Normalizaram a vergonha e a mediocridade no Santos. Assistir jogos deste elenco atual é uma prova de amor incondicional ao clube. São quase 11 meses sem vencer um clássico e uma média de uma goleada por ano nesse tipo de confronto nos duelos desde 2021. Dessa vez, neste domingo (16), um placar de 4x1 para o São Paulo, no Morumbi. Marcos Leonardo descontou para o Peixe já no final do jogo, enquanto Calleri (duas vezes), David e Pato marcaram para os visitantes.
O técnico Paulo Turra, suspenso, não estava à beira do gramado e o comando do Peixe ficou sob responsabilidade do auxiliar Felipe Endres. O time teve mudanças na defesa e no meio-campo. Dodô estreou e pegou o lugar do Kevyson e Dodi entrou na vaga do suspenso Rodrigo Fernández.
A escalação já mostrava a tragédia. Dodô sem ritmo e o Dorival monta a sua equipe para jogar por ali. Além disso, eram quatro homens no meio-campo adversário, contra apenas Sandry, Dodi e Lucas Lima. Quatro gols, um de pênalti, um originado por dentro e dois pelo lado esquerdo.
O Santos teve um bom momento com três minutos de jogo, pressionando a equipe adversária. Mas só isso. Os outros 87 minutos foram de puro vexame para a torcida Alvinegra, que está cansada de ser a vítima dentre os rivais da capital.
Com domínio total da equipe mandante, Joaquim cometeu um pênalti infantil em cima de Calleri, que bateu e converteu a cobrança. Eu nunca vi um goleiro tão espectador como o Rafael. 21 minutos de passividade completa do Santos.
Aos 45 o São Paulo ampliou. Calleri de novo. Após contra-ataque, Alisson aproveitou que Joaquim e João Lucas estavam marcando a bola e não o camisa nove, que colocou no contra-pé de João Paulo.
Para se ter uma ideia de um dos piores 45 minutos da temporada Santista, o Peixe acertou 49 passes e perdeu a posse de bola 56 vezes.
No segundo tempo, a bola foi entregue ao Alvinegro, que sequer soube levar perigo ao gol adversário.
O São Paulo dobrou o placar com David (aos 33) e Pato (aos 42), que fez sua segunda partida pelo São Paulo e vem de uma lesão séria no joelho.
Marcos Leonardo diminuiu a vergonha aos 47 cobrando pênalti sofrido por Deivid.
O São Paulo jogou na quinta-feira (13) e tinha mais de 50% do time titular em campo. O Santos teve a semana inteira livre. E como tem coisas que só aconteceu em Vila Belmiro, os jogadores Alvinegros chegavam sempre atrasados e atrás dos adversários.
Só um time entrou em campo. O Santos ficou no vestiário.
Como confiar num planejamento esportivo dentro do gramado, se tem um time que o lateral-esquerdo joga de zagueiro, não só de forma definitiva no segundo tempo na hora do desespero, mas também na saída do tiro de meta Santista, que se posicionava da seguinte maneira: João Paulo; Joaquim, Messias, Dodô e Lucas Lima; João Lucas, Dodi e Sandry, Mendoza, Marcos Leonardo e Lucas Braga.
O Santos joga como time pequeno. A maré de suas tradições caminham de um lado e as escolhas do departamento de futebol atual caminha em outra.
Ao final do jogo, o Endres jogou com apenas dois homens no meio-campo, sendo que anteriormente já havia a prova de que o Peixe sofreu num quatro contra três na região central. Mas eu entendo o técnico Santista - é só chutão, por que precisa do meio, né?
Enquanto não bater o senso de urgência em todos os departamentos do clube, o pior tende cada vez mais a acontecer. Será que esses dirigentes não conhecem o Titanic, onde os comandantes negligenciaram o óbvio e o navio bateu no iceberg. Ainda dá para desviar, basta agir e corretamente.
Um clube profissional não pode ter um diretor que pouco antes de um clássico mais importantes do país, onde seu time precisa vencer e não tem confiança, ele está vendo a final de Wimbledon.
Como diz o hino do clube, mas em outro sentido, claro: Salve o nosso campeão. Que Deus e Pelé salvem o Santos. Não existem quatro times que praticam o esporte tão pior quanto o time de Vila Belmiro.
O Santos volta a campo no próximo domingo (23), para enfrentar o líder, Botafogo, às 16 horas, na Vila Belmiro.
GOLS: Calleri, aos 21 do 1ºT e 45 do 1ºT, David, aos 33 do 2ºT, e Pato, aos 42 do 2ºT (São Paulo); Marcos Leonardo, aos 47 do 2ºT (Santos)
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