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| Publicado às 20:17 deste domingo, 07 de dezembro de 2025 |
Fim de uma das temporadas mais melancólicas da história do clube. Só não terminou com o mesmo destino de 2026 por detalhe. Ou detalhes. Com a vitória por 3x0 sobre o Cruzeiro, o Santos ficou inclusive na frente do Corinthians na tabela, com 47 pontos e a classificação à Sul-Americana. Thaciano marcou duas vezes e João Schmidt marcou pela última vez no ano.
Vojvoda novamente precisou mexer na referência do ataque. Lautaro estava barrado por força contratual e Tiquinho, que depois entraria no segundo tempo, não tinha condições de ser titular. Thaciano foi o escolhido para iniciar a partida, apesar de chegar até ficar fora dos relacionados em partidas anteriores.
Se pegarmos o time que estreou no ano contra o Mirassol lá na metade de janeiro e a equipe que terminou 2025 nessa goleada sobre o Cruzeiro, fica claro que a temporada Santista se resume à uma bagunça, que precisou trocar a roda várias vezes com o carro andando.
Apenas Brazão e Guilherme estavam naquele time titular e permaneceram na mesma condição até o jogo derradeiro.
Foram três treinadores, sendo um estreando nessa função. Dois CEOs, sendo que ambos ocuparam a função simultaneamente, além do atual diretor de futebol Alexandre Mattos.
Este mesmo departamento de futebol, com aval do comitê de gestão, que avalizou as 20 contratações feitas para temporada, com valor acima do aceitável e a qualidade abaixo do mesmo. E que também permitiu que Jair e Luca Meirelles fossem doados e no caso do zagueiro para um clube que disputa a mesma competição.
Poderia ficar horas aqui citando os erros da gestão - que não foram poucos -, mas que tiveram contraste da reviravolta de Vojvoda, que termina o ano sem perder desde 09/11 e com três vitórias seguidas - algo que não acontecia no Brasileirão Série A desde 2023.
Espero que agora não venham comemorar um 12° lugar, porque existia chance matemática de cair até essa última rodada. Apenas aliviado e preocupado com 2026.
Também espero que na reapresentação do time, no dia 26/12, a diretoria já tenha definido aquilo que quer para a temporada. Sinceramente eu não espero grandes investimentos, mas sim uma reformulação que tenha destaques experientes misturados com meninos promissores da base.
Bontempo e Robinho precisam ser peças importantes do time. Souza tem que permanecer como titular se não for vendido. Claro, sem esquecer de Neymar, que agora sim, ficando no clube, precisa ser tratado como a cereja do bolo - um complemento.
O Campeonato Paulistão não irá tolerar desaforo ou time que não se planejou - especialmente os grandes. Serão oito jogos, sendo três clássicos, Bragantino e Novorizontino. Quatro clubes de Série A, um de série B e o Guarani de série C, além de Noroeste e Velo Clube.
Vojvoda mostrou na reta final que merece ficar. Sem contar o fato que, diferente de Cléber Xavier e Caixinha, não teve nenhuma janela de transferências para escolher ou barrar jogadores (incluindo os que vieram erroneamente na última).
Mas para eu manter essa opinião por um tempo, ele precisa se ajudar e entender que Santos e Base se misturam e, sem dinheiro, só há essa solução.
Competição: Campeonato Brasileiro (38ª rodada)
Local: Vila Belmiro, Santos (SP)
Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (PE)
Cartões amarelos: Guilherme, Thaciano (Santos), Gabi, Rayan (Cruzeiro)
GOLS: Thaciano (1 x 0), aos 25, Thaciano (2 x 0), aos 27 minutos do 1º tempo, João Schmidt (3 x 0), aos 16, Eduardo (1 x 3), aos 31 minutos do 2º tempo
SANTOS: Gabriel Brazão; Igor Vinicius, Adonis Frías, Zé Ivaldo e Souza; Willian Arão (Tomás Rincón), João Schmidt (Gabriel Bontempo) e Neymar ; Barreal (Rollheiser), Guilherme (Robinho Jr.) e Thaciano (Tiquinho Soares).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
CRUZEIRO: Léo Aragão; Fagner, João Marcelo, Jonathan Jesus e Kauã Prates; Walace (Murilo), Matheus Henrique, Japa e Eduardo (Arroyo); Rayan (Keiji) e Gabi (Bolasie).
Técnico: Leonardo Jardim
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| Thaciano encerrou jejum de oito meses marcando duas vezes |
Brazão - Fez uma grande defesa no final do jogo. Ao lado de Neymar, o grande nome do Santos na temporada. - 6,0
Igor Vinicius - A maior crescente na reta final da temporada. Não tinha dúvidas da sua força ofensiva. O ponto de interrogação ficava na questão física e na parte defensiva - em ambos o jogador revelado na Vila se sobressaiu muito. - 6,5
Adonís - Jogador mais inseguro do sistema defensivo. Dois dos três gols anulados do Cruzeiro saíram nas suas costas. - 5,0
Zé Ivaldo - Precisamos ser justos. Quem pagou oito milhões de dólares em Alexis e Adonís paga um milhão no camisa 27. Mais uma vez fez um grande jogo. Gabriel Barbosa deve estar no bolso dele até agora. - 6,5
Souza - Não fez um primeiro tempo do feitio do seu futebol, mas cresceu na segunda etapa e aproveitou bem as costas de Fagner. Deu três passes para chances claras de gol. - 6,0
Arão - Maravilhosamente bem na pressão alta no primeiro tempo, depois cansou e foi bem substituído. Com uma pré-temporada bem feita pode melhorar na parte física. - 6,5
Schmidt - Não só pelo gol, mas voltou a fazer um grande jogo. Teve duas interceptações e dois desarmes. Apesar de não ser o mais rápido do mundo, esteve bem posicionado sempre. Cresceu na reta final da temporada. - 7,0
Neymar - Além de Brazão, o "fico" do Santos na Série A se deve muito ao seu camisa 10. Não só pelo aproveitamento no Brasileirão, que é de G8, mas também pelo sacrifício feito na reta final do ano - mesmo lesionado se colocou à disposição. - 7,5
Barreal - Cumpriu sua função tática. Artilheiro do time no campeonato. - 6,0
Thaciano - Herói improvável. Não marcava há oito meses e desecantou duas vezes nessa partida decisiva. Ficou perto de marcar o terceiro. - 8,0
Guilherme - Deu cinco assistências nos últimos quatro jogos - incluindo bola parada e rolando. Nos últimos jogos entendeu que pode ser mais letal com drible longo e recebendo passes em velocidade. Cresceu muito após a volta de Neymar. - 7,5
Rollheiser - SEM NOTA
Bontempo - SEM NOTA
Rincón - SEM NOTA
Tiquinho - SEM NOTA
Robinho - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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