INVENÇÃO E ARBITRAGEM PÉSSIMA CUSTA DERROTA NO RJ

Publicado às 21h30 deste domingo, 25 de outubro de 2020.

O Santos foi até a Rio de Janeiro e neste domingo (25), não foi nem sombra do time que passou mais de 12 jogos invictos até pouco tempo. Com  uma formação para lá de contestável e com uma arbitragem para lá de duvidosa, o alvinegro foi presa fácil para o Fluminense e perdeu a partida por 3 a 1, no Maracanã, em duelo válido pela penúltima rodada do primeiro turno do Brasileirão/20. Com o resultado, o Glorioso da Vila caiu para a sexta colocação da competição.

Sem Kaio Jorge convocado para a Seleção Brasileira sub-20, Cuca escalou o time, conforme revelado com exclusividade pelo Blog do ADEMIR QUINTINO, com o atacante Marinho que retornava ao time recuperado de um edema, na função de 'falso 9' centralizado.

Além do 'carne seca' como comandante de ataque, Lucas Veríssimo também voltou a defesa. Porém Cuca 'inventou' e para colocar o defensor Laércio, que o mesmo recomendou sua contratação, vindo do Caxias, deslocou Luan Peres para a ala esquerda. Com isso, Felipe Jonatan depois de quase um ano, reapareceu no meio campo como volante, como chegou a jogar na época que foi dirigido pelo argentino Jorge Sampaoli.

Quando a equipe subiu o gramado do Maracanã era tragédia anunciada de que dificilmente essas mexidas dariam certo. Foi questão de tempo.

O Fluminense dominou as ações e o Santos não conseguia criar absolutamente nada do meio para frente. Lucas Claro abriu o marcador aos 28 minutos da primeira etapa e mesmo apresentando-se pouco no ataque, o alvinegro chegou a igualdade sete minutos depois dos cariocas largarem na frente. O gol só podia ser dele - Marinho.

O artilheiro do Peixe no Brasileiro e na temporada esteve conosco na última sexta-feira (23), dia de aniversário de Pelé e aceitou um desafio. Se marcasse um gol, comemoraria com um soco no ar, como o Rei de Futebol fazia e o camisa 80 (Marinho jogou com esse número em homenagem a idade que o atleta do século passado completou nessa semana), cumpriu e igualou o marcador na cidade maravilhosa.

No reinicio do jogo para o segundo tempo, Cuca reconheceu que errou na escalação e recolocou Felipe Jonatan na lateral-esquerda com a entrada de Arthur Gomes no meio e depois a frente com a saída de Laércio.

Mesmo com a volta do antigo esquema, o Santos continuou um time com pouca imaginação no meio-campo e nenhuma criatividade. Aos nove minutos, o time das Laranjeiras voltou a ficar na frente com Nino.

Cuca colocou o talentoso Ângelo de apenas 15 anos e 10 meses aberto pela direita. É o segundo jogador mais jovem a estrear com a camisa do alvinegro na história, a frente de Pelé e atrás de Coutinho que atuou com 14. 

Neste instante, a arbitragem começava a dar o ar da graça. Soteldo empatou o jogo e só o árbitro e o V.A.R. viram falta de Arthur Gomes. Pouco antes, Hudson atingiu o tornozelo de Soteldo e só recebeu amarelo, em lance que era para ir para a rua. 

Como não existe nada ruim que não possa piorar, PH Ganso em completo impedimento, deu assistência para Marcos Paulo selar o resultado da partida, novamente com colaboração da arbitragem. Uma vergonha.

Na próxima quarta-feira (28), o Peixe volta a campo às 16h, diante do Ceará em partida de ida das oitavas de finais da  Copa do Brasil. Será a estreia do Santos na competição nesta edição.

Pelo Brasileirão, o alvinegro volta a campo somente no próximo fim de semana, diante do Bahia, domingo (1), às 18h15, também na Vila Belmiro.


