Publicado às 23h50 desta quinta-feira, 28 de novembro de 2019. |
O Peixe perdeu uma invencibilidade de sete jogos no Brasileiro ao ser derrotado por 2 a 1 pelo Fortaleza, na noite desta quinta-feira (28), na Arena Castelão. Apesar do revés, o alvinegro segue na vice-liderança, já que o Palmeiras perdeu no Rio de Janeiro para o Fluminense, por 1 a 0.
A última vez que o time santista havia perdido foi em 20 de outubro, diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte (0-2). Sabe qual a coincidência em relação a derrota em Fortaleza? Na Arena Independência, em Minas Gerais tinha sido a última vez que Sampaoli havia começado com três defensores de ofício.
Não sou contra a utilização de três zagueiros como na Europa é costumeiramente utilizado um beque em uma das alas. Não, absolutamente. Só que o Santos não tem um material humano tem qualificado em seu plantel em todas as posições para essas constantes mudanças e quando os erros aparecem individualmente, comprometem o sistema do jogo. Além disso, havia um ala canhoto específico.
O Peixe teve uma oportunidade de ouro com menos de um minuto para abir o marcador, após Sasha pressionar o goleiro Felipe Alves, mas Sánchez desperdiçou quando finalizou para fora do gol.
O Santos tinha um pouco mais a posse de bola na primeira etapa, mas sofria com Edinho levando a melhor sobre Luan Peres pelo lado direito do ataque do clube nordestino. Os times foram para o intervalo com a igualdade.
No começo da segunda etapa, veio o gol de falta dos donos da casa e o segundo após a escapada novamente pela esquerda da defesa santista que estava com Pìtuca improvisado.
Por falar em Pituca, ele fez no meu entender, uma de suas melhores apresentações com o manto santista e tinha acabado de dar uma assistência milimétrica para Sánchez diminuir. Um desperdício deixa-lo na segunda linha de campo com funções mais defensivas. Ele aparece mais quando se aproxima da grande área adversária. Mas ganhou como prêmio, após a bela jogada, a saída de campo para entrada de Felipe Jonatan, que não devia ter deixado a titularidade.
A chance do empate veio no fim da partida, após Evandro sofrer penalidade máxima. Mas Sánchez, que não estava em seus melhores dias, chutou no lugar mais difícil, a trave.
Lamentável, no fim da partida os gandulas furarem as bolas. Soteldo revoltado chutou uma delas para a arquibancada e foi expulso, assim como Pará que levou vermelho após o fim da partida.
Foi a sétima derrota do time na competição. Somente para o Fortaleza foram cinco pontos perdidos (3 a 3 no primeiro turno).
O treinador Rogério Ceni venceu Sampaoli as duas vezes que o enfrentou. Só Jorge Jesus pode conseguir a mesma façanha, se o Flamengo voltar a vencer o alvinegro na última rodada.
Para o jogo do próximo domingo (1), na Vila Belmiro, diante da rebaixada Chapecoense, às 19h, Sampaoli não terá Luan Peres, Jean Mota, Pará e Soltedo suspensos, além de Sampaoli que recebeu o terceiro amarelo e não poderá dirigir o time do banco de reservas.
FICHA TÉCNICA
FORTALEZA 2 X 1 SANTOS
Castelão - Fortaleza (CE)
Árbitro: Diego Pombo Lopez (BA)
Público e renda: 33.925 pessoas
Cartões amarelos: Felipe, Juninho, Rogério Ceni (FOR); Sasha, Pará, L. Veríssimo, Luan Peres, Derlis González, Evandro, Soteldo, Sampaoli, Jean Mota (SFC)
Cartões vermelhos: Soteldo 53'2ºT e Pará (após o apito final).
GOLS: Edinho 04'2ºT (1-0), Osvaldo 19'2ºT (2-0), Carlos Sánchez 23'2ºT (2-1)
FORTALEZA: Felipe Alves; Gabriel Dias, Quintero, Paulão e Bruno Melo; Felipe (Araruna, 41'/2ºT), Juninho; Edinho (Tinga, 24'/2ºT) e Romarinho; W. Paulista e Osvaldo (Kieza, 32'/2ºT). Técnico: Rogério Ceni
SANTOS: Everson; Lucas Veríssimo, Luan Peres (Evandro, 09'/2ºT) e Luiz Felipe (Jean Mota, 32'/2ºT); Pará, Alison, Pituca (Felipe Jonatan, 24'/2ºT) e Sánchez; Soteldo, Derlis González e Sasha. Técnico: Jorge Sampaoli.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Everson: Apesar de não ser goleiro, não achei que a bola do primeiro era defensável. No segundo nada podia fazer. - 5,5
Lucas Veríssimo: O defensor mais rápido do time também teve o melhor desempenho. Cobria o lado direito. - 6,0
Luan Peres: Ao contrário dos outros jogos, principalmente diante do Goiás, onde jogou na linha de quatro defensiva, não foi bem. Sofreu para conter Edinho. Por ali nasceram as melhores jogadas do adversário. - 5,0
(Evandro): Deu qualidade no passe no meio-campo. Sofreu pênalti. - 6,5
Luiz Felipe: Fez bom primeiro tempo. Na segunda etapa, levou azar quando o jogador do Fortaleza chutou e a bola bateu em sua mão no lance que originou o gol de falta. - 5,0
(Jean Mota): Jogou apenas 13 minutos mais os acréscimos com os gandulas murchando e furando as bolas. Pouco pode fazer. - SEM NOTA.
Pará: Fez o arroz com feijão. Bem na proteção do setor na marcação, mas burocrático na construção de jogadas quando foi a frente. - 5,0
Alison: Não é porque o time perdeu que está tudo ruim. Foi um monstro na cobertura e roubadas de bola. Um dos melhores jogadores do time, dentro da sua responsabilidade de jogo, a marcação. - 6,5
Pituca: Vinha bem no meio, mas muito recuado. Gosto mais do camisa 21 quando chega a frente. Quando foi ala deu bela assistência para o gol de Sánchez. Não devia ter sido improvisado, tampouco substituído. - 6,5
(Felipe Jonatan): Não devia ter deixado a titularidade e tampouco entrado na vaga de Pituca que estava mal improvisado. Pouco acionado para explorar a sua força pela canhota. - 6,0
Sánchez: Perdeu um gol feito no começo da partida e uma penalidade máxima. Fez o único gol do time. Errou muitos passes. - 5,5
Soteldo: Um dos melhores jogadores do Peixe no Brasileiro, não brilhou em Fortaleza. A parte que mais apareceu no jogo foi quando levou o vermelho e foi expulso. - 5,0
Derlis González: Longe do jogador agudo do Paulistão. Pode render mais. Voluntarioso como de costume. - 5,0
Sasha: Abriu espaços na defesa adversária na primeira etapa. Provocou o erro de Diego Alves no início de partida. Caiu de produção, assim como todo o time na etapa complementar. - 5,5
Técnico: Jorge Sampaoli: Mesmo com as alterações e a insistência de três defensores, o time tem padrão. Não tem material humano para diversificar tanto na escalação, como faz. Errou na escalação. Jonatan não devia ter saído do time. Pecou nas alterações. Evandro devia entrar, mas não com Pituca improvisado pela esquerda. Até os melhores erram e Tio Sampa não esteve em uma noite feliz. O 'arroz com feijão' também vale e dá certo. Podia ter feito uma linha de quatro defensores com um dos volantes na cobertura pela ala esquerda. Preferiu improvisar. - 5,0