SEMIFINALISTA, MAS NÃO VENCE HÁ CINCO JOGOS NO ESTADUAL

Publicado às 08h00 desta quinta-feira, 22 de março de 2018.
O Santos sofreu e por pouco, não deixou de ser semifinalista do Paulistão. Somente nas penalidades máximas (3-1), após novo empate em 0 a 0, diante do Botafogo-SP, o alvinegro carimbou seu passaporte a outra fase do estadual. Como só somou dois pontos nas quartas de finais, a tendência é que o Palmeiras seja o seu adversário. Porém, se o Bragantino for o classificado, no duelo diante do SCCP, na noite desta quinta-feira (22) em Itaquera, nos pênaltis, o adversário será o São Paulo. 

Pela primeira vez na temporada, o treinador santista manteve a mesma formação do jogo anterior. O time de Jair Ventura completou a quinta partida no estadual sem vitória. Foram três empates (SCCP e duas vezes diante do Botafogo-SP) e duas derrotas (Novorizontino e São Bento). A última vitória nesta competição faz quase um mês. Foi para o lanterna Santo André, dia 25 de fevereiro.

O Santos que vai muito bem quando dá a bola ao adversário e apenas contra-ataca, voltou a ter dificuldades de propor jogo.

Sem criatividade e num esquema tático diferente do que vinha utilizado até a partida diante do Nacional-URU (Saiu do 4-1-4-1 para o 4-4-2), a equipe teve apenas três chances reais durante toda a partida. Uma com Gabriel que chutou por cima, outra com Dodô que passou a esquerda do gol e uma que Jean Mota não alcançou a bola. O camisa 3 santista que herdou a vaga de Vecchio há duas rodadas, não fez boa partida e foi substituído. Fica claro, que o problema não era o argentino, titular durante todos os jogos da fase de classificação.

Além das três chances supracitadas, o goleiro botafoguense foi um expectador de luxo e o único trabalho que teve na etapa complementar foram com bolas de longa distância. Que o clube do interior tem boa defesa, é fato, mas não justifica o Santos não marcar um gol sequer no time de Ribeirão Preto, em dois jogos.

Como nenhuma das equipes teve capacidade para vencer o jogo e se classificar, o semifinalista foi conhecido através da cobranças de pênaltis, que foi outro show de horrores. De nove cobranças, apenas quatro foram certas. Três do Peixe e apenas um do "pantera". Para o Peixe Gabriel Barbosa,  Diogo Vitor e Arthur converteram. Lucas Veríssimo e Vitor Bueno desperdiçaram, porém, como três jogadores do adversário chutaram para fora, o glorioso de Vila Belmiro, a duras penas e com pouco futebol está entre os quatro melhores do Estado, em 2018.

O Santos na noite desta quarta-feira (21), para pouco mais de 6 mil testemunhas em Urbano Caldeira, realizou 43 cruzamentos, com 31 sem objetividade nenhuma. Insistiu no jogo aéreo sendo que com exceções dos defensores e de Sasha que não alto, mas sobe bem, só tem atletas de baixa estatura.

Que os dois clássicos ou diante do São Paulo ou provavelmente o Palmeiras, o time deverá atuar melhor, eu não tenho dúvida, mas pela grandeza do Santos, por mais que esteja em formação, não justifica o  futebol econômico e a falta de opção de se reinventar como equipe, funcionando apenas de forma "reativa", característica que seu treinador ficou conhecido no Botafogo-RJ. 


O Santos se classificou apenas nos pênaltis.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 (3) x (1) 0 BOTAFOGO-SP
Estádio da Vila Belmiro - Santos (SP)
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (SP) 
Público/renda: 6.209 pagantes/ R$ R$ 166.630,00 
Cartões amarelos: Diones (13'/2°T), Lucas Taylor (47'/2ºT)
SANTOS: Vandeuslei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Dodô; Alison; Sasha (Vitor Bueno 37'2ºT), Cittadini, Jean Mota (Diogo Vitor, aos 21'/2ºT) e Rodrygo (Arthur, aos 26'/2ºT); Gabriel Barbosa. Técnico: Jair Ventura

BOTAFOGO-SP: Tiago Cardoso; Marcos Martins, Naylhor, Plínio (Carlos Henrique, aos 23'/1°T) e Mascarenhas; Willian Oliveira, Diones, Lucas Taylor (Jheimy 47'/2ºT) e Danielzinho (Cafu'/31'2ºT); Dodô e Bruno Moraes . Técnico: Léo Condé.



NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
Vandeuslei: O melhor goleiro das Américas foi bem durante os 90 minutos, e apesar de nenhuma defesa na cobrança de pênaltis, cresceu tanto para os botafoguenses, que chutaram para a fora. - 6,5
Daniel Guedes: Ficou preso a marcação. Não conseguiu apoiar como de costume. - 5,5
Lucas Veríssimo: Não reeditou as ótimas performances dos últimos meses e bateu um tiro de meta na cobrança de pênaltis. - 5,0 
David Braz: Fez o arroz com feijão. Não inventou. - 5,5
Dodô: Tem qualidade com a bola nos pés, perdeu um gol feito, mas dá muito espaço na marcação. - 6,0
Alison: Com o novo esquema fica mais sobrecarregado do que já era. Tem que marcar por ele, cobrir as alas e de vez em quando partir com a bola dominada. - 6,0
Cittadini: Não repetiu a boa apresentação do fim de semana. - 5,0
Jean Mota: No segundo tempo, errou três jogadas consecutivas e foi substituído. Não conseguiu armar o time. Ele mais cobre a subida de Dodô, quando o ala avança do que coordena a equipe. Creio que deva ser ordem do comandante técnico. - 4,5
(Diogo Vitor): Deu mais qualidade e velocidade ao setor. Mesmo sem ser armador (é mais meia atacante) deu um gás a equipe. - 6,0
Sasha: Tentou, mas esbarrou na forte marcação botafoguense. Pediu para ser substituído após tentar dar um voleio na grande área. - 5,0
(Vitor Bueno): Jogou pouco tempo. Bateu o pênalti e o goleiro defendeu. - 5,0
Rodrygo: Sofre com o novo esquema implantado pelo treinador. Foi tímido. - 5,0
(Arthur): Arriscou mais de fora de área e o gramado pesado com a chuva pedia isso. - 5,5
Gabriel Barbosa: Extremamente egoísta em alguns momentos. Desperdiçou uma oportunidade. Converteu sua cobrança de pênaltis. - 5,0  
Técnico: Jair Ventura: Não conseguiu até agora fazer um Santos em condições de propor o jogo. O time só se apresenta melhor no contra-ataque. Time previsível. - 5,0

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