Publicado às 22h00 deste domingo, 13 de janeiro de 2019. |
Após a partida, o técnico santista Jorge Sampaoli que estreou no comando da equipe, demonstrou a sua insatisfação com a demora e a falta de reforços que solicitou a direção santista. O treinador foi respeitoso com a história do clube para justificar suas reivindicações.
“Quando vim para cá, cheguei para um clube grande, Na Argentina, na Espanha ou no Chile, eu via o Santos como grande. Não posso ver como pequeno. Se não posso estabelecer o que sinto, tenho que expressar o que realmente vejo. Todas as conversas com presidente e direção são para isso, exigindo a todos que estamos num clube grande e há que respeitar.”, disparou Sampaoli, em entrevista coletiva.
O treinador argentino que desembarcou há 10 dias na Vila Belmiro, não participou do almoço que aconteceu com as duas delegações. Durante a coletiva, o comandante técnico justificou a ausência em razão de fortes dores de cabeça e por isso, segundo ele, não compareceu para poder descansar e estar mais disposto para trabalhar na partida.
"Quando eu vim (para o Brasil) foi para uma equipe com história, que me motivou e temos que estar à altura da história de Pelé e Neymar, com equipes grandes, que proponham. Essa expectativa foi expressada ao presidente e ele está em busca de chegar os nossos pedidos. Trabalhamos com isso e que a curto prazo com os trabalhos feitos, possamos cumprir os objetivos e o Santos tenha a chance de competir com clubes de elencos já formados. Queremos que o que pedimos em curto prazo se concretize. Que isso ocorra pronto e que tenhamos o que o Santos merece” finalizou o técnico demonstrando todo seu descontentamento.
O presidente santista José Carlos Peres, na área de entrevista discordou quando perguntado se Sampaoli estava descontente. O mandatário preferiu dizer que é fruto da ansiedade do comandante alvinegro:
"Nós trouxemos ele para fazer uma mudança de cultura no clube. Ele nunca demonstrou insatisfação. Tem pressa, sim."
Sobre a partida, vimos um Santos que valorizou bastante a posse de bola e teve 70% do controle do jogo, mas também não é menos verdade que falta qualidade no material humano para quebrar as linhas tanto pelo meio, como pela beirada do campo.
O treinador deixou no ar que se os reforços que ele pediu, não chegarem, a estadia dele em território brasileiro, pode ser abreviada.
Que o clube tem problemas financeiros, é fato, mas vai ter que se virar para dar o mínimo do que o argentino exige, se desejar que ele permaneça.
Que o clube tem problemas financeiros, é fato, mas vai ter que se virar para dar o mínimo do que o argentino exige, se desejar que ele permaneça.
No próximo sábado (19), na Vila, O Peixe enfrenta a Ferroviária pela abertura do Estadual. Por enquanto, o alvinegro realizou apenas a contratação do meia Soteldo. O presidente José Carlos Peres prometeu pelo menos mais dois estrangeiros nesta semana.