
Escobar - Desarmava, mas não armava. - 4,5
Arão - Não manteve o destaque dos últimos jogos. - 4,5
Zé Rafael - Apesar de não ser tão rápido, estava bem nas coberturas. Não merecia a substituição no intervalo. - 5,0
Victor Hugo - Até agora tento entender sua contratação e sua função em campo. - 3,5
Rollheiser - Poderia ter finalizado mais quando recebia a bola. Deu muitos passes laterais, sem progressão. - 5,0
Robinho - Era uma válvula de escape, apesar de ter oscilado. Normal. Seria estranho se fosse sempre constante. Vai evoluir. - 5,5
Thaciano - Venceu menos da metade dos duelos aéreos, que são uma virtude do camisa 16. Não era titular desde maio. - 4,5
Barreal - Mais uma vez sendo decisivo. O único do time com a coragem de finalizar. Era fazer o óbvio e o argentino fez. - 6,5
Guilherme - Deu a assistência para o gol de Barreal. Precisa soltar a bola mais rápido e correr no espaço. - 5,5
Schmidt - Cresceu após o gol. Importante para manter a posse. - 5,5
Souza - Subiu de produção após a entrada de Bontempo. Recebe pouquíssimos passes de Guilherme. - 5,5
Bontempo - Depois que entrou, teve participação direta na mesma quantidade de finalizações que o time havia feito no jogo inteiro (duas). - 6,0
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.




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