PEIXE VENCE PELA QUARTA VEZ SEGUIDA, LÍDER PALMEIRAS EMPATA E DIFERENÇA DIMINUI

Publicado às 04h00 deste domingo, 14 de julho de 2019.
O Santos conquistou um importante resultado neste sábado (13), em Salvador ao vencer pela sétima vez em dez partidas pelo Brasileirão. O Peixe aproveitou-se do empate do Palmeiras no clássico diante do São Paulo em 1 a 1 e ao bater o Bahia por 1 a 0, em Pituaçu, diminuiu a vantagem para o primeiro colocado que era de cinco pontos para três (26-23). O único gol do jogo foi de Sánchez, aos 40 min. do segundo tempo.

Conforme o Blog do ADEMIR QUINTINO bancou na véspera, Soteldo foi confirmado no ataque santista como o atacante pela esquerda com Uribe centralizado e Sasha pelo lado direito. Marinho ficou no banco como opçao. O volante Alison, liberado para acompanhar o nascimento do filho, não viajou com a delegação e Sampaoli escalou a equipe num 3-5-2.

Porém, com a formação que o argentino mandou a campo, a equipe santista ficava limitada na jogada individual pelos lados. Sasha não tem característica de quebrar as linhas com dribles curtos e Soteldo, sozinho, era pouco para o time que tem pretensões maiores no campeonato. O Primeiro tempo alvinegro foi tímido, com um Uribe apagado e Jorge, dono de grande capacidade técnica pouco presente no apoio.

Veio a segunda etapa e ao final do primeiro terço dela, Sampaoli resolveu mexer. Marinho e Jean Mota entraram nas vagas de Uribe e Victor Ferraz. Com as alterações, Lucas Veríssimo virou lateral pela direita e quase abriu o marcador com uma bola que caprichosamente tocou no travessão. Sasha saiu da direita e foi para o local onde, no momento, tem de permanecer, 'espetado' como centroavante. Foi a senha para o Glorioso da Vila tomar conta do jogo. 

Com dois homens abertos com caraterísticas de 'quebrar as linhas', mesmo com um deles com algumas tomadas de decisões erradas, o alvinegro alugou o meio-campo e pressionou. O gol, era questão de tempo. Com Jean Mota, o passe melhorou e Sánchez na sua real posição, não pelo lado, comandava o meio-campo. 

Quando a partida se aproximava do fim, o gol saiu com Soltedo, indo do meio para a linha de fundo pela direita. O venezuelano cruzou, Sasha 'espetado' brigou no alto e a bola sobrou para Sánchez que foi calçado por trás. O uruguaio sofreu pênalti que ele mesmo bateu. O bom goleiro Douglas defendeu e no rebote, o camisa 7 abriu o placar e marcou o único gol do jogo. Foi um prêmio pelas alterações certas do comandante técnico.

O Bahia até então não havia perdido como mandante na competição e o Peixe, segue com sua invencibilidade no estádio de Pituaçu. Foi a terceira partida, na história do time praiano nesse estádio e a segunda vitória.

O alvinegro da baixada tem a semana livre para os treinos. A próxima rodada é somente no próximo domingo (21). o Santos novamente joga fora de casa e enfrenta o Botafogo-RJ, às 11h da manhã, no estádio Nilton Santos, na cidade maravilhosa. Alison fica à disposição do técnico Sampaoli para a partida. 

'Para não dizer que não falei das flores' , ainda fico com a impressão que o time precisava vibrar um pouco mais em alguns jogos, principalmente como o desta rodada. As alterações foram feitas, a equipe cresceu de rendimento, mas até em razão da derrota parcial do principal rival ao título (que conseguiu empatar, mas ainda assim perdeu dois pontos), o time precisa acelerar mais o jogo e poucos procuraram fazer isso. Ainda assim, o resultado veio e classifico como sensacional e fundamental na caça ao primeiro colocado.

Em outras circunstâncias, o empate fora de casa seria bom, entretanto, para quem sonha com o título, tem de vencer dentro e fora de casa e isto, o Peixe conseguiu. Foi o quarto triunfo seguido da equipe no Brasileiro. Os outros foram Ceará, Atlético-MG e SCCP.

FICHA TÉCNICA 
BAHIA 0 x 1 SANTOS
Estádio de Pituaçu, em Salvador (BA)
Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)
Público e Renda: 18.853 torcedores - R$ 258.374,00
Cartões amarelos: Elton (BAH), Aguilar, Soteldo e Pituca(SFC). 
GOL: Carlos Sánchez (41'/2ºT)
BAHIADouglas; Ezequiel, Lucas Fonseca, Juninho e Moises; Elton, Eric Ramires e Shaylon (Guerra; 16'/2ºT); Arthur Caike (Élber; 24'/2ºT), Artur e Fernandão (Gilberto; 24'/2ºT). Técnico: Roger Machado. 
SANTOSEverson; Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique (Luiz Felipe;36'/2ºT) e Aguilar; Victor Ferraz (Jean Mota; 15'/2ºT), Pituca Sánchez e  Jorge; Soteldo, Uribe (Marinho; 15'/2ºT) e Eduardo Sasha. Técnico: Jorge Sampaoli.

