QUEDA DE DESEMPENHO PREOCUPANTE, ÀS VÉSPERAS DO MATA-MATA

Publicado às 06h00 deste sábado, 16 de Março de 2019.
O Santos perdeu a segunda partida na temporada e a primeira como mandante no Campeonato Paulista. Na noite desta sexta-feira (15), no Pacaembu, o alvinegro foi derrotado por 1 a 0 pelo Novorizontino. Com o resultado e a vitória do Red Bull, o time da Baixada perdeu a liderança do grupo e da competição a uma rodada do fim da fase de grupos.

Sem Gustavo Henrique e Dérlis, suspensos, além de Alison com um corte no pé, lesionado, mais a saída de Jean Luca do time titular, o alvinegro foi a campo com três alterações em relação a partida diante do SCCP, no final de semana passado. O defensor Luiz Felipe voltou ao time recuperado de lesão muscular, o meia Pituca foi recuado para a cabeça de área e Soteldo e Rodrygo, desde o início, abertos pelos lados foram as novidades no time praiano.

A torcida também homenageou Coutinho
No uniforme do Santos, estavam estampados o rosto do craque Coutinho que faleceu nesta semana e nas costas, o nome do ex-camisa 9 em todos as camisas. 

Entretanto, o time que até começou bem, esteve muito espaçado, sem a compactação característica do começo da temporada e irritantemente insistiu desde os primeiros minutos na bola longa e inversão de jogo, mesmo com boa parte da partida sem um homem de área. Além disso, a velocidade e os toques rápidos, além, principalmente da intensidade, não foram vistos no time de Sampaoli, nesta noite no 'próprio da municipalidade paulistana'.  

Mais que o resultado negativo, o que preocupou foi o desempenho ruim. Principalmente, porque à partir da próxima semana, começa a fase de mata-mata do Estadual e o time terá desfalques com jogadores convocados pelas suas respectivas seleções, em datas FIFA, que não são respeitadas no país, casos de Soteldo, Cueva e Dérlis que não jogam a primeira partida das quartas de finais. O paraguaio pela entrega e por ser o atacante mais produtivo e rápido do time vai fazer uma enorme falta.

Se o Red Bull não tropeçar na última rodada diante do Guarani, no Brinco de Ouro e o Santos não vencer o Botafogo, em Ribeirão Preto, na próxima quarta-feira (20), os dois jogos das quartas de finais, entre ambos, terá o Peixe como visitante, na partida de volta, pois o time do interior agora tem 24 pontos contra 23 do alvinegro.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 X 1 NOVORIZONTINO
Estádio do Pacaembu - São Paulo (SP)
Árbitro: Salim Fende Chavez (SP)
Público e renda: 9.020 pagantes / R$ 215.767,00
Cartões amarelos: Diego Pituca (SFC) e Adilson Goiano, Matheus Sales (NOV)
GOL: Murilo Henrique 30'/1ºT (0-1)
SANTOS: Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, Aguilar e Felipe Jonatan; Pituca, Sánchez, Cueva (Felippe Cardoso 17'/2ºT) e Jean Mota; Rodrygo (Sasha 30'/2ºT) e Soteldo (Copete 19'/2ºT). Técnico: Jorge Sampaoli.
NOVORIZONTINO: Vagner, Lucas Ramon (Dudu Vieira 24'/2ºT), Everton Sena, Edson Silva e Paulinho; Adilson Goiano, Matheus Sales, Murilo Henrique (Carlinhos 29'/2ºT) e Jean Patrick (Danielzinho 40'/2ºT); Cléo Silva e Felipe Marques. Técnico: Roberto Fonseca.

O jovem Rodrygo foi substituído no segundo tempo.

NOTAS DOS JOGADORS DO SANTOS

Vanderlei: Sem culpa no gol sofrido. Nenhuma grande defesa. Pouco exigido. - 5,5
Victor Ferraz: No contra-ataque que originou o único gol do jogo, não conseguiu bloquear o atacante que rolou a bola para a finalização de Murilo. Apoiou e desta vez 'por fora' (aberto), que não é uma característica sua. Errou alguns cruzamentos. - 5,0
Luiz Felipe: Sentiu um pouco a falta de ritmo pelo tempo que não atou em razão da lesão muscular. que o deixou três semanas fora da equipe. - 5,0 
Aguilar: Defensivamente não comprometeu, mas foi um dos que tentou realizar a transição com bolas longa e errou alguns lançamentos em razão dessas tentativas. - 5,5
Felipe Jonatan: Não teve a mesma produtividade e eficácia da estréia diante do Oeste. Sabe jogar. Foi apenas o terceiro jogo do jovem. - 5,5
Pituca: É o 'coringa' do time e novamente jogou fora da sua posição original, o que fez com que não rendesse tanto. Melhor no segundo tempo. - 5,5
Sánchez: Dos últimos jogos, só foi bem diante do Oeste, quando entrou e mudou o jogo. No segundo tempo desta sexta-feira, jogou aberto pela direita. Não tem arranque para atuar como extremo. - 5,0 
Cueva: Começou bem ao tabelar com Rodrygo e parecia que ia finalmente realizar um bom jogo. Após esse lance, caiu assustadoramente de rendimento e sem a compactação, marca de Sampaoli, vinha buscar bola na lateral esquerda ainda no campo de defesa e não conseguiu armar o time. Por tudo que foi investido, pode render muito mais. Não fez pré-temporada, o que pode atrapalhar o rendimento físico. - 4,5
(Felippe Cardoso): Estava ansioso, era nítido. Teve uma chance real de cabeça desperdiçada para fora do gol. É homem de área, jovem, assim como seus concorrentes de posição Yuri Alberto e Kaio Jorge. Tem muito para amadurecer ainda. - 5,0
Jean Mota: Foi bem marcado, mas insistiu com alguns chutes de longa distância, onde poderia tentar o passe. Com Cueva desligado, ficou sobrecarregado. - 5,5
Rodrygo: Mesmo sem realizar uma grande partida foi um dos poucos que produziu perigo, principalmente na primeira etapa. Teve uma chance no começo do jogo e na base da velocidade tentou algumas ações. - 6,0
(Sasha): Teve 15, talvez 20 minutos com os acréscimos no gramado. O time já estava desorganizado quando entrou e teve pouca chance de produzir algo. - 5,0
Soteldo: No primeiro tempo, conseguiu alguns cruzamento pelos lados do campo, porém faltava qualidade na assistência. Trocou de posição com Rodrygo constantemente. Outro que pode dar um pouco mais ao time. - 5,5
(Copete): Ainda creio e fico com a sensação, por ter bom jogo aéreo e de razoável para bom poder de finalização, que poderia ser testado como homem de área. Entrou pelo lado esquerdo e teve uma chance assim que pisou no gramado. Pouco acionado. - 5,5
Técnico: Jorge Sampaoli: Sou fã assumido do argentino, porém, ele não é perfeito. Eu não posso deixar o profissionalismo de lado, ser passional e não analisar as situações acontecidas. O comandante não conseguiu desconstruir a boa marcação pelo lado do time adversário e as alterações realizadas deixaram o time ainda pior. Não podia ter aberto mão de um dos velocistas pelas beiradas do ataque - Rodrygo e Soteldo. O meio-campo, disparado o pior setor da equipe na partida podia ter tido alguma tentativa de mexida. Tem muito crédito, pois o elenco tem limitações. A preocupação foi a compactação e a intensidade, características do time até aqui, que não foram vistas neste jogo. - 4,5

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