HAT-TRICK DO RAYO

Publicado às 20h48 deste domingo, 3 de junho de 2018.
O Santos fez seus melhores 45 primeiros minutos na temporada e por consequência, voltou a marcar gol após quatro rodadas em branco e venceu após cinco insucessos. Em um show do "rayo" Rodrygo que marcou seu primeiro hat-trick  (três gols do mesmo jogador em uma partida) na carreira. goleou o Vitória-BA por 5 a 2, em jogo da oitava rodada. O resultado proporcionou que o Peixe deixasse a zona de rebaixamento e agora ocupa, a ainda incômoda 15a. colocação.

O treinador Jair Ventura confirmou a mesma equipe que havia perdido na quinta-feira (31), diante do Atlético-PR, sem nenhuma modificação. O treinador ainda ganhou mais alguns desfalques como o atacante Yuri Alberto com luxação no ombro direito e o rápido Bruno Henrique que voltou a sentir dores na bacia e no quadril após se chocar com a trave diante do Cruzeiro, há uma semana e ambos não puderam ficar no banco de suplentes, à disposição.

Tudo que a equipe não produziu nos últimos meses, pode ser visto no primeiro tempo diante do rubro-negro soteropolitano. Ultrapassagem, marcação mais a frente, as linhas mais próximas e a finalização mais certeira. A intensidade foi muito alta. Para não dizer que não falei das flores, o fato do Vitória não ter ficado todo atrás e a má performance do time nordestino, também colaboraram, mas não tiram os méritos do Santos. O alvinegro foi para o intervalo com um inimaginável 4 a 0.

No segundo-tempo, a energia, o vigor e a impetuosidade santista caíram e as mudanças do técnico do Mancini do Vitória, fizeram com que o resultado diminuísse. Além disso, a defesa santista deu alguns vacilos.

O menino Rodrygo foi o primeiro jogador nascido após o ano 2000 a marcar três vezes numa mesma partida pelo Brasileirão. O segundo foi uma "obra de arte" digna dos diferenciados. Os outros gols dois gols foram de Renato e Gabriel Barbosa, e o do camisa 10 também após assistência do "crioulo".

Não vou me empolgar. Quando, e se, a equipe mantiver uma sequência de bons jogos, eu terei muito prazer em tecer mais elogios, como os desta tarde. Por enquanto, feliz com a apresentação, mas ainda tenho muita desconfiança do time coletivamente e principalmente do treinador. O clássico contra o SCCP, na próxima quarta-feira (6), em Itaquera, é uma ótima oportunidade para diminuir essa minha descrença, que tenho convicção, não é a única.

Por fim, como nem tudo são flores, o público de menos de 4 mil pagantes, com uma renda pífia de pouco mais de R$ 80 mil é extremamente preocupante. Como fazer futebol, com um rival, por exemplo, que consegue R$ 2 milhões bruto, todo jogo de mandante. Me refiro ao Palmeiras, que tem essa média em sua nova arena.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 5 X 2 VITÓRIA
Estádio da Vila Belmiro em Santos (SP)
Árbitro: Rodrigo D'alonso Ferreira (SC) 
Público/renda: 3.887 pagantes/R$ 82.830,00
Cartões amarelos: Wallyson, Rodrigo Andrade e Kanu (VIT)
Gols: Rodrygo aos 22'(1-0); 25’(2-0) e aos 30’/1ºT (3-0), Renato (44’/1ºT) (4-0), Neilton (17'/2ºT) (4-1), Gabriel Barbosa (28'/2ºT) (5-1), Ramon (38'/2ºT) (5-2)
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo (Gustavo Henrique, aos 32'/2ºT), David Braz e Dodô;  Pituca, Renato e Jean Mota; Rodrygo (Copete, aos 35'/2ºT), Sasha (Cittadini, aos 28'/2ºT) e Gabriel Barbosa. Técnico: Jair Ventura.
VITÓRIA: Elias; Lucas, Kanu, Aderllan e Pedro Botelho; Rodrigo Andrade (Ramon, intervalo), Uillian Correia (Lucas Marques, [intervalo) e Rhayner; Lucas Fernandes (André Lima, intervalo), Neilton e Wallyson. Técnico: Vagner Mancini

Extremamente pressionado com os maus resultados, Jair Ventura ganha alguns dias de paz com a goleda.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS 
Vanderlei: Fez uma defesa digna do seu futebol e no contra-ataque proporcionou o quinto gol santista. - 7,0
Victor Ferraz: Bastante participativo nas ações ofensivas, principalmente na primeira etapa. - 6,5
Lucas Veríssimo: No segundo tempo não evitou alguns  ataques e o primeiro dos dois gols do adversário. - 5,0
(Gustavo Henrique): Atuou apenas dez minutos. Não comprometeu. - SEM NOTA
David Braz: Não vive bom momento. No primeiro gol do time soteropolitano tabelou sem querer com o ex-santista Neílton. Antes do Peixe marcar o primeiro gol, abusou das bolas longas que não proporcionaram lances eficazes. - 4,5
Dodô: Começou a jogada do primeiro gol de Rodrygo. Pode jogar mais. Foi a melhor de suas apresentações nos últimos jogos, quando seu rendimento tinha caído bastante. - 6,0
Pituca: Dessa vez deixou os passes burocráticos de lado e foi um leão na marcação e na assistências. Foram duas só no primeiro tempo. O segundo melhor da partida. - 8,0
Renato: A exemplo de Dodô, fez sua melhor partida depois que voltou de lesão. Bem na distribuição dos passes e ainda sobrou tempo para marcar um gol de cabeça, fundamento que vai bem. Compensou a falta de intensidade com passes e inversões de lado com muita propriedade. - 7,0
Jean Mota: Foi mais participativo na marcação e colocou uma bola na trave quando o jogo ainda estava 0 a 0. - 6,0
Rodrygo: No um contra um é covardia. Levou a melhor em quase todas. Uma apresentação de gala, com direto a golaço e ainda deu assistência para o gol de Gabriel Barbosa. Só não vou dar DEZ porque os maldosos vão me chamar de puxa-saco (alguns chegam a afirmar que trabalho com o staff do garoto, algo que jamais aconteceu. São incapazes de perceber que sou apenas fã do futebol do menino) e vou deixar a nota máxima, quando ele arrebentar em um clássico. - 9,5
(Copete): Jogou pouco menos de 10 minutos. - SEM NOTA
Sasha: O maior prejudicado com a necessidade de deixar o lado direito do ataque que ficou com Gabriel Barbosa para ser a referência do ataque e espetado entre os zagueiros. Um dos responsáveis do ataque ter funcionado com os constantes deslocamentos que confundiu a defesa do Vitória. - 6,0
(Cittadini): Jogou pouco tempo (17 minutos). Ainda teve tempo de puxar um contra-ataque pela esquerda, mas foi desarmado. - SEM NOTA
Gabriel Barbosa: Teve frieza para não se afobar no quinto gol santista e finalizar muito bem. Pecou em alguns lances onde poderia servir o companheiro e preferiu bater em gol. - 6,5
Técnico: Jair Ventura: Finalmente fez com que o time marcasse na linha alta em alguns momentos. No segundo tempo, o time recuou algumas vezes desnecessariamente. - 7,0

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