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Publicado às 20:57 deste sábado, 20 de abril de 2024 |
(*) Pedro La RoccaChegou o dia que ninguém acreditava que de fato chegaria. A estreia na série B do Brasileiro. A vitória por 2x0 não pode maquiar a má atuação do time contra o Paysandu, que acabou de subir da série C. Pedrinho abriu o placar e Guilherme completou a vitória Alvinegra.
Com a ida do Felipe Jonatan para o Fortaleza, Escobar chegou, mas não treinou e Souza não foi relacionado. Hayner foi improvisado na esquerda. Na frente, Enzo Monteiro estreou como profissional, porque Furch não está 100% de um problema no adutor e Morelos perdeu prestígio da comissão técnica.
Desculpem-me se estou sendo crítico demais. Mas não entra na minha cabeça, o Santos passar 45 minutos sem uma finalização sequer na defesa do Paysandu. Rosca de chutes, para fora e no gol. Os paraenses finalizaram seis no período.
O meio-campo Santista já não é tão móvel, se ainda for lento como Carille ressaltou na coletiva, eu tenho sérios receios sobre alguns confrontos na competição.
Além disso, o treinador soltou a seguinte frase:
Poderia ter trocado cinco atletas.
Eu achei que o meio-campo do time de Hélio dos Anjos tinha Busquets, Xavi e Iniesta no auge. Inadimissível 10 dias de treino para linhas tão espaçadas. Não era o Barcelona do Guardiola, era o Paysandu. Na Vila.
No intervalo, Carille sacou os dois laterais, Aderlan e Hayner, e colocou JP Chermont e Rodrigo Ferreira. Fizeram o coletivo crescer.
O placar só foi aberto aos 23 minutos da segunda etapa. Pedrinho fez jogada individual e tocou no canto com a perna esquerda. Foi a primeira finalização no gol da partida.
Guilherme, aos 44, aproveitou rebote do goleiro e matou completamente a partida.
Para comemorar só os três pontos, porque foi a pior atuação no ano - de longe.
79% de aproveitamento no passe não é aceitável para uma partida de futebol em alto nível.
Depois do vice-campeonato, foram duas semanas livres para treinos. Se o problema fosse só ritmo, estava tudo ok, mas tecnica e taticamente o time também foi abaixo.
Se João Paulo não fez milagres, foi por incompetência do adversário, que chutou nove vezes e acertou quatro.
Espero que, na sexta-feira (26), contra o Avaí, o time consiga propor jogo de uma maneira melhor, que as linhas estejam mais próximas umas das outras e que, principalmente, seja mais volumoso no ataque.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 0 PAYSANDU-PA
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Lucas Guimaraes Rechatiko Horn
Cartões amarelos: Joaquim e Rincón (Santos); Bryan Borges, Quintana, Michel Macedo (Paysandu)
GOLS: Pedrinho, aos 23 do 2ºT, e Guilherme, aos 45 do 2ºT (Santos)
SANTOS: João Paulo; Aderlan (JP Chermont), Gil, Joaquim e Hayner (Rodrigo Ferreira); João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano (Rincón); Otero (Pedrinho), Enzo Monteiro (Furch) e Guilherme
Técnico: Fábio Carille
PAYSANDU: Matheus Nogueira; Edilson (Ruan Ribeiro), Wanderson, Quintana e Bryan Borges; João Vieira, Leandro Viela (Gabriel Bispo) e Robinho (Val Soares); Edinho (Michel Macedo) , Jean Dias (Gabriel Santos) e Nicolas.
Técnico: Hélio dos Anjos
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Pedrinho foi o melhor em campo na vitória sobre o Paysandu |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
João Paulo - Seguro. Não fez nenhuma grande defesa. - 6,0
Aderlan - Nos 45 minutos que esteve em campo, errou oito passes. Estava sobrecarregado muitas vezes na marcação. 4,5
Gil - Sempre muito frio, muito seguro. 100% no alto. Foi o destaque da defesa. - 6,5
Joaquim - 13 perdas de posse de bola. É muito para um zagueiro. Quem vê do estádio, fica perceptível que é inseguro, apesar de eu gostar do seu futebol. - 4,5
Hayner - Pensar não é a dele. 12 perdas de posse de bola. - 4,0
Schmidt - Quando não joga bem, o time cai de produção. Está mal há alguns jogos. Entendo que está sobrecarregado na marcação, mas nem a saída de bola está conseguindo fazer como no início do ano. - 4,5
Pituca - Fez cobertura muitas vezes pelo lado direito e terminou o jogo como meia avançado. - 5,5
Giuliano - Já vi o camisa 20 jogar melhor. Ficou só com uma finalização, que foi bloqueada. Não é coordenador de jogadas e, quando precisa de movimentação, não é a dele. - 5,0
Otero - Vem de dois jogos ruins. Se teve algo positivo, foi amarelar dois atletas adversários. - 4,5
Enzo Monteiro - Cedo para avaliar na primeira partida do profissional. O time de Carille não joga para o centroavante fazer gol, sua principal característica. - 5,5
Guilherme - Autor do segundo gol, foi mais assistente de lateral, do que atacante. Senti falta dos seus contra-ataques, principalmente na primeira etapa quando o Paysandu chegou a ter 65% da posse de bola. - 5,5
Rodrigo Ferreira - Estreou improvisado e foi bem, especialmente na marcação. - 6,0
JP Chermont - Mais uma boa partida do menino. Fez pelo menos três jogadas promissoras pelo fundo. É o reserva imediato de Aderlan, que se manter esse nível de futebol, em três\quatro rodadas pode perder a posição para o menino. - 6,0
Pedrinho - O melhor em campo. Fez o primeiro gol e a jogada do segundo. Otero que volte a jogar, porque o camisa sete vem bem há dois\três jogos. - 7,0
Furch - Ainda se recupera de lesão muscular, até por isso não foi titular. Apagado. - 5,0
Rincón - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.
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