Publicado à 01:20 desta segunda-feira, 18 de março de 2024 |
(*) Pedro La Rocca
Foi sofrido, não mereceu, mas o Santos Futebol Clube voltou a cumprir a obrigação no estadual, chegando à semi-final. Recebeu a pior equipe dentre as classificadas, Portuguesa, empatou em 0x0, mas venceu nas penalidades. João Paulo defendeu uma cobrança de Felipe Marques e Quintana acertou a trave. Placar final: 4x2.
Carille recebeu a surpresa na noite anterior de que não teria Aderlan. Hayner, que jogaria na esquerda na vaga de Felipe Jonatan, foi à direita e o canhoto jogou na sua posição de ofício.
Além disso, Schmidt, Pituca e Guilherme, poupados na vitória sobre a Inter de Limeira, retomaram a condição de titulares nas vagas de Rincón, Nonato e Pedrinho, respectivamente.
O sentimento é de alívio por ver a camisa Santos no grupo dos quatro melhores após cinco anos, mas o desempenho ainda é muito preocupante.
Não é necessário um mínimo de conhecimento futebolístico para saber que o Pintado iria plantar dois ônibus na frente da sua grande área e, para contra-atacar, buscaria a velocidade do Maceió - e tudo se confirmou como um fato.
A média de posse de bola da Lusa contra os grandes na primeira fase foi de 35,3%. Contra o Peixe não foi muito diferente. 67% para o Alvinegro, 33% para a equipe rubro-verde.
Mesmo com menos finalizações, a Lusa acertou a trave duas vezes e viu João Paulo salvar o Peixe com um chute de Dourado, aos 12 do segundo tempo. Otero finalizou na trave na etapa inicial, de bola parada, a única clara chance Alvinegra.
Desde o jogo contra o São Bernardo, o Santos não faz um gol de jogada coletiva. Relembremos: contra a Inter, jogada individual de Otero, pênalti e entregada da defesa adversária. Placares zerados contra Bragantino e Portuguesa.
Pouco criativo, muito estático. Se tem algo que Carille se destacou nas primeiras partidas foi a variação principalmente com a bola. Não tem se repetido.
Se não pela bola parada de Otero, ou jogada individual de Patati quando entra, ou "chuveirinho", o time é acéfalo de criatividade, no sentido literal da palavra.
Só Pituca e Schmidt tiveram um mapa de posicionamento no mínimo ok.
Segue a dificuldade de propor jogo para o time de Fábio Carille. Me dá esperança, que mesmo com mando Santista, o Bragantino, adversário da semi-final, tem a bola dentro, ou fora de casa - e o Santos gosta desse tipo de jogo.
Para não dizerem que só critico, estou satsfeito que hoje o Peixe tem reposições em algumas posições com atletas da base. Otero foi infantilmente expulso e, para mim, Patati está a frente de Pedrinho e Marcelinho.
Jair e Chermont novamente mostraram o cartão de visita. O lateral-direito hoje mostra mais que Hayner e o zagueiro demonstrou personalidade ao cobrar a penalidade da classificação.
O time volta a treinar na quarta-feira, joga um amistoso contra o Corinthians no sábado (23), folga domingo e treina segunda, terça e possivelmente quarta para enfrentar a semi-final do Paulistão.
Com pelo menos sete sessões de treinos, uma nova atuação ruim não será perdoada pela equipe de Bragança Paulista.
FICHA TÉCNICASANTOS 0 (4) X ( 2) PORTUGUESA
O cara dos "penais" |
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