DE VIRADA É MAIS GOSTOSO

Publicado às 19h40 deste domingo, 11 de setembro de 2016.
O Santos se reabilitou no Campeonato Brasileiro ao vencer o clássico diante do SCCP por 2 a 1. Com o resultado, o Peixe encosta de novo na G-4 e está a um ponto do rival derrotado na Vila, nesta tarde. Os gols do alvinegro praiano foram de Vitor Bueno e Renato. O público foi a nota triste. Apenas pouco mais de 8,6 mil pagantes.

Sem Victor Ferraz, Lucas Lima e Ricardo Oliveira, os primeiros 45 minutos do Santos, foram os piores que eu assisti na Vila, nesta temporada. Com exceção de uma cabeçada de Rodrigão que o assistente levantou a bandeira e marcou o impedimento, o time santista foi de pouca imaginação e o time da capital, depois de sentir que o bicho não era tão feio, avançou as linhas e foi pro intervalo com a vitória parcial com um belo gol de Marlone.

Na segunda etapa, o Santos também não voltou bem, mas foi beneficiado com o recuo proposto pelo técnico Cristovão Borges que chamou a equipe santista para o seu campo. Como o futebol não tolera desaforo, levou a virada. Dorival Junior mexeu no Peixe que teve poder de reação. Colocou Caju na esquerda e Vecchio no meio na vaga de Thiago Maia, com Zeca indo para a ala direita, assim como ele atuou nas Olimpíadas. Foi pro tudo ou nada. 

Vitor Bueno empatou de pênalti sofrido por Luiz Felipe e Renato, quase no apagar das luzes, marcou de cabeça e o Glorioso saiu dos "malditos" 36 pontos, após três derrotas consecutivas.

Dizer que o time do Santos não tem problemas e a vitória apaga tudo, absolutamente, o Santos caiu muito de produção nas últimas rodadas, mas o time pelo menos teve brio e garra para virar a partida.

Na próxima quarta-feira (14), às 19h30, o alvinegro praiano enfrenta o embalado Botafogo-RJ, na Ilha do Governador. Para este duelo, o técnico Dorival Junior não terá o futebol de Copete que recebeu o terceiro amarelo. Em compensação, Lucas Lima, Ricardo Oliveira e Vitor Ferraz que cumpriram suspensão retornam ao time.

Título é utopia, mas o G-4, não. Se voltar a jogar bem e tem capacidade para isso, dá para sonhar.


FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 SCCP
Vila Belmiro, Santos (SP)
Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP) 
Público/renda: 8.610 pagantes/R$ 434.160,00
Cartões amarelos: Vecchio e Copete (SAN), Fagner (COR)
Gols: Marlone (36'/1ºT) (0-1), Vitor Bueno (25'/2ºT) (1-1) e Renato (40'/2ºT) (2-1)
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes (Caju, aos 27'/2ºT), Gustavo Henrique, Luiz Felipe e Zeca; Renato, Thiago Maia (Vecchio, aos 19'/2ºT), Jean Mota e Vitor Bueno (Walterson, aos 39'/2ºT); Copete e Rodrigão. Técnico: Dorival Junior.
SCCP: Cássio; Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Camacho, Rodriguinho, Giovanni Augusto (Willians, aos 30'/2ºT), Marlone e Lucca (Romero, aos 41'/2ºT); Gustavo (Marquinhos Gabriel, aos 20'/2ºT). Técnico: Cristóvão Borges.

Vitor Bueno é o artilheiro do Santos no Brasileiro. Marcou de pênalti.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Fez uma grande defesa quando o SCCP vencia por 1 a 0. A "vaca podia ter ido para o brejo" naquele momento. - 6,5
Daniel Guedes: Seu forte é o cruzamento de qualidade. Mas ficou preso na marcação e só foi a linha de fundo, uma vez. - 5,5
(Caju): Entrou bem. Não apoiou como faz costumeiramente, mas marcou bem, algo que não é o seu forte. - 6,0
Gustavo Henrique: O arroz com feijão bem temperado. Chutou para onde o nariz apontou. Um dos que mais garras demonstraram durante o jogo. - 6,0
Luiz Felipe: Teve dificuldades na saída de bola. Bem nas antecipações e sofreu o pênalti que deu início a virada. - 6,5
Zeca: No primeiro tempo sofreu com Marlone nas suas costas, entretanto, como tem muita qualidade, cresceu assustadoramente na segunda etapa, primeiro na garra e depois com boas jogadas quando foi para a direita, quando entrou Caju. - 7,0
Renato: Tecnicamente não repetiu bons jogos como de costume, mas a exemplo de Gustavo foi de uma garra impressionante. Coroado com o gol da vitória, a exemplo do que tinha acontecido contra o Coritiba, no primeiro turno. De cabeça e no apagar das luzes. - 7,5 
Thiago Maia: Não apareceu como elemento surpresa como costuma fazer. Fez as vezes de Renato para levar a bola da defesa para o meio-campo. - 6,0
(Vecchio): Melhorou a armação do time. Apesar de não ser fora de série, melhorou a qualidade do passe na transição do meio para o ataque. - 6,5 
Jean Mota: Primeiro tempo discreto e na base da vontade melhorou um pouco na segunda etapa. - 5,5
Vitor Bueno: Frio na cobrança do pênalti. Depois de um primeiro tempo bem abaixo, buscou o jogo no segundo tempo. - 7,0
(Walterson): Entrou aos 39 da etapa final. Pouco tempo. Tem muita vontade e velocidade. - SEM NOTA
Copete: O único que escapou do péssimo primeiro tempo. Na segunda etapa, manteve a regularidade. Velocidade e força pelos lados do campo. - 6,5
Rodrigão: Pouco finalizou e perdeu um gol de cabeça que centroavante não pode desperdiçar ainda na primeira etapa. - 5,5
Técnico: Dorival Junior: Mesmo com limitações no banco, em razão dos desfalques, foi bem ao trocar os laterais com Caju na esquerda e Zeca na direita, cresceu o volume do jogo e acertou ao colocar Vecchio na vaga do volante Thiago Maia. - 6,5


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