EMPATE NA ESTRÉIA DE CARILLE

Publicado às 08h30 deste domingo, 12 de setembro de 2021.

O Santos completou sua sétima partida consecutiva sem vencer. No Brasileirão, são seis jogos sem sentir o gosto da vitória. Nem mesmo a estreia do técnico Fabio Carille, no banco de reservas, fizeram a equipe sair de um 0-0 na noite deste sábado (11), diante do Bahia, na abertura do returno pela 20a. rodada do Brasileirão. 

Não bastasse o resultado ruim, os outros resultados das partidas já realizadas na rodada, não foram nada bons. Com a igualdade, o Peixe se aproxima mais da 'zona da confusão'. O alvinegro da Vila agora soma 23 pontos em 20 confrontos disputados.

Carille não teve a zaga titular - Luíz Felipe e Kaiky contundidos e também não pode contar com o defensor uruguaio contratado Emiliano Velazquez que cumpria suspensão contraída ainda na Espanha, além do atacante Diego Tardelli. O atacante Marinho sem condição de atuar 90 minutos, depois de ficar mais de um mês parado, foi relacionado apenas para o banco de suplentes.

Os primeiros 45 minutos da era Carille foram muito ruins. Para um time que necessita vencer e sair da luta pelo rebaixamento, ficar todo o primeiro tempo sem chutar uma única bola a gol é preocupante. Mesmo tendo 65% de posse de bola, o alvinegro da Vila não conseguiu realizar uma finalização sequer na primeira etapa. A igualdade que a equipe levou para o intervalo caiu do céu, já que os visitantes chegaram com oito finalizações e três a meta do goleiro João Paulo.

Após o intervalo, Carille colocou Pirani mais como armador para que Baptistão pudesse jogar, já que até então, o camisa 9 tinha sido figura coadjuvante e o futebol da equipe melhorou um pouco e, enfim, chegou com algum perigo ao gol baiano. Foram 10 finalizações sendo uma na trave de Sánchez, quatro dentro da área e seis para fora do gol, mas nada de abrir o placar.

Vai ter muito trabalho o novo comandante técnico que não pode em hipótese alguma ser culpado pelo insucesso em sua primeira partida a frente do time, em razão de ter tido pouco contato com os atletas e ter a oportunidade dirigir a equipe apenas em dois treinos.

Ficou provado também que Marinho, apesar de ainda não estar no melhor da forma física e técnica, vai ser muito importante para que o alvinegro saia dessa incômoda posição na tabela e possa se classificar na Copa do Brasil. O atacante, dos atuais presentes do elenco, é o único que parte para cima da defesa adversária e tenta de todas as formas finalizar.

Para terça-feira (14), na luta por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil, Carille terá muitos problemas para escalar o time. Camacho, Boza, Moraes e Baptistão não podem atuar. Os três primeiros defenderam outros clubes na competição de mata-mata e o último não foi inscrito a tempo. Não bastasse isso, Luiz Felipe e Kaiky seguem como dúvidas e o defensor Robson Reis deixou o gramado no intervalo com suspeita de torção no tornozelo e pode ficar de fora também.

Para se classificar, o Santos que perdeu o primeiro jogo, precisa de uma vitória por dois gols de diferença ou no mínimo uma vitória simples para levar a partida para as penalidades máximas.

Pelo Brasileirão, o Santos só volta a campo no próximo sábado (18) diante do Ceará, fora de casa. Velázquez deve estrear na zaga.

Fabio Carille estreou com empate pelo Santos. Terá muito trabalho.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 0 X 0 BAHIA

Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP)

Árbitro: Paulo César Zanovelli da Silva (MG)

cartões amarelos: Lucas Braga (SFC) e Isnaldo, Nino Paraíba, Conti e Raniele (BAH)

SANTOSJoão Paulo, Pará, Robson Reis (Danilo Boza, no intervalo), Wagner Leonardo e Felipe Jonatan; Camacho; Marcos Guilherme (Marinho, aos 17'/2ºT), Carlos Sánchez, Gabriel Pirani (Jean Mota, aos 24'/2ºT) e Lucas Braga; Léo Baptistão (Raniel, aos 24'/2ºT). Técnico: Fábio Carille

BAHIAMateus Claus, Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Juninho Capixaba; Lucas Araújo (Patrick, aos 14'/2ºT) e  Mugni (Matheus Bahia, aos 35'/2ºT); Ruiz (Luizão, aos 28'/2ºT), Rodallega, Gilberto (Rodriguinho, aos 28/2ºT) e Isnaldo (Raniele, aos 14'/2ºT). Técnico: Diego Dabove


NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo: Nenhuma defesa milagrosa, mas quando o Bahia chegou, o camisa 34 esteve bem posicionado. - 6,0

Pará: Bons cruzamentos no segundo tempo, quando apoiou. Não comprometeu na defesa. - 6,0

Robson Reis: Fez o simples, enquanto esteve em campo. Deixou o gramado no intervalo com uma lesão no tornozelo. - 5,0

(Danilo Boza): O arroz com feijão bem temperado como diz meu amigo Alan Otacílio. - 5,0

Wagner Palha: Depois da falha no pênalti que proporcionou o primeiro gol do Flamengo, vem se recuperando aos poucos. - 5,5

Felipe Jonatan: Estava sofrendo nos primeiros minutos já que Lucas Braga não estava acompanhando Nino Paraíba em alguns lances e o camisa 3 estava ficando sozinho contra dois jogadores do Bahia. Depois foi corrigido e deu conta do setor. Não apoiou. - 5,5

Camacho: Não é veloz e demorou um pouco para se encaixar na cabeça da área. - 5,5

Marcos Guilherme: Mal posicionado, teve a melhor chance da partida e desperdiçou. Bem substituído. - 4,5

(Marinho): Longe da forma física e técnica ideal, mas tem atitude e provoca perigo contra a meta adversária. Vai ser útil e a permanência do Santos na primeira divisão vai depender muito da sua performance individual e de suas finalizações. - 6,0

Carlos Sánchez: Com exceção da bola na trave, errou diversos passes e fez uma partida bem abaixo da sua capacidade. - 4,5

Pirani: Um dos poucos que tentou algo. No segundo tempo, melhor posicionado, apareceu mais. Vem crescendo. - 6,0

(Jean Mota): Não deu o 'upgrade' que o setor precisava. Alguns passes errados e um deles proporcionou um contra-ataque perigoso ao time da boa terra. - 4,5

Lucas Braga: Não conseguiu vencer os duelos individuais contra o experiente Nino Paraíba. - 5,0

Léo Baptistão: Após uma bela estreia, esteve apagado. Também não é menos verdade que a bola não chegou. - 4,5

(Raniel): Mal posicionado. Veio buscar bola no meio-campo e perdeu alguns duelos. - 4,5

Técnico: Fábio Carille: Muitas vezes, o menos é mais. Como não teve tempo para trabalhar, optou por fazer o arroz com feijão. Infelizmente, não foi o suficiente. Senti a defesa mais protegida, o miolo, as laterais, ainda não. - 5,0

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