UM SHOW DE HORRORES

Publicado às 23h33 desta segunda-feira, 12 de novembro de 2018.
O Santos desperdiçou uma nova oportunidade de pela primeira vez entrar no G-6. Recheado de desfalques, desentrosado e com um futebol sofrível, o alvinegro perdeu para a Chapecoense, dentro do Pacaembu. na noite desta segunda-feira (12), por 1 a 0. Foi a primeira vitória dos catarinenses fora de casa e a primeira derrota de Cuca como mandante no Brasileirão (ele perdeu na estréia na Vila, entretanto foi pela Copa do Brasil).

Parece que o torcedor alvinegro já antevia que a partida seria difícil. Em meu último post, cheguei a classificar o jogo como "perigoso" e muitos ameaçaram algumas críticas. Apenas 10,7 mil pagantes (12,6 mil presentes)  foram ao próprio da municipalidade paulistana para incentivar o time de Cuca.

O treinador santista não teve seis jogadores. Luiz Felipe e Lucas Veríssimo no departamento médico; Gabriel Barbosa, Victor Ferraz e Pituca suspensos, além de Bambu que terminou o contrato e não renovou seu vínculo. Alison começou improvisado como zagueiro (no segundo tempo, trocou com Yuri), Daniel Guedes na lateral-direita, Copete pela esquerda do ataque, Sasha como referência e o Santos teve uma das piores se não a mais fraca atuação na era Cuca.

Até que nos primeiros 10 minutos, na bola parada a equipe chegou em uma oportunidade e parou aí. O ex-treinador santista Claudinei Oliveira da Chapecoense, sabedor que o Peixe tinha jogadores improvisados em algumas posições, como na defesa, por exemplo, mandou seu ataque marcar pressão na saída de bola. Foi a senha para o time santista se desajustar e o time de Chapecó viu que o "bicho não era tão bravo" e abriu o marcador em uma bola parada que Vanderlei ameaçou sair, voltou e Bryan Ruiz não acompanhou Leandro Pereira. Esse centroavante tem o hábito de marcar sempre contra o time do Peixe, desde os tempos de Palmeiras. Deixou mais um.

Na segunda etapa, Cuca recuou Dodô para terceiro zagueiro e montou uma linha de três jogadores apenas na defesa. Sacou Daniel Guedes e Bryan Ruiz e colocou os meninos revelados na base Rodrygo, que só não foi titular porque se recuperou de uma virose e deixou de treinar três dias na semana passada e Arthur, que tinha ido bem contra o SCCP, há algumas semanas. Tudo levava a crer que o Peixe intimidaria. Doce ilusão.

O Santos na etapa final errou 47 passes e nenhum chute ao gol de Jandrei. Não dá nem para lamentar o resultado, já que a produtividade foi pífia.

Como não existe nada ruim que não possa piorar, o Santos agora vai realizar dois jogos seguidos fora de casa, diante de Flamengo e América-MG. Apesar dos retornos de Victor Ferraz, Pituca e Gabriel Barbosa, Cuca não terá o futebol de Derlis, Sánchez e Bryan Ruiz para esses confrontos. Os três vão defender as suas respectivas seleções - Paraguai, Uruguai e Costa Rica, em amistosos internacionais de data Fifa.

Com cinco rodadas para o término da competição, o alvinegro tem verdadeiras decisões nessas partidas com apenas dois mandos- um deles diante de um concorrente direto, o Atlético-MG. Com a vitória do outro Atlético, o Paranaense, o time da Vila caiu para a oitava colocação, mas a diferença entre os três é de apenas de um ponto. Ainda dá para obter a sexta colocação e ir a pré-Libertadores, mas o caminho poder-se-ia ficar mais fácil com uma atuação melhor e os pontos conquistados. Para quem tem objetivos no Brasileiro, não pode se dar o direito de perder em casa para o penúltimo colocado.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 X 1 CHAPECOENSE
Estádio do Pacaembu - São Paulo (SP)
Árbitro: Rafael Traci (PR)
Público/renda: 10.792 pagantes (12.659 presentes) /R$ 334.014,50
Cartões amarelos: Alison e Yuri (SFC), Márcio Araújo (CHA)
GOL: Leandro Pereira (28'/1ºT) (0-1)
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes (Rodrygo, no intervalo), Alison, Gustavo Henrique e Dodô; Yuri, Carlos Sánchez e Bryan Ruíz (Arthur, no intervalo); Derlis, Copete (Bruno Henrique, aos 25'/2ºT) e Sasha. Técnico: Cuca.
CHAPECOENSE: Jandrei; Eduardo, Douglas, Fabrício Bruno e Bruno Pacheco; Amaral, Marcio Araújo e Canteros (Elicarlos, aos 32'/2ºT); Leandro Pereira, Doffo (Vinicius, aos 18'/2ºT) e Wellington Paulista (Luiz Otávio, aos 43'/2ºT). Técnico: Claudinei Oliveira.

Rodrygo entrou no segundo tempo como armador e não pela beirada do campo.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Não sou goleiro, mas vou relembrar uma frase de Emerson Leão, meu ex-companheiro de Esporte Interativo e técnico do título brasileiro do Peixe em 2002, que foi um dos maiores da história desse país, debaixo dos três paus. O camisa 1 teve uma leve "participação de culpa". No lance do gol ameaçou sair e resolveu voltar. - 5,0
Daniel Guedes: A bola não chegou para os cruzamentos, sua maior qualidade e as poucas que chegaram, o jogador não desenvolveu. Foi substituído. - 5,0
(Rodrygo): Deu um pouco mais de velocidade na transição do meio para o ataque, mas não o suficiente para abastecer alguém em condições de finalização. Entrou como coordenador de jogadas, que não é sua real posição. Funciona melhor pelo lado. - 5,5
Alison: Errou muitos passes. Melhorou na segunda etapa, quando retornou para a sua posição. - 5,0
Gustavo Henrique: Único defensor de ofício. No gol, subiu, tocou na bola, mas não conseguiu desviar a ponto de a mesma deixar a área. - 5,5
Dodô: A exemplo dos demais, também foi contagiado pela desorganização e a péssima partida técnica das principais referências do time. No segundo tempo, virou terceiro zagueiro. - 5,0
Yuri: Melhorou na segunda etapa, quando virou defensor. Muitas dificuldades na marcação. - 5,0
Sánchez: Tentou armar a equipe, mas isolado, desapareceu. - 5,0
Bryan Ruíz: Não tem a intensidade que a posição exige. Tentou da sua maneira armar o time, mas também não conseguiu. Vacilou no lance do gol ao deixar Leandro Pereira sozinho na pequena área no momento da finalização.  Foi substituído. - 5,0
(Arthur): Tentou dar velocidade pelo lado esquerdo do campo, mas não levou a melhor sobre os marcadores. - 5,0
Derlis: Não é habilidoso, mas guerreiro e o único que tentou algo. No segundo tempo virou ala. - 5,5
Copete: Dificuldade de domínio da bola. Errou quase tudo que tentou. Mal no ataque e quando virou ala foi tímido. - 4,5
(Bruno Henrique): Melhor que Copete e no jogo aéreo, que ele é muito forte, ganhava a primeira bola, mas ninguém aproveitou para concluir a gol. Pouco tempo em campo. - 5,0
Sasha: Não é homem de referência e jogou de costas. Nenhuma bola em condição de finalizar. - 5,0
Técnico: Cuca: Errou ao escalar Alison na zaga e Yuri no meio. No segundo tempo corrigiu o erro. Mesmo com as substituições não conseguiu fazer com que o time ao menos finalizasse, mesmo com maior posse de bola. - 5,0

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