SEM CRIATIVIDADE, PEIXE TROPEÇA NAS ALTURAS

Publicado às 10h50 desta quinta-feira, 1 de março de 2018.
O Santos começou mal a sua caminhada na Libertadores 2018. Na altitude de 3,4 mil metros acima do nível do mar, o alvinegro, em uma atuação irreconhecível perdeu para o Real Garcilaso, em Cusco, no Peru, por 2 a 0. Com empate entre Nacional-URU e Estudiantes-ARG, o Peixe termina a primeira rodada, na última colocação do grupo.

Jair Ventura não surpreendeu na escalação. O atacante Gabriel Barbosa, que não participou do último treino, foi confirmado no comando do ataque.  o meia Renato e o ponta Copete, voltaram ao time, após serem poupados diante do Santo André, no último domingo (25).

O time da Vila tomou o gol bem cedo. Aos 7  minutos, Daniel Guedes, não evitou o cruzamento do lado esquerdo do ataque peruano e o miolo de zaga, além do lateral-esquerdo Jean Mota, não bloquearam o chute de Vidales na pequena área, abriu o placar.

Com exceção de uma bela jogada de Vecchio, que achou Sasha na grande área e o gaúcho, que não foi egoísta, rolou para Gabriel Barbosa que chutou mal e o defensor peruano tirou próximo da linha, o alvinegro não chutou uma bola que fizesse o goleiro Morales a trabalhar nos 45 minutos iniciais.

Com um meio-campo sem velocidade, esperava-se que o técnico Jair Ventura mexesse no time. Isso não aconteceu. O Santos foi sensivelmente melhor, mas nada que pudesse merecer a igualdade. A primeira alteração aconteceu aos 16 minutos com Arthur na vaga de Jean Mota e o recuo de Copete para a ala. Dez minutos depois foi a vez de Vitor Bueno no  lugar de Vecchio e a nove minutos do fim, o menino Rodrygo que passa a ser o mais jovem a vestir a camisa do Santos na competição continental com 17 anos e um mês no lugar de Sasha, que até então tinha sido junto com o camisa 1 e o volante Alison , os únicos que se salvaram.

Como não existe nada tão ruim que não possa piorar, quase nos acréscimos, Ramúa, o melhor jogador da partida, acertou um chute de rara felicidade e deu números finais no placar.

A delegação santista retorna nesta sexta-feira ao Brasil, treina no sábado e no domingo tem o clássico diante do SCCP. O elenco precisa dar uma resposta rápida. No próximo dia 15, o Santos realiza sua primeira partida como mandante diante do Nacional-URU. 

Me atrevo a dizer que o time peruano, dono de uma defesa lenta dificilmente vai pontuar fora de casa. O Peixe vai ter de recuperar esses pontos diante de adversários mais tradicionais, porém, que não me deixaram boa impressão na partida que ambos se enfrentaram em Montevidéu.

Pela primeira vez desde que voltou, Gabriel não balançou as redes.
FICHA TÉCNICA
REAL GARCILASO-PER 2 X 0 SANTOS
Estádio Inca Garcilaso de la Vega, Cusco (PER)
Árbitro: Gery Vargas (BOL)
Cartões amarelos: Dulanto (GAR), Vitor Bueno, Lucas Veríssimo e Vecchio (SAN)
Gols: Vidales (7'/1ºT) (1-0), Ramúa (43'/2ºT) (2-0),
REAL GARCILASO: Morales; Arismendi, Kontogiannis, Dulanto e Santillán; Luis Álvarez e Luis García (Archimbaud, aos 27'/2ºT); Vidales (Fernando Pérez, aos 41'/2ºT), Ramúa e Landauri (Cóssio, aos 31'/2ºT); Franco. Técnico: Óscar Ibáñez.
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota (Arthur Gomes, aos 16'/2ºT) Alison, Renato e Vecchio (Vitor Bueno, aos 26'/2ºT); Eduardo Sasha (Rodrygo, aos 36'/2ºT), Copete e Gabriel. Técnico: Jair Ventura.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
Vanderlei: Se não fosse o melhor goleiro das Américas, o derrota seria mais dilatada. - 7,5
Daniel Guedes: Não evitou o cruzamento do primeiro gol. - 4,5
Lucas Veríssimo: Não comprometeu, porém, teve dificuldades na saída de bola. - 5,0
David Braz: Teve que sair diversas vezes na cobertura. Saiu algumas vezes para o ataque a fim de ajudar. - 5,0 
Jean Mota: No primeiro tempo teve muitas dificuldades para marcar. - 4,0
(Arthur): Começou bem, imprimindo velocidade. Depois caiu junto com o time. - 5,5
Alison: Um dos poucos que escaparam. Um Leão na marcação. - 6,5
Renato: Discreto. Limitou-se aos passes laterais. Não tem perfil de caçador e não apareceu como elemento surpresa para ajudar a construir jogadas. - 4,5
Vecchio: Oscilou. Teve bons momentos como o passe para Sasha no lance do gol perdido por Gabriel e outros, não tão legais, como o chute para o alto, no segundo tempo. Rende melhor de segundo volante como coadjuvante de um coordenador. - 5,5
(Vitor Bueno): Teve dificuldades para armar. O ideal seria ele entrar ao lado de Vecchio, não no lugar do argentino. - 5,0
Sasha: Levou o time a frente, deus assistências e o único que funcionou no ataque alvinegro. Não devia ter sido substituído. - 6,5
(Rodrygo): Entrou com o jogo decidido. Atuou pouco mais de dez minutos. Ainda fez uma jogada, onde podia ter sido egoísta, porém, preferiu dar o passe. - SEM NOTA
Copete: Errou quase tudo que tentou como atacante. Nem a cobertura que é seu forte, ele rendeu. Melhorou na ala quando foi recuado. - 4,5
Gabriel: Teve uma única chance e perdeu o gol. Desde que voltou foi o único jogo que não marcou gol. Também não foi bem, até quando saiu da área na tentativa de ajudar. - 4,5
Técnico: Jair Ventura: Precisava escalar um time mais leve no meio. Podia ter mexido no intervalo e não o fez. Errou nas três substituições. Quem perdeu foram os jogadores, mas o técnico a quem reputo promissor e responsável pelo bom momento do time, colaborou para a derrota desta noite. - 4,5


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