Uribe fez apenas o seu quarto jogo oficial pelo Santos. Segue devendo.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
Everson: Fez uma grande defesa quando o Bahia atacou pela direta, na segunda etapa, pouco antes de Sánchez sofrer pênalti. Time soteropolitano pouco exigiu do camisa 1 santista. - 6.5
Lucas Veríssimo: No primeiro tempo, perdeu um duelo individual contra Arthur Caíke, mas fez boa partida. Na segunda etapa meteu uma bola no travessão. Mesmo depois que virou ala, tentou ajudar a frente, mesmo contra as suas características. - 7,0
Gustavo Henrique: Defensivamente sempre bem colocado. No ataque quase chega em uma jogada aérea na primeira etapa. Saiu contundido há cinco minutos, mais os acréscimos do fim do jogo. - 6,5 
Luiz Felipe: Aos poucos recupera seu espaço no elenco. Já havia entrado na vitória no clássico diante do SCCP. Jogou apenas seis minutos, mais cinco de acréscimo. Pouco participou da partida. Não comprometeu. - 6,0 
Aguilar: Como costuma dizer meu amigo Alan Otacílio do Ponto da Chuleta, jogou o 'arroz com feijão bem temperado'. Não fez a sua melhor apresentação e tampouco comprometeu. - 6,0
Victor Ferraz: Um dos jogadores que a torcida mais pega no pé fez ótimo primeiro tempo. Foi quem carregou a bola pela direita do ataque, pois Sasha não tem essa característica. No segundo tempo foi substituído. - 6,5
(Jean Mota): Foi um risco calculado a sua entrada, mas tinha tudo para dar certo, como efetivamente aconteceu. Jean jogou diversas vezes de volante no estadual e até de primeiro cabeça de área, diante do Grêmio, na primeira rodada do Brasileiro. Não tem grande capacidade de marcação, mas tem um bom passe. Como o Santos dominou o setor, após as alterações na segunda etapa, dividiu na distribuição de jogadas com Sánchez e foi muito útil. - 6,5 
Pituca: Prefiro o camisa 21, mais a frente. Com três volantes ele piso mais na área e tem velocidade para rodar a bola a frente da defesa adversária. Entendo também que com a saída de Jean Lucas, a ausência de Alison e a não renovação do jovem Sandry, ele teve que ser um dos sacrificados na função de cabeça de área. Deu conta do recado, mas não se destacou como costumeiramente acontece. - 6,0
Sánchez: Um dos melhores da partida ao lado do venezuelano Soteldo. Na sua real função de um meia que marca e chega, seu futebol cresceu novamente. Pelo lado direito aberto na extrema, rende muito menos. Sofreu o pênalti e marcou o gol da vitória. - 7,5
Jorge: Não sou preparador físico e tampouco quero nas entrelinhas, criticar alguém, em razão do meu comentário a seguir. Este rapaz é dono de uma técnica refinada, entretanto, pelo que já assisti dele no Flamengo, antes de ir para a Europa, me parece estar sem explosão e neste futebol dos dias atuais que mudou demais, sua qualidade não se sobressai. Fez um primeiro tempo bem abaixo e uma leve melhora na segunda etapa. Tem recuso para jogar muito mais. - 5,5
Soteldo: Sacrificado na primeira etapa, pois com a formação que Sampaoli mandou a campo era o único com capacidade de quebrar as linhas e foi bem neutralizada pela defesa baiana. Na segunda etapa, após a entrada de Marinho, o venezuelano 'deitou' com dribles curtos e foi dele a assistência no cruzamento que originou o pênalti em cima de Sánchez. - 7,0
Uribe: Sigo aguardando a estréia do colombiano. Que a bola pouco chegou na grande área para que ele finalizasse, foi fato, mas o centroavante, não tentou, uma única vez, voltar na intermediária e fazer uma tabela com seus companheiros de ataque. Entendo a necessidade dele ter que jogar, pois foi uma aposta alta da direção e do técnico, mas o momento dele vai chegar. Hoje é do Sasha e não adianta querer inventar. - 5,0
(Marinho): Tem o um contra um, muito forte e mesmo com algumas tomadas de decisões erradas, sua entrada na equipe movimentou o ataque e era necessário na busca dos três pontos. No esquema que o Santos atua, abrir mão de velocistas e jogadores de capacidade de quebrar as linhas, principalmente nos jogos fora de casa é um desperdício. - 6,5
Sasha: Grande sacrificado do ataque. Na fase que está não pode sair da função centralizada para ir para o lado. Não tem característica de drible curto e jogada individual pela extrema. Batalhou como sempre, mas foi aparecer com destaque novamente quando voltou na sua - 'espetado'. Uma cabeçada a queima roupa que Douglas defendeu milagrosamente e participação decisiva quando brigou com os zagueiros no alto, no lance do que originou o pênalti que deu a vitória ao time. - 7,0
Técnico: Jorge Sampaoli: Sem Jean Lucas negociado, Alison e Sandry ausentes dos relacionados, acertou ao escalar três zagueiros. O Bahia nitidamente tinha dificuldade de entrar na defesa santista. Errou ao retirar Sasha 'espetado' entre os zagueiros adversários e colocar Uribe na funcão e que nem no jogo aéreo, sua maior qualidade, ainda funcionou. O colombiano se movimentou pouco e não saiu da área. Jorgito desfez o erro na segunda etapa ao colocar mais um jogador que tem o drible pelo lado- Marinho e melhorar a qualidade no passe com Jean Mota, além de retornar Sasha para o lugar que ele encaixou nas últimas rodadas, mesmo sem ser centroavante. - 6,5

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