O ÚNICO BRASILEIRO INVICTO NA LIBERTADORES


Publicado às 03h50 desta sexta-feira, 5 de Maio de 2017.
O Santos venceu o Independente Santa Fé (COL) por 3 a 2, no Pacaembu e ficou bem próximo de carimbar uma vaga na fase de mata-mata da Libertadores da América, deste ano. O resultado manteve o time na primeira colocação do grupo 2 e de quebra, garante o alvinegro como o único brasileiro invicto na competição. Os gols do time da Vila foram de Ricardo Oliveira, Vitor Bueno e Lucas Veríssimo.

O Peixe não fez uma apresentação de gala, longe disso. A equipe ainda não rende como no ano passado. Deixou de marcar pressão no primeiro tempo e exagerou na bola longa e a tentativa de explorar a lentidão da defesa adversária no contra-golpe. Mas também não é menos verdade que o time foi guerreiro e apesar das dificuldades para encaixar seu jogo, lutou até chegar ao gol da vitória. 

O time de Dorival Junior esteve a frente do placar por duas vezes e permitiu o empate dos colombianos. Nem mesmo o gol de Ricardo Oliveira, logo aos três minutos deu a tranquilidade necessária para abrir um placar mais dilatado.

O alvinegro teve menos finalizações que os colombianos (9 x 14), que a exemplo do duelo de Bogotá, utilizaram suas melhores táticas - a força e a bola aérea, já que a equipe alvirrubra é desprovida de grande capacidade técnica.

Na segunda etapa, o time da Vila foi mais ousado. O treinador sacou Matheus Ribeiro da ala-esquerda e colocou Copete e depois Hernandez na vaga de Vitor Bueno. Com isso, a partida ficou mais aberta para ambos os times, mas o Glorioso era apenas transpiração, embalado principalmente por 29 mil torcedores e mesmo sem agredir tanto chegou ao gol salvador há 12 minutos do fim, numa bola parada que encontrou David Braz que serviu o seu companheiro Lucas Veríssimo que selou a vitória santista.

Valeu pela garra, pela determinação, pela entrega, pelo espírito aguerrido que a competição exige, mas o Santos ainda deve futebol, que nenhum outro brasileiro demonstrou até aqui e até mesmo os rivais de outros países, também não apresentaram. O time tem de crescer mas teve o espírito de luta que o torneio exige. Foi a 19a. vitória seguida no Estádio Paulo Machado de Carvalho.

Daqui a duas semanas, o Peixe tem o desafio mais difícil na competição na fase de grupos. Encara o vice-líder da chave, o The Strongest e principalmente a altitude de La Paz. Antes, porém, tem o jogo de volta diante do Paysandu, em Belém do Pará, dia 10 deste mês. Até uma derrota por um gol de diferença dá a vaga ao time da baixada nas quartas de finais da competição nacional, já que na partida de ida, o Santos venceu por 2 a 0.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 2 I.SANTA FÉ (COL)
Estádio do Pacaembu
Árbitro: Andres Cunha (URU) 
Público/renda: 26.153 pagantes (29.780 com os não pagantes) /R$ 1.142.620,00
Cartões amarelos: Ricardo Oliveira, Thiago Maia e Lucas Veríssimo (SAN), Roa e José Moya (STF)
Gols: Ricardo Oliveira (3'/1ºT) (1-0), Arango (32'/1ºT) (1-1), Vitor Bueno (33'/1ºT) (2-1), Perlaza (38'/1ºT) (2-2), Lucas Veríssimo (33'/2ºT) (3-2)
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Matheus Ribeiro (Copete, no intervalo); Thiago Maia, Renato e Lucas Lima (Cléber, aos 45'/2ºT); Vitor Bueno (Vladimir Hernández, aos 21'/2ºT), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Junior.
I.SANTA FÉ: Castellanos; Roa, José Moya, Urrego e Mosquera; Sebastián Salazar, Perlaza, Leyvin Balanta (Plata, aos 37'/2ºT) e Jonathan Gómez; Arango e Stracqualursi (Ceter, aos 26'/2ºT). Técnico: Gustavo Costas.

Quase 30 mil santistas foram prestigiar o time no Pacaembu.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Nenhuma defesa brilhante e sem culpa nos gols. - 5,5
Victor Ferraz: Teve problemas na marcação na primeira etapa. - 5,5
Lucas Veríssimo: Fez o gol salvador. - 7,0
David Braz: Ótima assistência no último gol da partida. Demonstrou ser brioso, quando a partida estava empatada tentou até armar o time. - 6,5
Matheus Ribeiro: Teve dificuldades para marcar e o segundo gol dos colombianos foi após sair jogando e cometer a falta. - 5,0
(Copete): Não tem o mesmo poder de marcação de um lateral de origem, mas se esforçou e se virou como pode. Deu mais velocidade e melhor apoio. - 5,5
Thiago Maia: Errou alguns botes e cometeu algumas faltas desnecessárias no primeiro tempo. - 5,5
Renato: A distribuição de jogo com a categoria de sempre e era o homem da inversão de lado na bola longa. - 6,0
Lucas Lima: Participou dos dois primeiros gols.  - 7,5
(Cléber): Jogou apenas os acréscimos. - SEM NOTA
Vitor Bueno: Tirou um caminhão das costas ao voltar a marcar com a colaboração do goleiro colombiano já que era uma bola defensável. Demonstrou muita vontade, mas ainda não repetiu o futebol que consagrou-o como revelação do Brasileiro, o ano passado. - 6,5
(Vladimir Hernández): Entrou bem. Ele apesar de atuar pelo lado direito, recompõe no meio sem a bola e se torna o quarto elemento do setor. - 6,0 
Bruno Henrique: O maior sacrificado nos primeiros 45 minutos. Além de ter que atacar com velocidade, ajudou Matheus Ribeiro na marcação. No segundo tempo foi discreto. - 6,5
Ricardo Oliveira: Voltou a balançar as redes e é o artilheiro do Peixe na competição com dois gols. Finalizou poucas vezes. Tem muito mais recurso e futebol do que apresentou. Como não teve uma pré-temporada em razão da caxumba, vai readquirindo sua melhor forma nas partidas. - 6,5
Técnico: Dorival Junior: Eu, particularmente, esperava um Santos que marcasse mais pressão na saída de bola dos colombianos "cintura dura", o que não aconteceu nos primeiros 45 minutos. As duas substituições que fez deram um upgrade para o time no segundo tempo. - 6,0

MINHA GRATIDÃO A COLETIVIDADE ALVINEGRA

Quero agradecer imensamente o carinho de toda a coletividade alvinegra com o meu trabalho. Na última semana, o site Torcedores.Com, elaborou uma enquete, através de seu editor jornalista Renan Prates e entre as perguntas estavam qual o cronista que o santista mais gosta e me elegeram com 39,1% dos votos, seguido por PVC com 6,1% e em terceiro, Mauro Cezar Pereira com 3,91%.

Não tenho palavras para retribuir essa enorme confiança. Repito, se não fosse o torcedor do Santos, eu não seria absolutamente, ninguém. Fica registado, minha eterna gratidão. 



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