Publicado às 09h12 desta sexta-feira, 16 de Março de 2018. |
Os uruguaios vieram com todo o time recuado e o alvinegro com enormes dificuldades de propor o jogo. Porém, quando os volantes, principalmente Cittadini, começaram aparecer a frente, o time que revelou o eterno Rodolfo Rodrigues para o futebol, passou a ter dificuldades e isso muito aconteceu após os 19 minutos, quando depois da cobrança de falta Sasha cabeceou, o goleiro falhou e os 20 mil presentes no estádio municipal do Pacaembu, gritaram gol.
Entretanto, Gabriel Barbosa, que não atuava há três partidas (suspensão diante do SCCP e poupado contra Novorizontino e São Bento), deixou o time na mão. Levou um amarelo bobo por empurrar um defensor do time de Montevidéu e aos 43 minutos entrou muito forte no ataque e como era rescindente, levou o vermelho.
Veio o segundo tempo e o Santos seria muito pressionado, com um jogador a menos, era questão de tempo para sofrer o empate.
Porém, como escrevi na noite anterior era "hora de homens e meninos" e o "crioulo" franzino chamado Rodrygo, recebeu pela esquerda e com a perna direita, deixou um marcador na saudade, após o mesmo tentar dar um tranco no "moleque". O segundo, deu dó, parecia um caminhão contra um fórmula-1, virou um expectador de luxo do lance. O camisa 9 santista levou só na velocidade e trocou de perna para fuzilar com a esquerda, um gol que até Pelé assinaria.
O cronometro marcava dois minutos do segundo tempo e a história desfilava a frente de quem compareceu ao próprio da municipalidade paulistana, mais uma vez. Lindo, fenomenal, espetacular. Levantei-me, aplaudi, sorri, sentei e fui aos prantos.
É libertadores, é o Santos e novamente um "menino da Vila", talentoso, que veio para o futsal do Peixe em 2010 e em paralelo lapidado pelo professor Luciano Santos, atual técnico do sub-17 santista, que realiza um trabalho fantástico na base alvinegra há muito tempo.
É libertadores, é o Santos e novamente um "menino da Vila", talentoso, que veio para o futsal do Peixe em 2010 e em paralelo lapidado pelo professor Luciano Santos, atual técnico do sub-17 santista, que realiza um trabalho fantástico na base alvinegra há muito tempo.
Como disse o técnico do Nacional-UR, esta obra prima assinada pelo "crioulo" Rodrygo, mudou o panorama do jogo completamente. O Santos ainda teve a chance de ampliar o marcador, após Arthur sofrer penalidade máxima e o goleiro defender.
O alvinegro sofreu um gol quase há 10 minutos do fim, mas logo em seguida, Alison, outro monstro, deu uma assistência maravilhosa para o "matador" Sasha balançar a rede pela segunda vez na noite e selar o resultado, com o terceiro gol do alvinegro.
Foi a melhor apresentação do time de Jair Ventura na temporada. No próximo domingo (18), o Santos volta a campo diante do Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, pelas quartas de finais do Paulista, às 19h30. Na Libertadores, o Peixe só volta a campo dia 5 de abril, diante do líder do grupo Estudiantes-ARG, em La Plata.
SANTOS 3 X 1 NACIONAL-URU
Estádio Paulo Machado de Carvalho - Pacaembu, São Paulo (SP)
Árbitro: Ulises Mereles (PAR)
Público e renda: 18.077 pagantes ((20.982 presentes - R$ 791.540,00
Cartões amarelos: Vandeuslei, Cittadini e Rodrygo (SFC), Peruzzi, Corujo, Polenta, Santiago Romero e Oliva (NAC)
Cartões vermelhos: Gabriel Barbosa, aos 43'/1ºT (SAN)
GOLS: Sasha (19'/1ºT) (1-0), Rodrygo (2'/2ºT) (2-0), Oliva (35'/2ºT) (2-1), Sasha (37'/2ºT) (3-1),
SANTOS: Vandeuslei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Alison, Cittadini (Guilherme Nunes, aos 40'/2ºT) e Vecchio (Dodô, no intervalo); Rodrygo (Arthur Gomes, 21'/2ºT), Sasha e Gabriel Barbosa. Técnico: Jair Ventura.
