2017: O ANO QUE AINDA NÃO ACABOU

Publicado às 09h desta quarta-feira, 6 de novembro de 2019.
O ex-presidente do Santos entre 2015 e 2017, Modesto Roma Júnior foi expulso do quadro associativo do clube na noite desta terça-feira (5). A decisão foi por ampla maioria dos presentes a reunião do Conselho Deliberativo, realizada na Vila Belmiro.  O seu vice, o médico Cesar Conforti levou suspensão de um ano e o assessor da presidência Moacyr Roma, sobrinho do ex-mandatário pegou gancho de seis meses.

Não é a primeira vez que um ex-presidente é expulso do quadro associativo pelos conselheiros. Em 2016, Odílio Rodrigues, eleito como vice-presidente de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro em 2009 e assumiu o cargo de presidente em exercício quando LAOR foi afastado por problemas de saúde, em 2013 e definitivamente no ano seguinte a presidência também chegou a ser excluído do quadro associativo do Santos, entretanto, conseguiu recuperar seus direitos na justiça pois a defesa do ex-mandatário usou como argumento que os Conselheiros  ignoraram o parecer da CIS, que havia sinalizado com apenas uma suspensão. Contudo, o processo relativo as contas de 2014 está de volta a Comissão de Inquérito e Sindicância e o CD aguarda que em breve o processo passe por nova votação.

Porém, ao contrário da vez que o Conselho expulsou Odílio e os membros daquele Comitê de Gestão, o relatório da Comissão de Inquérito e Sindicância sobre o exercício de 2017 que contém 14 páginas, afirma que constatou nas contas do último ano do mandato de Modesto - "irregularidades e reiterada inobservância dos dispositivos estatutários." e pedia no documento a exclusão do quadro associativo do clube.  

Em 2016, quando da expulsão de Odílio de sócio, o relatório da CIS , em seu parecer, indicou a punição de um ano de suspensão ao ex-presidente e de nove meses de afastamento aos membros do CG, mas o CD achou por bem uma punição maior.

Além das contas, também foi levada em consideração para a expulsão de Modesto, a dívida com a Quantum, empresa com sede em Malta contratada durante a gestão do ex-presidente para intermediar o recebimento do mecanismo de solidariedade como clube formador de Neymar quando o mesmo se transferiu do Barcelona-ESP para o Paris Saint-Germain-FRA. O alvinegro tinha direito a receber livre de intermediação 4% do jogador (solidariedade se dá dos 12 aos 23 anos) e a gestão de Roma, alega ter utilizado os serviços da empresa supracitada para receber a quantia.

O ex-presidente Modesto Roma tem direito a recorrer da decisão na Justiça civil, o que provavelmente irá acontecer.

VICE-PRESIDÊNCIA

O Conselho Deliberativo também considerou ilegal a portaria que o atual presidente José Carlos Peres assinou retirando os poderes do vice, Orlando Rollo.

O relatório da Comissão de Inquérito e Sindicância apontou a ilegalidade da portaria e o plenário acompanhou a decisão. 

A volta ao cargo depende apenas da vontade do vice. Orlando Rollo emitiu uma nota após a votação.
"Sobre a portaria ilegal emitida pelo Sr José Carlos Peres retirando as minhas atribuições estatutárias de Vice-Presidente, e consequentemente o meu retorno as minhas atribuições, tenho a dizer que pretendo seguir as determinações estatutárias e a decisão soberana do egrégio Conselho Deliberativo. Entretanto, aguardo ser notificado oficialmente sobre os termos e condições do meu retorno."
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