NA VILA BELMIRO NÃO TEM PARA-RAYO

Publicado às 10h10 deste domingo, 26 de Maio de 2019.
Eu sabia desde o começo que o destino seria esse. Tinha convicção disso. Só não imaginava que tão precocemente.

Curti cada minuto dos cinco anos que acompanhei você entre base e profissional, dede que te vi pela primeira vez, no gramado do Estádio Ulrico Mursa, em 2014, ano que passei a te acompanhar e quase deu divórcio em casa, porque meus olhos se esbugalhavam, meu coração disparava com as suas jogadas e eu tresloucado, abandonava tudo que tinha para realizar pelo simples prazer de te ver jogar, a ponto de certa vez, o professor Luciano Santos responsável por te lapidar durante seis anos, perguntar O por quê eu não assisti um determinado jogo até o final e eu responder:
“Quando o meu atacante preferido sai, a alegria da lugar ao comum e o jogo pelo menos para mim acaba”
Infelizmente, tecnicamente não foi possível traduzir em conquistas significativas dentro de campo, a sua passagem no time de cima, pois, foram apenas dois estaduais, uma Libertadores, um Brasileiro e uma Copa do Brasil que você disputou com a camisa 43, depois 9 e por fim 11; porém, o ganho financeiro que você trouxe ao clube, na maior venda de um atleta da América Latina até hoje, proporciona que o 'nosso' Santos tenha um elenco em condições de disputa, pois se esse dinheiro não existisse, o time não teria recebido reforços (e com a entrada da segunda parcela da venda pode receber mais) e a situação, estaria ainda mais caótica do que se encontra, há alguns anos.

Talvez seja a última vez que lhe veja neste domingo (25) com o manto imaculado branco que o Rei Pelé tão bem vestiu durante anos, já que você irá substituir este uniforme por um da mesma cor e tão gigante, porém, no ‘velho’ continente.

Estarei mais tarde na Vila famosa e histórica para lhe aplaudir, como sempre fiz. Devo me emocionar, sorrir com suas jogadas e confesso que os próximos jogos, em particular, serão um pouco mais triste para o torcedor e jornalista Ademir, em razão da sua ausência.

O Santos é maior do que tudo e todos, do que qualquer jogador, mas a exemplo da saudade que senti quando não vi mais G10vanni com a 10, Robinho com a 7, Neymar com a 11, vai doer um pouco quando o time entrar em campo e não te ver mais. 

E o raio quando eu tiver em um programa de rádio ou TV quando e como vou poder fazer?

Querido, Rodrygo, ou apenas “crioulo” como sempre te chamei ou ainda o “rayo” como te rebatizei, obrigado por todo carinho que sempre teve comigo e minha família.

Que Jesus te ampare e abençoe cada vez mais.

Desejo todo sucesso do mundo a ti. Vai ser feliz e acabe com o Barcelona, à partir do semestre que vem.

E pra quem fica - Que a divindade traga-nos novos raios para a Vila Belmiro.

strutura.com.br

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