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Publicado às 23:52 deste domingo, 25 de maio de 2025 |
(*) Pedro La RoccaNa sua sexta partida, Cléber Xaiver enfim chegou ao seu primeiro triunfo. Em território soteropolitano, no estádio do título da Copa do Brasil 2010, o Santos venceu o Vitória e subiu para a 18ª colocação e está a dois pontos de sair da zona da degola. Guilherme, após um jejum de 11 jogos, balançou as redes.
Xavier fez apenas uma alteração e foi por obrigação. Basso, que não era titular desde 12 de fevereiro, tomou vaga do suspenso Zé Ivaldo. Gil, que seria um provável substituto, ainda resolve problemas pessoais.
Não sei se pela fase, ou se essa maneira será a preferida do treinador para a sua carreira, mas o Alvinegro ficou no Nordeste do país para dar a bola ao adversário e jogar no erro dele.
Nos primeiros 12 minutos não posso dizer que deu certo, tendo em vista que o Peixe praticamente não passou do meio-campo.
Aos 14, Barreal lançou Guilherme de maneira primorosa, mas o camisa 11 perdeu o gol mais feito de sua carreira. Sorte que cinco minutos depois, o mesmo jogador aproveitou cruzamento de Souza e encerrou o amargo período sem marcar.
Apesar de ter marcado com o atacante de maneira rápida, permanece o problema das finalizações, já que a meta só voltou a ser atingida por Neymar, já nos acréscimos da segunda etapa.
Eu não gostaria nem de pensar o que seria do Santos em resultados nessa temporada se não fosse Brazão. O que o guarda-metas do Peixe fez no segundo tempo foi digno da grande partida de sua curta história do clube. Ele fez oito defesas e pelo menos três milagres.
Nunca pode-se ser aceito, no time mais artilheiro do planeta, ficar quase todos os últimos 30 minutos de jogo, atrás da linha da bola, principalmente com Neymar em campo. O craque foi receber uma bola limpa faltando 10 minutos para acabar.
Compreensível que o momento não é dos melhores e a vitória teria que vir de qualquer maneira, mas foi um sofrimento além do comum na reta final. Não é normal, quando os melhores em campo são o goleiro, um dos zagueiros e o lateral-esquerdo.
Longe de ser o melhor Santos do mundo, mas fim de vários jejuns. Sete jogos sem vencer, cinco sem Cléber Xavier e mais de 400 minutos sem marcar um mísero gol.
Na quarta-feira (28), o Santos terá o amistoso contra o RB Leipzig, em Bragança Paulista, às 18h. No domingo (01), as atenções voltam ao Brasileirão, porque o Peixe recebe o Botafogo, com dois jogos antecedendo a parada para o Mundial de Clubes.
FICHA TÉCNICA
VITÓRIA 0 X 1 SANTOS
Local: Barradão, em Salvador (BA)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Cartões amarelos: Luan Peres (Santos) / Matheuzinho, Ricardo Ryller e Baralhas (Vitória)
GOL: Guilherme, aos 19' do 1ºT (Santos)
VITÓRIA: Lucas Arcanjo; Baralhas (Janderson), Lucas Halter, Zé Marcos e Jamerson; Ricardo Ryller (Léo Pereira), Ronald e Matheuzinho; Gustavo Mosquito (Lucas Braga), Osvaldo (Erick) e Renato Kayzer.
Técnico: Thiago Carpini
SANTOS: Gabriel Brazão; Léo Godoy, João Basso (Luisão), Luan Peres e Souza; Tomás Rincón, Zé Rafael e Rollheiser (Gabriel Bontempo); Barreal (Neymar), Deivid Washington (Luca Meirelles) e Guilherme (Thaciano).
Técnico: Cleber Xavier
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Luan Peres foi o grande jogador de linha no segundo tempo |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Brazão - Certamente o melhor em campo. Fez oito defesas e pelo menos três milagres. Se tem um jogador que tem titularidade absouluta, é ele. - 8,0
Godoy - Todas as jogadas do Vitória pelo seu lado no primeiro tempo deram certo, no segundo idem e com um adendo: com mais liberdade ainda. - 3,5
Basso - Defensor do Santos com menos ações defensivas. Poderia pesar a falta de ritmo, mas não comprometeu. - 5,0
Luan Peres - No segundo tempo foi crucial com cortes - foram 10 no total, inclusive bloqueando chutes na reta final. - 6,5
Souza - Jogador com mais desarmes e interceptações entre as duas equipes (cinco e três, respectivamente), além de ser dono da assistência para Guilherme. - 7,0
Rincón - Errou mais passes do que o habitual, caindo em 4% na sua média. Mais um jogo por 90 minutos é invejável, tendo em vista sua idade. - 5,5
Zé Rafael - Chega depois de Souza, como segundo com mais desarmes (três) da partida. Apesar dos 32 anos, tem um preenchimento de espaços absurdo. Primeira vez que atua 90 minutos. - 6,0
Rollheiser - Pela baixíssima posse de bola do Peixe, foi menos acionado. Mesmo assim, acertou a trave. - 5,0
Barreal - Com sua qualidade técnica, não pode jogar aberto pela direita. Deu um lançamento digno de camisa oito para Guilherme e tem ótima condução. - 6,0
Deivid - Repito o que disse para Rollheiser - foi atrapalhado pela baixa posse de bola. Participou ativamente da jogada que originou o gol. - 6,0
Guilherme - Encerrou um jejum de 11 gols, apesar de cinco minutos antes ter perdido um gol inacreditável. Tocou mais a bola. - 6,5
Neymar - Quando entrou, o time abdicou de jogar, então pouco participou. Puxou um contra-ataque desperdiçado por Thaciano e depois sofreu uma falta que o próprio cobrou levando perigo. - 6,0
Thaciano - Taticamente não há o que dizer, jogou até de zagueiro em determinado momento do jogo. Mas entrou aberto e, tecnicamente, errou todas as tomadas de decisão. - 4,5
Luisão - SEM NOTA
Bontempo - SEM NOTA
Luca - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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