COINCIDÊNCIA?

Publicado à 01h44 deste sábado, 4 de fevereiro de 2017.
O Santos largou muito bem no estadual de 2017. O atual bi-campeão aplicou uma sonora goleada na Linense por 6 a 2. Além do envolvente futebol, a variação tática e o volume de jogo impressionaram. Os gols foram de Rodrigão duas vezes, Lucas Lima, Vitor Bueno, Arthur Gomes e Thiago Ribeiro.

O Peixe jogou bem? Demais. Entretanto, não podemos nos empolgar (ainda), pois tratou-se da primeira partida em uma competição oficial. Porem, nos três jogos (um amistoso, um jogo oficial e um jogo-treino) que o clube realizou em 2017, foram 20 gols, uma marca impressionante, apesar da fragilidade dos adversários. 

Na noite desta sexta-feira (3), os mais de 10 mil pagantes que compareceram a Vila, viram um ótimo futebol do time de Dorival Junior, com troca de passes, velocidade, penetração e sem medo de errar, o placar foi econômico. Poderia ter sido 7,8 se as oportunidades criadas no primeiro tempo não fossem desperdiçadas.

O que mais me chamou atenção, no bom futebol santista, foi a variação tática utilizada pelo comandante técnico, que muitas vezes (na minha opinião, não sou o dono da verdade) é injustamente criticado por uma parcela da torcida. Zeca e Victor Ferraz caindo no meio e a ultrapassagem de Thiago Maia, como ala, confundiam a marcação adversária. Assim, o camisa 29 que correu tanto, que saiu com câimbras, deu duas assistências. Os dois gols do primeiro tempo foram poucos, tamanha o envolvimento que o time conseguiu imprimir e sempre ditou o ritmo da partida.

Mas, para não dizer que não falei das flores, fiquei com a sensação que a marcação muito alta da defesa alvinegra, dá condições de atacantes rápidos chegarem com maior facilidade ao gol de Vanderlei. No segundo tempo, o treinador do time do interior percebeu e fez com que o seu time marcasse a saída de bola, principalmente de Lucas Veríssimo, que não tem a mesma qualidade de passe do seu companheiro de setor Yuri. 

Também não é menos verdade, que "a melhor defesa é o ataque" e no melhor estilo Santos dos anos 60 e principalmente a de 2010, esta última treinada pelo próprio Dorival, e o time santista passou o "trator" no "elefante de Lins". Aquela formação do começo da década, também fazia muitos gols, mas levava muitos.

Deu tempo de Rodrigão marcar dois, perder mais um feito e tentar um voleio, o menino Arthur comemorar seu primeiro gol como jogador profissional, além de Thiago Ribeiro que viveu um drama pessoal, também deixar o seu.

Repito, apesar de precoce e não se pode empolgar com isso, o Santos deixou uma ótima impressão. Para quem gosta de coincidências, em 2011, o alvinegro também abriu a temporada contra a mesma Linense, goleou (4 a 1) e depois faturou o Paulistão e a Libertadores. 

No próximo fim de semana, domingo (12), o Santos joga como adversário, às 11 da manhã, no Pacaembu, diante do Red Bull. O "Toro" com o objetivo de arrecadar uma renda maior foi quem pediu e a Federação Paulista aceitou, a transferência do local para o próprio da municipalidade Paulistana.

Arthur Gomes de 18 anos, marcou seu primeiro gol no time de cima.


FICHA TÉCNICA
SANTOS 6 X 2 LINENSE
Estádio da Vila Belmiro
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto
Público/ Renda: 10.567 pagantes /R$ 294.515,00
Cartões amarelos: Thiago Maia e Lucas Lima (Santos), Zé Antônio (Linense)
Gols: Rodrigão, aos 12/1ºT (1-0) e aos 15/1ºT (2-0), Thiago Santos, aos 8/2ºT (2-1), Lucas Lima, aos 12/2ºT (3-1), Arthur Gomes, aos 31/2ºT (4-1), Gabrielzinho, aos 34/2ºT (4-2), Vitor Bueno, aos 44/2ºT (5-2) e Thiago Ribeiro, aos 47/2ºT (6-2).
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Yuri e Zeca; Renato, Thiago Maia (Léo Cittadini, aos 29/2ºT) e Lucas Lima; Vitor Bueno, Copete (Thiago Ribeiro, aos 35/2ºT) e Rodrigão (Arthur Gomes, aos 25/2ºT). Técnico: Dorival Júnior. 
LINENSE: Edson Kolln; Bruno Moura (Thiago Santos, aos 30/1ºT), Rodrigo Lobão, Bruno Costa, Carleto; Caíque, Diego Felipe, Zé Antônio, Lucas Newiton (Tássio, aos 19/2ºT); Thiago Humberto e Joãozinho. Técnico: Guilherme Alves.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Assistiu o jogo, principalmente na primeira etapa. Goleiro bom tem que ter sorte e o adversário colocou uma bola no travessão. - 6,0
Victor Ferraz: Muito bem no apoio. Muitas vezes se transformou em meia. - 7,0
Lucas Veríssimo: Sem ritmo de jogo, tem de dar um desconto. Há muito tempo não atua e necessitará de alguns jogos para entrar em forma e pegar o tempo de bola novamente. Em um dos gols do adversário, permitiu que o jogador entrasse na área e finalizasse. No mais, rebatedor. - 5,5
Yuri: Bem no passe, seu melhor fundamento. Desarmou muito alguns contra-ataques do adversário. - 6,5
Zeca: Assim, como Victor Ferraz, o melhor lateral-esquerdo em atividade no Brasil, foi muitas vezes para o meio. Não apoiou tanto. - 6,5
Renato: Abriu uma "chapelaria" só nessa partida. Seguro, a frente dos dois zagueiros. - 6,5
Thiago Maia: Correu feito um leão, virou lateral e ainda deu três assistências. Uma delas, Rodrigão espirrou o "giz do taco". Um dos melhores, se não, o melhor do jogo. - 7,5
(Cittadini): Atuou menos de 20 minutos. - SEM NOTA
Lucas Lima: Deu assistências, marcou gol e lembrou o ótimo Lucas Lima de 2015. Fez uma partidaça. - 7,5
Vitor Bueno: Era o melhor jogador do time nos primeiros 30 minutos. Depois sumiu. Voltou a aparecer alguns minutos na segunda etapa. Deixou a sua marca na rede . - 7,0
Copete: Outro que correu demais, inclusive na marcação da saída de bola do adversário. No primeiro tempo, deitou pela esquerda, junto com Zeca. - 7,0
(Thiago Ribeiro): Mesmo jogando menos que Cittadini, entrou e marcou um belo e difícil gol. Merece muito por todos os problemas pessoais que passou. Exemplo de superação. Está feliz no seu retorno ao Santos. - 7,0
Rodrigão: Começou bem a temporada. Está mais magro e mais rápido, mas, como a maioria dos centroavantes, não sabe sair da área e tabelar. Em noite digna de Coutinho, marcou dois, perdeu outro feito (aí voltou a ser o Rodrigão) e deixou o gramado na segunda etapa. - 7,0
(Arthur): Entrou pela direita, na vaga de Rodrigão. Está muito confiante e parece ter "bola". Premiado com um gol. - 7,0
Técnico: Dorival Júnior:  O time joga sem um dos zagueiros (Yuri é meio-campista) e ainda assim armou sua equipe com variações táticas. Marcação muito alta, no ataque adversário, o que deixa a defesa vulnerável contra velocistas que um time adversário venha a ter. Bem nas variações táticas. - 7,5 


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