TUDO AZUL

Publicado às 06h40 desta quinta-feira, 6 de outubro de 2016.
O Santos, um dos melhores mandantes (o segundo - 82% de aproveitamento) do Campeonato Brasileiro, venceu mais uma em casa. Em partida bastante equilibrada, o alvinegro bateu o Fluminense, na Vila Belmiro, na noite desta quarta-feira (5), por 2 a 1. Com o resultado, o Peixe encostou definitivamente no terceiro colocado, o Atlético-MG e está a dois pontos do time mineiro (53 a 51). Os gols do Glorioso foram de Copete e Ricardo Oliveira.

Sem Lucas Lima, na seleção brasileira, Dorival Junior recuou Vecchio para coordenação de jogadas e Jean Mota atuou mais pela direita, na função de Vitor Bueno. O time carioca, muito bem organizado, conseguia bloquear as ações do alvinegro da baixada. As exceções eram as jogadas pela direita quando Mota, Vecchio e Victor Ferraz tabelavam rápido, mas nos primeiros 45 minutos, o Santos quase não chegou a meta de Julio César.

Na etapa complementar sobraram mais espaços e Dorival tirou o argentino Vecchio e promoveu a entrada de Longuine. Logo no inicio, Renato achou Copete no meio da área e o colombiano abriu o placar de cabeça - 1 a 0. Com o resultado parcial, o Fluminense se mandou para frente. O técnico Levir Culpi tirou o volante Pierri e colocou mais um atacante - Richarlison. Logo em seguida, vacilo da retaguarda santista e no rebote, Welington Silva empatou o duelo - 1 a 1.

Após o gol dos cariocas, o time guanabara tomou conta da partida. Porém, se o Santos não atacou tanto, como em outras oportunidades, quando chegou ao gol foi objetivo. Jean Mota acertou a trave em um bela cobrança de falta. No escanteio seguinte, o camisa 39, um dos destaques do jogo cruzou no primeiro pau. Ricardo Oliveira se antecipou e marcou o gol da vitória - 2 a 1. 

A vitória alvinegra marcou o lançamento do terceiro uniforme, que predomina a cor azul. Os três pontos foram fundamentais para se aproximar dos três primeiros lugares, abrir cinco pontos do Fluminense, quinto lugar e na rodada do meio da semana que vem o Peixe tem o clássico, diante do São Paulo, no Pacaembu, com mando do tricolor paulista. 

Antes, porem, o time volta a campo para comemorar os 100 anos da Vila Belmiro, no sábado (8), em amistoso internacional, diante do Benfica-POR, às 4h no templo sagrado do futebol mundial, que nesta quarta-feira, recebeu novamente, um público medíocre de pouco mais de 5 mil testemunhas apenas, isto porque o time está entre os quatro primeiros colocados.

Henrique desrespeitou a camisa do Santos
O fato mais triste da noite foi a atitude deplorável do zagueiro Henrique do Fluminense, que ganhou de presente a camisa do volante Yuri do Santos e ao saber que iria para o exame anti-doping, em um gesto que não é feito nem por jogador de várzea, amador, chutou o uniforme santista no meio do gramado, sendo totalmente desrespeitoso com uma instituição centenária. Ao ser flagrado pelas câmaras de TV, a assessoria do clube das laranjeiras tratou de gravar um vídeo com o jogador que fazia parte da Seleção Brasileira que tomou de 7 a 1 da Alemanha, na Copa de 2014. Ele estava no banco de reservas na catástrofe do Mineirão há dois anos e após o bola fora desta quarta-feira, se retratou:
"Gostaria de pedir desculpas a todo torcedor do Santos pelo ocorrido. Pedi pra trocar a camisa com o jogador do Santos e estava com ela na mão e, andando com a cabeça quente, fiquei sabendo que estaria mais uma vez no doping, a terceira seguida. Sem lembrar que estava com a camisa na mão, acabei chutando sem intenção de desrespeitar o Santos, onde tenho amigos e um grande respeito. Peço sinceras desculpas" disse o camisa 33 do Fluminense.
Se o meu leitor tem um coração mais dócil que o meu e se sensibilizou com o gesto do atleta, parabéns, pois, não me convenceram as explicações. 

