Publicado ás 10h00 deste sábado, 15 de dezembro de 2018. |
A chegada de Jorge Sampaoli ao Brasil foi adiada de sábado para a tarde deste domingo (16). Pelo que o Blog do ADEMIR QUINTINO apurou, a primeira conversa entre o comandante técnico, o presidente santista José Carlos Peres e alguns dirigentes, acontecerá ainda na noite do mesmo dia, na capital. A torcida santista prepara uma recepção calorosa ao treinador na sua chegada ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. A concentração de torcedores será à partir das 15h.
A organização e convite para que a torcida alvinegra compareça em grande número são das Embaixadas do clube de São Paulo e Diadema, além de algumas páginas santistas na internet como Santos Depressivo, Sereias da Vila, Universo Santista, Juntos Somos Mais Santos e Sou Santos, entre outras.
Por enquanto, Santos FC e Jorge Sampaoli têm um 'aceite' assinado (espécie de pré-contrato, uma carta intenções) na proposta para que o argentino seja o treinador da equipe em 2019. Na segunda-feira (17), o técnico deve descer a Serra e conhecer a estrutura do clube como o estádio da Vila Belmiro e o Centro de Treinamento Rei Pelé.
OITO PEDALADAS, SHOW E FIM DA ERA MENINOS DA FILA
Há exatos 16 anos, as pedaladas de uma garoto franzino nascido em São Vicente de nome Robinho, encantaram o país e após 34 anos, o Brasil era do alvinegro mais famoso do mundo, mais uma vez. Nesse sábado, 15 de dezembro de 2018, se completa mais um aniversário de um dos títulos mais importantes da história do Santos, depois de muitos anos sem dar uma volta olímpica - 3 à 2 em cima do SCCP, em um Morumbi lotado e dividido pelas duas torcidas.
O último titulo nacional do Peixe havia acontecido em 1968. Pelé havia parado de jogar na década de 70 e o alvinegro viveu um período de "vacas magras". As exceções foram os títulos paulistas de 1978 e 1984, além de dois vice-campeonato brasileiros de 1983 e 1995. Muitos podem falar do torneio Rio-SP de 1997 e a Conmebol de 1998, mas o torcedor queria um título estadual ou melhor ainda, um brasileirão. E não poderia haver um roteiro melhor. A decisão contra o maior rival, recheado de dramas e emoções.
Sem dinheiro para contratações em 2002, o Peixe montou um time recheado de garotos para não cair para a série B e sob a batuta do técnico Emerson Leão, os meninos da Vila provaram que talento se faz em casa e em uma campanha onde o time ficou como o último classificado (8o.) eliminou tudo e todos no mata-mata (São Paulo e Grêmio) e a conquista mais aguardada pela Nação Santista após vencer o rival.
"Éramos apontados como zebra e tiramos um enorme peso das nossas costas. Há alguns anos a torcida pendurava as faixas de ponta-cabeça para protestar", relembrou o responsável em levantar a taça naquela memorável tarde, o volante Paulo Almeida.
A epopeia santista foi um divisor de águas na vida do clube. Em 2003, o Santos foi vice brasileiro e da Libertadores. No ano seguinte, levou o oitavo título nacional de sua história e manteve a doce rotina vencedora em 2006 e 2007 com o bicampeonato paulista. Depois de três anos, o clube iniciou a era Neymar, conquistando o tri paulista (2010,2011,2012), além de 2015 e 2016, campeão da Copa do Brasil (2010) e a Libertadores de 2011.
Fábio Costa, Maurinho, André Luís, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Robert depois Michel); Robinho e William (Alexandre) foram os heróis na final. O centroavante Alberto, fundamental durante a campanha do título, estava suspenso na última partida.
Me perdoem os leitores, pois, esse espaço é formado basicamente por informações, mas recordar é viver e esse data é tão importante e marcante na história do clube, que não poderia passar em branco.
Mais do que a conquista, aquele esquadrão alvinegro ressuscitou a mistica de que no Santos, não basta vencer. Tem que ser no estilo ofensivo e com direito a espetáculo.
Além dos atletas, três pessoas não podem ser esquecidas na conquista. O Supervisor Zito, o técnico Emerson Leão e o presidente Marcelo Teixeira que acreditaram nos meninos.
Os campeões de 2002. Um marco na história do clube.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS NA DECISÃO
Fábio Costa: Não me recordo de um goleiro pegar tanto em uma decisão. Só jogou os seis jogos finais, após se recuperar de contusão. - 9,5
Maurinho: Apesar de não ter conseguido conter Gil no primeiro gol do rival, fez um campeonato maravilhoso. Tanto que foi para o Cruzeiro no ano seguinte e foi campeão novamente. - 7,5
André Luís: Se redimiu do drible que levou de Gil um ano antes na semifinal do paulista. - 7,0
Alex: Um dos melhores beques da história do clube. Uniu força, juventude e técnica rara. Fundamental na conquista. - 8,5
Léo: Vivia seu grande momento na carreira. Foi coroado com o gol do título. - 9,0
Paulo Almeida: Não tinha a técnica do campeão Mundial em 70 - Clodoaldo, mas sua liderança e ótimo preparo fisíco contribuíram bastante. - 7,5
Renato: Não recebeu um cartão amarelo durante todo o Campeonato e a fase final. - 8,5
Elano: Além de fazer a função de quarto homem do meio-campo, tinha disposição física para ajudar na marcação. Foi dele o gol do empate há poucos minutos do fim. - 8,5
Diego: Na final, teve que sair no primeiro minuto. Não tinha condições de atuar. Fez um campeonato fantástico. Decisivo na primeira partida da final. - 9,0
(Robert): No ano anterior tinha sido o melhor jogador do Santos e do Campeonato. Foi emprestado ao São Caetano e foi vice da Libertadores pelo time do ABC. Voltou ao Peixe e sua experiência e habilidade com a canhota foram determinantes para um título que era para ter vindo ao "maestro" sete anos antes. - 8,0
(Michel): Entrou nos minutos finais. Tinha potencial. Infelizmente pra ele, se perdeu com a falta de maturidade para seguir na carreira. - SEM NOTA
Robinho: Iluminado, decisivo. O "cara" da decisão. Chamou toda a responsabilidade para si. Tarde de Pelé - 10,0
William: Voluntarioso. Sem grande qualidade técnica, lutou como pode e marcava pressão na saída de bola. - 6,5
(Alexandre): Volante, carregador de piano. Viveu bom momento com Emerson Leão. Entrou em um momento difícil do jogo. - 6,5
Alberto: Estava suspenso na última partida. Marcou gol de bicicleta no mesmo SCCP durante a fase de classificação, gol de letra contra o Grêmio e viveu seus melhores dias vestindo a camisa 9. - 8,5
Técnico Emerson Leão: Personalidade forte sempre foi a sua marca. Corajoso ao dizer ao supervisor Zito, após um amistoso contra o mesmo adversário da decisão, que não precisava de reforços. O treinador na hora certa, no momento certo, com os jogadores certos. Ao ser expulso na final, por reclamação, deixou os meninos órfãos, mas tinha Robinho e o camisa 7 estava em tarde inspirada e resolveu tudo. Só não vai levar 10 pq na decisão, foi expulso (injustamente) e o time se desestabilizou. - 9,5