Publicado às desta sexta-feira, 14 de Maio de 2021. |
Às 19h15 desta terça-feira (18), horário de Brasília, com transmissão da ENERGIA 97 FM, o Santos encara o The Strongest (BOL) pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores da América. Vice-líder do Grupo C, com seis pontos, o Peixe trava um importante duelo pela classificação à segunda fase contra um adversário que conquistou os seus três primeiros pontos na competição na rodada passada e ainda reúne chances matemáticas de lutar por uma das vagas.
O primeiro lugar da chave neste instante é o Barcelona-EQ com nove, seguido pelo Santos que tem os mesmos seis do Boca Jrs-ARG, mas fica a frente no critério de desempate e com o The Strongest com três.
Além do adversário, o time treinado por Fernando Diniz terá que lidar com as dificuldades da altitude, já que a partida será realizada no Estádio Hernando Siles, em La Paz.
"Algo meio desumano. Aproveito a oportunidade para fazer uma crítica severa. É uma vantagem competitiva que não deveria ter. Maior adversário é a altitude e não temos como preparar adequadamente Não tem como ir e não sofrer. Até o Barcelona ia sentir. Movimentação constante o tempo todo. Não tem muito remédio. É tentar diminuir o efeito dessa altitude." – afirmou o comandante técnico Fernando Diniz.
O Peixe joga as duas partidas que lhe resta pela fase de grupos fora de casa. Os três jogos como mandante o time já realizou com duas vitórias (Boca e The Storngest) e uma derrota (Barcelona). Para seguir na competição, o alvinegro da Vila vai ter que pontuar e bem fora dos seus domínios.
Com sua casa há exatos 3660 metros acima do nível do mar, a equipe boliviana usa como arma a grande dificuldade gerada pela altitude para superar o Peixe. Os bolivianos venceram na última rodada, o líder do grupo, Barcelona, jogando em casa. Quando visitou os equatorianos, levou de quatro na planície e ao nível do mar de Guayaquil.
Preocupada com desempenho do time santista em La Paz, a comissão técnica do Peixe elaborou uma logística especial para este embate. Antes de chegar a cidade do local do jogo, o time ficará concentrado na cidade de Santa Cruz de la Sierra, há 849 km do local do jogo, os atletas do Alvinegro Praiano vão para La Paz horas antes da partida, em um voo fretado com duração de uma hora. A delegação santista embarca no domingo, no fim da manhã.
"Nos planejamos há um tempo, mas mesmo assim teremos desgaste exagerado. Jogo muda completamente. Ideia é ir lá o quanto antes e não ficar muito tempo em La Paz. Vamos ficar o mínimo possível na altitude. Jamais poderíamos jogar nesse tipo de altitude, não há sentido. Autoridades precisam rever. Quanto mais gente falar e indignar, existe a chance de mudar.", finalizou sobre o assunto Diniz.
O objetivo é diminuir os efeitos do ar rarefeito. Segundo especialistas, para não sentir os efeitos da altitude, os atletas precisariam de pelo menos, duas ou três semanas antes em La Paz para aclimatá-los. Como o calendário não permite isso, a estratégia é a de chegar o mais próximo possível do horário do jogo.
As adaptações que o corpo faz vão se exacerbando de seis a oito horas. Se o a delegação chegar o quanto antes e sair logo após a partida os efeitos serão menores para os jogadores. Para minimizar, os impactos causados pela altitude, que são: aumento da frequência cardíaca, dor de cabeça, tontura, falta de ar, o clube chegará apenas no dia da partida no placo do jogo, já antecipou Fernando Diniz, técnico santista.
Quem mais sofre com a altitude, durante o jogo, são os goleiros. Apesar de não se movimentarem tanto quanto os atletas de linha, João Paulo, o titular da meta santista precisará redobrar a atenção com os chutes adversários, pois a velocidade da bola muda.
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