FICHA TÉCNICA:

FLUMINENSE 3X1 SANTOS

Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Anderson Daronco (FIFA - RS)

Cartões amarelos: Michel Araújo, Dodi, Wellington Silva, Hudson (FLU), Felipe Jonatan, Arthur Gomes, Luan Peres (SFC)

GOLS: Luccas Claro (28'/1ºT) (1-0), Marinho (35'/1ºT) (1-1), Nino (9'/2ºT) (2-1), Marcos Paulo (46'/2ºT) (3-1)

FLUMINENSE: Muriel; Igor Julião, Nino, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Dodi, Hudson e Nenê (Marcos Paulo - 43'/1ºT); Michel Araújo, Caio Paulista (Ganso - 15'/2ºT) e Fred (Yuri - 44'/2ºT). Técnico: Odair Hellmann.

SANTOS: João Paulo; Laércio (Arthur Gomes - intervalo), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Madson; Jobson (Alison - 16'/2ºT (Marcos Leonardo - 31'/2ºT)), Diego Pituca e Felipe Jonatan (Jean Mota - 39'/2ºT); Marinho, Soteldo e Lucas Braga (Ângelo - 15'/2ºT). Técnico: Cuca.

Marinho cumpriu a promessa e homenageou Pelé

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo: O resultado poderia ainda ser mais dilatado, não fossem as defesas do camisa 34. No mínimo evitou mais dois gols. - 7,0

Madson: Com Marinho absurdamente errado como falso 9, a melhor opção era o ala, que deu a assistência do gol de empate. - 6,5

Laércio: Lento. - 5,0

(Arthur): Entrou para tentar fazer a ligação do meio para frente. Não é a sua, já está provado. Depois, com a entrada de Jean Mota, foi para o lado, também não foi feliz. - 5,5

Lucas Veríssimo:  No primeiro gol do time carioca não conseguiu tirar a bola da área. - 5,5

Luan Peres: Mesmo improvisado não comprometeu. Também não auxiliou o ataque. Não tem explosão para jogar pelo lado. -  6,0

Jobson: Tem potencial para jogar muito mais. Discreto. Foi substituído. - 5,0

(Alison): Jogou menos de 15 minutos e saiu lesionado. Não entendi a alteração e a tentativa de Cuca quando o Peixe perdia o jogo. Um volante? - SEM NOTA

(Marcos Leonardo): É o jovem com mais 'moral' com Cuca no elenco. Não pode ser considerado culpado pois a bola simplesmente não chegou no atacante. - 5,5

Pituca: Correu muito como de costume. No segundo tempo chegou a ficar sozinho como responsável pela marcação no setor, tamanha a bagunça tática que o Santos se tornou. - 5,5

Felipe Jonatan: Transpiração e vontade na primeira etapa. Melhorou na etapa final quando voltou para a sua posição, mas não conseguiu ajudar o time a frente. - 6,0

(Jean Mota): Jogou 10 minutos. - SEM NOTA

Soteldo: Estava a fim de jogo. Caçado o tempo todo. Empatou o jogo, mas a arbitragem de forma surreal anulou o golaço do venezuelano. - 7,0

Marinho: Mal explorado, fora de posição, ainda assim marcou o seu. Conforme o Blog bancou, atuou de falso 9. Prometeu e cumpriu comigo comemorar com o soco no ar de Pelé. - 7,5

Lucas Braga: Entrou tão bem no meio de semana. Porém, neste domingo, não teve uma atuação eficaz. Normal essa oscilação de um jovem que pela primeira vez tem a oportunidade de ser titular de um time grande no profissional. - 5,0

(Ângelo): Estreou com 15 minutos da segunda etapa. Já reescreveu a história ao se tornar o segundo mais jovem a atuar no profissional alvinegro. - 6,0

Técnico: Cuca: Quis reinventar a roda ao mexer em três posições para colocar o zagueiro que recomendou a contratação no time titular. Desastrosa a tentativa. Não conseguiu mexer com o time no intervalo para mudar o panorama do jogo. Tenho que ser justo e dizer que faz um trabalho bom (não excelente), mas peca ao não fazer o simples algumas vezes. - 4,5

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