Publicado às 08h00 desta terça-feira, 7 de fevereiro de 2017. |
O atacante Ricardo Oliveira que foi vitima de caxumba durante as suas férias não tem uma previsão de retorno ao time titular. A informação foi dita pelo técnico Dorival Junior, durante a entrevista exclusiva dada a este repórter, na noite desta segunda-feira (6), no projeto "MINUTO ESPORTE". O artilheiro retomou suas atividades, duas semanas após seus companheiros e atualmente realiza trabalhos individualizados no CT Rei Pelé.
"Nós não temos ainda uma certeza de quando poderemos contar com o Ricardo (Oliveira). Ele teve uma caxumba, ela acabou descendo e qualquer batida pode ser perigoso. Não sei em qual momento teremos uma liberação médica." revelou o comandante técnico durante a entrevista.
Perguntado se o atleta corre o risco de não ser inscrito no Paulistão desse ano, Dorival Junior preferiu manter a cautela e aguardar o posicionamento dos médicos do clube.
"Talvez possa demandar um tempo um pouco maior. De repente, a gente tem de repensar se escrevemos nessa primeira fase ou na outra apenas. Tudo isso saberemos apenas após ouvirmos os médicos." afirmou o treinador.
Dorival Junior não fugiu de nenhuma pergunta. |
Durante pouco mais de uma hora de entrevista, Dorival Junior, o treinador que está há mais tempo no cargo em clube da série A - 20 meses, falou de tudo um pouco e não fugiu de nenhuma pergunta. O técnico revelou que tinha seis jogadores pré convocados para o amistoso da paz entre Brasil x Colômbia que aconteceu no fim do mês passado no Rio de Janeiro.
"Nós tínhamos seis relacionados na pré-lista para a convocação, junto com os dois colombianos. Que time consegue fazer isso aí, se não está em evidência? O último que conseguiu foi o Palmeiras, em 1974. Isso é uma conquista, as pessoas não podem ignorar isso." disse.
O comandante alvinegro garantiu que não tem como objetivo dirigir a Seleção Brasileira, mas revela um desejo. Um dia treinar uma equipe no velho continente:
"Eu não tenho este tipo de sonho (Seleção). Sonho sim com o futebol europeu. Eu gostaria, nem que fosse na segunda divisão, de qualquer país" garantiu.
Entre as perguntas feitas por um dos internautas, o técnico pediu paciência com o meia Rafael Longuine e revelou que muitos clubes desejam o jogador por empréstimo:
"Dá um tempo ai, deixa o menino jogar, Dez equipes procuram a gente pelo Longuine. Coritiba, Sport, Vitória e outras. Deixa ele no Santos."
O treinador também tem convicção quanto aos argentinos do Santos. Ele afirmou que Vecchio não será inscrito no Campeonato Paulista e que Fabian Noguera ainda é duvida.
"Não vai ser inscrito (Vecchio) e já me posicionei sobre isso. Sobre o Fábian (Noguera), está melhorando muito com a bola no chão e vamos analisar com calma. Nossa posição de quem joga e foi inscrito é a de meritocracia".
Dorival Junior falou de tudo um pouco durante a entrevista. |
Dorival também falou sobre o estilo de jogo do Santos e as variações táticas. Chamou a atenção que a posse de bola depois de sua chegada em Julho de 2015, dobrou e que o goleiro Vanderlei, hoje tem a confiança dos jogadores quando recuam a bola nele.
"Trocávamos 300 passes, hoje são 600 passes e já chegamos a 700. No último jogo, o Vanderlei tocou 23 vezes na bola, antes eram apenas três e teve jogos que tocou 32 vezes. Isso é fruto de muito treinamento, está sendo muito bem usado." afirma.
Drival acredita muito no futebol de Arthur Gomes. |
Considerado um dos técnicos que melhor trabalha com jovens no país, Dorival disse que tem analisado as jóias da base santista como o menino Rodrygo Góes e que Arthur Gomes tem muito futuro.
"Se ele (Arthur) fizer o que vem apresentando, pode ter certeza que esse garoto vai longe. Já os outros (Rodrygo e Lucas Lourenço) espero ter tempo para fazer tudo isso. Ainda é muito cedo pra esse primeiro semestre. Talvez para o segundo, dependendo da evolução deles."
O único dos reforços que Dorival Junior não poderá contar para o fim de semana diante do Red Bull é Vladimir Hernandez. O nome do jogador ainda não consta no BID (Boletim Informativo Diário). O treinador ressaltou uma das qualidades do colombiano durante a entrevista.
"Ele gosta de jogar pelos lados, mas temos feito um trabalho com ele pelo meio, pois ele tem uma característica muito importante e pode nos ajudar na transição rápida a frente. A de dar um toque só na bola"
Dorival não fugiu de temas como se haverá prioridade em uma competição ao longo da temporada e por que, mesmo com torcida única, ele e os jogadores sempre afirmam publicamente da preferência da Vila ao Pacaembu.
"Não tem como priorizar. Você vai abrir mão de um Campeonato Paulista, onde pode ser tri-campeão mais uma vez? Como vou abrir mão? Sobre a Vila Belmiro eu digo tecnicamente. Se não me falha a memória, eu perdi dirigindo o time, apenas três partidas lá (Figueirense e Inter em 2016 e Palmeiras em 2010). No Pacaembu é tão bom quanto aqui. Estou dando a posição do que os jogadores preferem. Pergunto a opinião deles, sou democrático."
O treinador que tem contrato com o clube até o fim da temporada, revela que espera cumpri-lo até o final e demostra afinidade e empatia que tem com a direção. Perguntado se vai renovar seu contrato, classificou como precoce afirmar.
"A diretoria me passa muita segurança, em razão do posicionamento do próprio presidente (Modesto Roma). Quero finalizar meu contrato. A gente não sabe o que vai acontecer (sobre a renovação). Até a finalização do meu contrato, o Santos vai estar muito melhor, Esse time está preparado para uma grande conquista."
Por fim, o treinador garantiu não ter se arrependido de ter dirigido o Palmeiras em 2014, mesmo com a promessa de que estaria no clube paulistano no começo da temporada seguinte, já que não foi mantido no cargo.
"Eu fiquei bravo comigo mesmo, abri mãos de muitas coisas. Eu acredito nas palavras das pessoas, mesmo que eu posso me dar mal. Eu tive a segurança de que iria acontecer a montagem da equipe e isso não se concretizou".