QUEDA DE RENDIMENTO

Postado as 21h21 deste sábado, 26 de abril de 2014.
Que o futebol do Santos desapareceu desde a vitória na semifinal do estadual contra o Penapolense, é fato. Agora fica a pergunta, o time caiu técnica ou taticamente? Se for tática, a culpa é do treinador; se for técnica, são dos jogadores. 

O empate em 0 a 0 com o Coritiba, neste sábado (26), na capital paranaense, ficou de ótimo tamanho, tamanha a incapacidade santista que finalizou apenas seis vezes durante a partida, contra 19 arremates a gol do adversário.

Sem Arouca, Mena e Neto, contundidos, o técnico Oswaldo de Oliveira sacou Geuvânio do time titular e colocou mais um volante - Alan Santos. Com dois homens de marcação e sem um armador de oficio (não venha me dizer que Cícero é criador de jogadas, que não é), o meio-campo santista não criou absolutamente nada. Nos primeiros 45 minutos, o Peixe viveu apenas de Gabriel, única figura lúcida na primeira etapa e o Coxa dominou por completo a partida.

Pro segundo tempo, o treinador santista sacou Leandro Damião e recolocou Geuvânio. Ficou com um time parecido com o que goleou o SCCP, na quarta rodada do Campeonato Paulista. As exceções foram as ausências de Gustavo Henrique e Arouca que deram lugares a David Braz e Alison. De forma sensível, houve uma pequena melhora. 

Apesar da má fase, não dá para colocar toda a culpa das más performances do time santista, apenas no centroavante. Seria muito injusto da minha parte, já que o meio de campo não municia o esforçado camisa 9, que não tem culpa dos valores que envolveram a sua negociação, quando veio do Internacional-RS. 

Pouco menos de 15 minutos do fim, Oswaldo de Oliveira colocou o único armador que ele tem no elenco - Lucas Lima. E não foi mera coincidência, mas foi do camisa 20 que havia acabado de entrar, o passe para a única finalização do alvinegro na segunda etapa - novamente efetuada por Gabriel.

A incapacidade ofensiva do Coritiba colaborou para que o pior não acontecesse. Se levar em consideração que o Santos jogou fora, foi dominado e levou duas bolas na trave, o resultado ficou de bom tamanho. Se a análise for feita em cima da competição, o ponto conquistado não foi o ideal, em razão dos dois perdidos contra o Sport-PE, semana passada, em casa.
"Não conseguimos a vitória, não perdemos. Não é de todo o mal”, disse Oswaldo Oliveira em entrevista coletiva.
Considerando que o Campeonato Brasileiro é de pontos corridos, tem 38 decisões, o alvinegro da Vila Belmiro não começa nada bem, com um aproveitamento de apenas dois pontos conquistados em seis disputados (33,3%). Está invicto, mas também não venceu nenhum jogo dos dois disputados.

No próximo sábado (3) às 18h30, o Santos faz seu último jogo na Vila Belmiro, antes da paralisação para a Copa do Mundo. O Peixe enfrenta o Grêmio-RS. Depois do dia 16 de Maio, o Estádio Urbano Caldeira será cedido pela FIFA, a Seleção da Costa Rica, que vai utilizar o local para os treinamentos para o Mundial.


FICHA TÉCNICA:
CORITIBA 0 X 0 SANTOS
Data: 26/4/2014
Local: Couto Pereira, em Curitiba (PR)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Cartões amarelos: Cicinho, Alisson e Stéfano Yuri (Santos), Luccas Claro, Zé Eduardo e Gil (Coritiba)

CORITIBA: Vanderlei; Victor Ferraz, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Baraka, Chico (Geraldo, aos 23'/2ºT), Gil e Robinho (Roni, aos 31'/2ºT); Zé Love e Julio César (Jajá, aos 8'/1ºT) – Técnico: Celso Roth.

SANTOS: Aranha, Cicinho, Jubal, David Braz e Emerson; Alison, Alan Santos e Cícero; Gabriel (Stéfano Yuri, aos 40'/2ºT), Thiago Ribeiro (Lucas Lima, aos 34'/2ºT) e Leandro Damião (Geuvânio, intervalo) - Técnico: Oswaldo de Oliveira.


NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
Aranha: Fez o seu papel. Foi bem, mas não teve nenhuma defesa que merecesse destaque - 6,5
Cicinho: Não reeditou os jogos em que apoia bastante - seu forte - 5,5
Jubal: O melhor da defesa. Bem colocado foi soberano no jogo aéreo - 7,0
David Braz: Falhou apenas em um lance na finalização em que o Coritiba chutou a primeira bola na trave. - 6,0
Emerson Palmieri: A exemplo do titular Mena, somente marcou durante 90 minutos. Perdeu ótima oportunidade de se firmar como dono da posição - 5,5 
Alison: A marcação forte e eficaz de sempre. É novo e pode amadurecer no passe, sua deficiência - 6,5 
Alan Santos:  Passes laterais apenas. Poderia aparecer como elemento surpresa, mas não o fez - 5,5
Cícero: Atuação muito discreta. Caiu assustadoramente de produção - 5,0 
Gabriel: O único que tentou algo na frente. Jogou quase sozinho no ataque e finalizou três vezes - 6,5
(Stéfano Yuri): Com os acréscimos, jogou apenas oito minutos - sem nota 
Thiago Ribeiro: Outro que também está devendo há algum tempo. Não produziu absolutamente nada. Limitou-se a colaborar na marcação - 4,5
(Lucas Lima): Onze minutos, mais os acréscimos. Sem condições de uma análise mais justa - sem nota 
Leandro Damião: Não consegue segurar uma bola no ataque. Foi dar uma rosca na bola novamente (a exemplo do que aconteceu contra o Ituano, na final do Paulista) e chutou o chão. Não dá para passar a mão em sua cabeça - Está muito mal. Porém, seria muita covardia da minha parte, imputar todos os problemas do time em suas costas - 4,5
(Geuvânio): Entrou no intervalo, mas longe do jogador que brilhou na fase de classificação do estadual - 5,0

Técnico: Oswaldo de Oliveira: Parece estar em dúvida na formação do time ideal. Preferiu melhorar a marcação para proteger a defesa, mas perdeu a força ofensiva. Demorou demais para colocar um homem de armação - 5,0



Arena Amazônia


A CBF atendeu o pedido do Princesa do Solimões-AM e remarcou o jogo contra o Santos do modesto estádio do Sesi (capacidade para apenas 4.000) para a Arena da Amazônia, um dos palcos da próxima Copa do Mundo, localizado em Manaus, no dia 8 de Maio, em duelo válido pela partida de ida da segunda-fase da Copa do Brasil.


  

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