Recentemente, o zagueiro Gustavo Henrique levou punição ao criticar moderadamente o árbitro Rodrigo Raposo, após aquela intervenção cirúrgica sem anestesia no Sul do país, diante do Internacional-RS. Só espero que o Tribunal veja as imagens e puna o defensor que num ato totalmente desrespeitoso, atitude destemperada, poderia ter provocado um tumulto maior e a torcida santista poderia querer invadir o vestiário adversário revoltado com a falta de educação, de um atleta que não começou ontem e tem muita experiência para fazer algo "juvenil", digno de menino mimado. Ele tentou justificar, o injustificável. 

SANTOS 2 X 1 FLUMINENSE
Estádio da Vila Belmiro
Árbitro: Igor Junio Benevenuto - MG (ASP-FIFA)
Público/renda: 5.253 pagantes / R$ 141.310,00
Gols: Copete, 3'/2ºT (1-0); Wellington Silva, 18'/2ºT (1-1) e Ricardo Oliveira, 34'/2ºT (2-1)
SANTOS: Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vecchio (Rafael Longuine - intervalo) e Jean Mota (Yuri - 40'/2ºT); Copete e Ricardo Oliveira (Rodrigão - 43'/2ºT). Técnico: Dorival Júnior.
FLUMINENSE: Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus; Pierre (Richarlison - 9'/2ºT), Douglas, Cícero e Gustavo Scarpa; Marcos Júnior (Henrique Dourado - 40'/2ºT) e Wellington (Marquinho - 33'/2ºT). Técnico: Levir Culpi.


Copete fez o primeiro gol santista com o terceiro uniforme.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Pouco trabalhou. Fez uma ótima defesa antes da conclusão de Welington Silva no gol dos visitantes. - 6,5
Victor Ferraz: Era o único setor que funcionou como válvula de escape primeiro tempo. Apoiou bem. Aos poucos volta a sua melhor forma. - 6,5
Luiz Felipe: Fez boa partida, mas no lance do gol dos cariocas, não conseguiu bloquear a cabeçada de Marcos Junior. - 5,5
David Braz: Também não conseguiu evitar o chute de Welington Silva no rebote no gol fluminense. Foi envolvido, junto com seu companheiro Luiz Felipe em pelo menos mais um lance na segunda etapa. - 5,5
Zeca: Um Leão na marcação que era sua maior deficiência. Evoluiu a cada dia mais. O melhor ala em atividade no futebol do país. Salvou duas vezes o time atrás. Pouco apoiou. - 6,5
Thiago Maia: Voltou a jogar bem. Ganhou quase todas as antecipações. Ainda apareceu como elemento surpresa a frente. - 7,0
Renato: Assistência fantástica no primeiro gol de Copete. - 6,5
Vecchio: Sofre por não ter realizado pré-temporada e por isso tem pouca velocidade, porém, compensa com qualidade precisa no passe. Não estava tão bem como no sábado, diante do Atlético-PR. Poderia ter jogado mais tempo. Foi substituído no intervalo. - 6,0
(Rafael Longuine): Mais uma vez foi discreto. Teve participação na roubada de bola que resultou o primeiro gol santista. - 5,5
Jean Mota: O melhor do jogo. Extremamente participativo. Ótimo na bola parada onde mandou uma na trave e deu a assistência para Ricardo Oliveira marcar o gol da vitória. - 7,5
(Yuri): Com os acréscimos jogou apenas 10 minutos, mas tempo suficiente para fechar bem os espaços da defesa. Parece um veterano, tamanho bom senso de posicionamento no gramado. Erra poucos passes. - SEM NOTA
Copete: Jogador de personalidade que vai pra cima em alta velocidade. Se antecipou ao zagueiro no gol que abriu o placar. - 7,0
Ricardo Oliveira: Parafraseando e rimando com o novo anuncio no patrocinador master da camisa - "Dá no Oliveira que é Caixa". Bela antecipação no gol da vitória. Raçudo. - 7,0
(Rodrigão): Cinco minutos em campo, já com os acréscimos. - SEM NOTA
Técnico: Dorival Júnior: Mesmo com desfalques (não consegue repetir a mesma equipe há 14 jogos), tem dado conta do recado. Poderia ter deixado Vecchio mais 15 minutos. Preferiu retirá-lo no intervalo.- 6,5

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