Publicado à 00:06 desta segunda-feira, 04 de dezembro de 2023 |
(*) Pedro La Rocca
O Santos Futebol Clube precisa de uma mísera vitória para evitar o maior vexame de sua história - o rebaixamento. Tudo isso, porque o time de Vila Belmiro visitou um Athletico-PR que não vencia há sete partidas e levou um sonoro 3x0, com gols de Vitor Bueno, Madson (dois ex-Santos) e William Bigode.
Após a derrota para o Fluminense, o time Alvinegro foi com três mudanças ao sul do país: Rincón de volta na vaga do Mendoza, Nonato, que também retornou depois de ser desfalque, na vaga do Dodi e Julio Furch no Marcos Leonardo.
Tem sido comum durante os jogos em casa do Athletico-PR, fazer inícios ruins e crescer durante a partida.
Durante o primeiro tempo, o Santos conseguiu neutralizar o jogo por fora do time paranaense, mas sofreu muito no jogo por dentro, porque Christian e Vitor Bueno trocavam de posição com o talentoso Vitor Roque e assim conseguiram sair cara a cara com João Paulo em uma oportunidade, perdida pelo jogador ex-Santos aos 14 minutos.
Aos 16, o Peixe teve a sua grande oportunidade a partir da grande força do trabalho de Marcelo Fernandes - a bola na cabeça de Joaquim. O camisa 28 obrigou o goleiro Bento a fazer grande defesa na única finalização correta do Alvinegro na primeira etapa.
Aliás, a finalização das jogadas tem sido um problema Santista nos últimos jogos, que até cria, mas tem uma grande deficiência em finalizar ao gol.
Como o futebol não tolera desaforo, aos 50 minutos Soteldo comete falta desnecessária um pouco atrás da meia-lua e Vitor Bueno cobrou no canto do goleiro João Paulo, que aceitou. Evidente que o goleiro Santista errou e muito, mas olhemos o decorrer da jogada: ele pede quatro e depois mais um na barreira, Soteldo não vai e Nonato só se junta após o cobrador chegar na bola.
Resultado que psicologicamente matou o Peixe.
Precisando vencer, Marcelo Fernandes coloca Mendoza na vaga de Dodô, aos 23 minutos da etapa final.
Seis minutos depois Vitor Bueno cruza na cabeça de Madson, nas costas de Mendoza e os mandantes matam o confronto. O ala cansou de fazer esse tipo de gol em Vila Belmiro. O colombiano não tem cacoete de lateral. Tragédia anunciada.
O Marcelo até tentou de diversas maneiras, mas ficou claro que no intervalo já precisava de Marcos Leonardo junto com o Furch para jogar cada um nos espaços que a linha de três zagueiros do adversário deixava. Vejo que pecou no timing das mudanças o técnico Santista.
Já destruído, o Peixe viu William Bigode ampliar o marcador aos 47 minutos. O assistente havia marcado saída de bola no momento do cruzamento de Bruno Peres (outro ex-Santos), mas o VAR confirmou o gol.
O Santos deu muita, mas muita sorte mesmo, que Bahia e Vasco perderam suas partidas. A derrota do time carioca para o Grêmio já era esperada, mas nem nos meus melhores sonhos imaginaria que o América-MG venceria o Bahia e ainda foi de virada.
Na próxima quarta-feira (06), todos os jogos acontecerão às 21h30min, no fechamento do Campeonato Brasileiro. O Santos recebe o Fortaleza já sem objetivos. O Vasco recebe o Bragantino que não vai além da pré-Libertadores e nem perde essa vaga. O Bahia recebe o ainda candidato ao título Atlético-MG.
Se o Peixe perder, precisa que o Vasco não pontue ou que o Bahia não vença. Se empatar, um deles não pode vencer. Se perder, não se pode ter um combinado de empate dos cariocas com vitória baiana.
Joaquim e Rodrigo Fernández estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
Time do Santos tem voltado a mostrar uma apatia enorme. Um time sem reação em campo, que não vence há quatro partidas e que marcou um gol nesse período.
Contra o Fortaleza, a Vila Belmiro precisará jogar sozinha, como já diria o outro. Que o torcedor Santista apoie durante os 90 minutos, porque será preciso. Depois, mantido na série A, o protesto pacífico é válido. Falta Pouco.
A luta continua. Falta uma vitória para colocar um fim nesse pesadelo que parece interminável.
A mais bela página do futebol mundial não merecia isso. Mas fizeram jogos contra São Bento, Água Santa e Fortaleza entrarem no panteon dos maiores da história do clube. Culpa de quem esqueceu o futebol.
GOLS: Vitor Bueno, aos 50 do 2ºT, Madson, aos 29 do 2ºT, e Willian, aos 47 do 2ºT (Athletico-PR)
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