RODOLFO RODRIGUEZ - O GOLEIRO QUE ERA MAIOR QUE O GOL

Publicado às 13h40 desta terça-feira, 3 de outubro de 2017.
A sequência de milagres realizados por Rodolfo Rodriguez, na área da então "enlameada" Vila Belmiro, diante do América-SP, em 1984 é obrigatória em qualquer lista de melhores defesas da história do futebol. E essa história pode ser recordada na noite desta segunda-feira (2), com a presença do ex-camisa 1 e de outra dezenas de craques do Peixe, durante o lançamento da exposição - "O manto sagrado" que marcou a revitalização do memorial das conquistas - Milton Teixeira, que fica localizado dentro da Vila Belmiro. 

Nascido em Montevidéu, Rodolfo Rodríguez nem pensava em ser goleiro. Seu sonho mesmo era se tornar advogado. Chegou ao Peixe, já campeão do Mundo inter-clubes pelo Nacional e vestiu o manto alvinegro com o número 1 as costas, em 255 partidas, entre 1984 à 1988.


Blog do ADEMIR QUINTINO: Como foi este retorno da Baixada, após alguns anos?
RODOLFO RODRIGUEZ: "Realmente estou muito agradecido pelo convite, mas cada vez que volto aqui parece que foi ontem que tudo aconteceu. Você sente o carinho da torcida, rever colegas, que há muito tempo não vejo, ver a história do Santos ao ver Pepe, Edu, todo esse pessoal, a verdadeira base da história do clube. Mais que um clube, o Santos é uma família. Estou feliz por ver que há muitos anos, o time tem disputado os campeonatos para ser campeão, dá para perceber que tem um bom trabalho de base, isso é fundamental. Quando venho aqui, me faz relembrar bons momentos da minha vida".
AQ: O que o Rodolfo tem feito na vida, atualmente?
RODOLFO RODRIGUEZ: "Desde que parei de jogar futebol, me dediquei a minha fazenda, estou totalmente voltado para a agropecuária, já faz 22 anos que estou lá e já me acostumei. Desde que parei de jogar futebol com 38 anos de idade, passei a viver nesse estilo tranquilo, calmo e graças a Deus estou feliz com a escolha que eu fiz. Fui feliz no futebol onde fiz a minha base de vida e agradeço, não só ao Santos, como a todos os clubes que passei (foram apenas seis em toda a carreira)."
AQ: Foram três clubes no Brasil, (Santos, Bahia e Portuguesa), um em Portugal e dois no Uruguai, foi isso? Esqueci de alguém?
RODOLFO RODRIGUEZ: "Está certo. Foram esses mesmos. No Uruguai, foram o Cerro e depois o Nacional (teve o Sporting em Portugal, também)".
AQ: Eu costumo brincar que o Vanderlei é um Rodolfo Rodriguez com direção elétrica e airbag. Você tem acompanhando as performances dele pelo Santos? Ele lembra você, além do aspecto físico?
RODOLFO RODRIGUEZ: "O futebol mudou muito, as regras mudaram mais contra os goleiros, hoje em dia, talvez seja mais difícil ser goleiro, tem de jogar mais com o pé, a bola é muito mais rápida, os gramados estão em melhores condições, molham o campo antes do jogo e tudo isso atrapalha mais quem está no gol. Vanderlei está em excelente fase, transmitindo segurança aos seus companheiros e quero parabenizá-lo, desejo um bom futuro a ele".

AQ: Qual o melhor Santos que você jogou, foi o de 1984, campeão estadual?
RODOLFO RODRIGUEZ: "Sim e era um belo time. Muitos deles jogaram na Seleção Brasileira. O grupo era muito bom, ninguém queria ser mais que ninguém e o resultado foi que conseguimos esse título e até hoje, vejo o pessoal que jogou junto comigo e isso me dá muito alegria". 

AQ: Qual o grande goleiro do futebol no momento, na opinião de um especialista como você?
RODOLFO RODRIGUEZ: "Difícil. O tradicional, o Bufon (Itália), um goleiro clássico, se adaptou as mudanças do futebol, pois está difícil surgir outros bons goleiros, pois como te falei, o futebol mudou e para quem fica no gol está mais complicado"
AQ: E na América, dá para destacar algum grande o goleiro? É o Vanderlei, o seu preferido?
RODOLFO RODRIGUEZ: "O Vanderlei está numa fase boa. Acredito que o goleiro tem de aproveitar esse momento. O Brasil hoje não tem um goleiro que todos digam, esse é o goleiro da Seleção. Já que estão procurando, ele (Vanderlei), pode ter uma chance, uma oportunidade, porque merece."
AQ: Você acredita que o Santos possa tirar essa diferença para o SCCP em 12 partidas e se tornar Campeão Brasileiro?
RODOLFO RODRIGUEZ: "É possível sim. São 36 pontos em disputa, em três jogos você pode recuperar.  Não acompanho muito o SCCP, mas o Santos está na fase boa, já teve a mais pontos de diferença. Acredito que possa chegar".

AQ: Deixa uma mensagem ao torcedor santista que tem muitas saudades das suas defesas.
RODOLFO RODRIGUEZ: "Fico muito feliz a distância ao ver que o Santos há muitos anos está disputando títulos, isso demonstra que o trabalho vem sendo bem feito de base, agradeço o carinho de cada vez que eu venho e aqui é uma extensão da minha casa."
AQ: E quando se enfrentam Nacional-URU e Santos. Para qual dos clubes você torce?
RODOLFO RODRIGUEZ: "Até agora, só uma vez jogaram (na verdade, duas, em 2003 pela Libertadores). Foi um jogo bom, aberto, já faz muito tempo. É difícil viver 22 anos no futebol, tive oito anos no Nacional, cinco aqui, mas eu sempre falo que Nacional tem de me aceitar por eu ser uruguaio e aqui, o Brasil me aceitou por ser eu mesmo, me abriram as portas (jogar no Santos) e eu sou agradecido a todos, a toda a cidade, a toda a Baixada Santista e foi ótimo ter vivido tudo aquilo".

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