NACIONAL-URU: Conde; Peruzzi, Corujo, Arismendi e Polenta; Santiago Romero (Viúdez, aos 7'/2ºT), Oliva, Zunino e Espino; Bergessio (Gonzalo Bueno, no intervalo) e De Pena (Sebastián Rodríguez, aos 32'/2ºT). Técnico: Alexander Medina.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vandeuslei: O melhor goleiro das Américas na atualidade, fez uma grande defesa no segundo tempo. - 7,0
Daniel Guedes: Errou alguns cruzamentos, algo incomum. No segundo tempo, deu um show com seus arranques. - 7,0
Lucas Veríssimo: Um dos se não o melhor zagueiro em atividade no país. Uma aula de posicionamento e jogar sério. - 7,5
David Braz: A exemplo de seu companheiro, muito bem, sem dar espaços ao adversário. - 6,5
Jean Mota: Belo cruzamento no primeiro gol de Sasha. Depois foi para o meio e se não foi o destaque, fez trabalho eficiente. - 6,5
Alison: Como cresceu o futebol desta "criança". De uma raça e comprometimento de dar inveja. Ainda deu uma linda assistência para o terceiro gol de Sasha. - 8,0
Cittadini: Outro que correu muito. Se atrapalhou algumas vezes no primeiro tempo, mas o que se entregou, roubou de bola e apareceu a frente para ajudar o ataque foi uma grandeza. - 7,5
(Guilherme Nunes): Entrou para melhorar a marcação e garantir o resultado. Jogou nove minutos com os acréscimos. - SEM NOTA
Vecchio: Fazia um bom jogo, inclusive com bons lançamentos. Foi sacrificado em razão da expulsão de Gabriel e precisou ser substituído. - 6,5
(Dodô): Tem muito recurso com a bola nas pés. Ainda peca bastante no espaço que dá aos adversários quando tem de marcar. - 7,0
Rodrygo: Eu sou suspeito para falar desse menino que acompanho há cinco anos e sempre disse que tinha talento o suficiente para precocemente ser titular desse time, pois era diferente. Puro talento. Livrou a cara de Gabriel Barbosa, que tinha deixado o time no mato. Tem tudo para ter uma carreira linda a frente. Um golaço para o Pacaembu aplaudir de pé. Só tem 17 anos. - 8,5
(Arthur): Muita personalidade ao sofrer o pênalti e pegar a bola para bater. Apesar de ter perdido a cobrança, entrou bem demais novamente. - 7,0
Sasha: Não é dono de uma técnica refinada, mas é um jogador raçudo, que se apresenta, não foge do pau e não fica nervoso na frente do goleiro. Foi o melhor do jogo. - 9,0
Gabriel Barbosa: Foi irresponsável ao entrar no zagueiro do Nacional, com um cartão amarelo recebido minutos atrás. Poderia ter comprometido a vitória e até uma classificação da equipe a outra fase. Precisa amadurecer, já não é mais um menino que já não justificaria ter atitudes como a que teve. Foi chamado de burro pela torcida quando ia para os vestiários. Ou repensa algumas decisões ou vai continuar a prejudicar ao time e a ele mesmo. - 3,0
Técnico: Jair Ventura: Finalmente, escalou o ataque com o melhor que tinha à disposição e parou com a história "calma é apenas um menino". O talento tem de jogar sempre, independente se é precoce ou não. Acertou nas substituições. Vecchio não realizava mal jogo, mas com a expulsão de Gabriel Barbosa, precisava de velocidade no meio-campo. Ele mexeu e o time cresceu. No contra-ataque, o Santos é mortal, mas ainda tem dificuldades de propor o jogo. - 8,0
Cittadini: Outro que correu muito. Se atrapalhou algumas vezes no primeiro tempo, mas o que se entregou, roubou de bola e apareceu a frente para ajudar o ataque foi uma grandeza. - 7,5
(Guilherme Nunes): Entrou para melhorar a marcação e garantir o resultado. Jogou nove minutos com os acréscimos. - SEM NOTA
Vecchio: Fazia um bom jogo, inclusive com bons lançamentos. Foi sacrificado em razão da expulsão de Gabriel e precisou ser substituído. - 6,5
(Dodô): Tem muito recurso com a bola nas pés. Ainda peca bastante no espaço que dá aos adversários quando tem de marcar. - 7,0
Rodrygo: Eu sou suspeito para falar desse menino que acompanho há cinco anos e sempre disse que tinha talento o suficiente para precocemente ser titular desse time, pois era diferente. Puro talento. Livrou a cara de Gabriel Barbosa, que tinha deixado o time no mato. Tem tudo para ter uma carreira linda a frente. Um golaço para o Pacaembu aplaudir de pé. Só tem 17 anos. - 8,5
(Arthur): Muita personalidade ao sofrer o pênalti e pegar a bola para bater. Apesar de ter perdido a cobrança, entrou bem demais novamente. - 7,0
Sasha: Não é dono de uma técnica refinada, mas é um jogador raçudo, que se apresenta, não foge do pau e não fica nervoso na frente do goleiro. Foi o melhor do jogo. - 9,0
Gabriel Barbosa: Foi irresponsável ao entrar no zagueiro do Nacional, com um cartão amarelo recebido minutos atrás. Poderia ter comprometido a vitória e até uma classificação da equipe a outra fase. Precisa amadurecer, já não é mais um menino que já não justificaria ter atitudes como a que teve. Foi chamado de burro pela torcida quando ia para os vestiários. Ou repensa algumas decisões ou vai continuar a prejudicar ao time e a ele mesmo. - 3,0
Técnico: Jair Ventura: Finalmente, escalou o ataque com o melhor que tinha à disposição e parou com a história "calma é apenas um menino". O talento tem de jogar sempre, independente se é precoce ou não. Acertou nas substituições. Vecchio não realizava mal jogo, mas com a expulsão de Gabriel Barbosa, precisava de velocidade no meio-campo. Ele mexeu e o time cresceu. No contra-ataque, o Santos é mortal, mas ainda tem dificuldades de propor o jogo. - 8,0