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| Publicado às 03:06 desta quinta-feira, 20 de novembro de 2025 |
O Santos desperdiçou (mais uma) chance de se desvencilhar da zona de rebaixamento de vez. Uma vitória sobre o Mirassol faria com que o Peixe deixasse de ser porteiro da zona para subir uma colocação, mas não aconteceu. Para mais de 14 mil torcedores presentes na Vila Belmiro, o placar terminou em 1x1 com gols de Neymar e Reinaldo (pênalti).
Conforme trazido com absoluta exclusividade pelo BLOG DO ADEMIR QUINTINO em live pré-jogo, realizada na AQTV, o técnico Vojvoda faria apenas uma mudança em relação ao time que venceu o Palmeiras na rodada anterior - e não era o retorno de Luan Peres que apenas iniciou no banco.
Lautaro Díaz foi novidade na vaga de Guilherme, que chegou a 11 jogos de jejum e ficou como opção para a segunda etapa.
Era temerário começar o jogo com o mesmo meio-campo experiente que deu certo contra o Palmeiras. O Mirassol conta com um meio-campo muito mais móvel do que físico, que por característica não gosta de ver a bola com o adversário.
A estratégia do Peixe era clara. Marcar com nove jogadores, sendo uma linha de quatro na defesa e uma de cinco à frente, com Neymar espetado e isolado na frente. Inicialmente deu certo, já que o camisa 10 abriu o placar num contra-golpe mortal aos três minutos de jogo.
As saídas em velocidade aconteceram em outras oportunidades, com Igor Vinícius, Souza, Barreal e até Lautaro, mas sempre esbarrando na qualidade do último passe, ou na tomada de decisão, que em 90% das vezes era errônea.
Se estivesse com um meio-campo mais jovem e móvel, não tenho dúvidas que o Peixe poderia ter mais o controle do jogo (44% de posse de bola no primeiro tempo em casa é preocupante para dizer o mínimo) e ter mais oportunidades criadas. Os ataques começavam na Páscoa para terminarem no Ano Novo, tamanha lentidão.
No segundo tempo o cenário mudou para pior, já que o Santos abdicou completamente do jogo e até os 25 minutos limitou-se em ataque dos visitantes contra a defesa dos mandantes. Tanto que aos 14, Reinaldo decretou o empate marcando de pênalti.
A partir dos 30 minutos o jogo começa a mudar de figura. Robinho já estava em campo e naquele momento entraram Rollheiser e Mayke. O camisa sete levou perigo ao gol adversário, assim como o lateral-direito, que deu passe ao menino no lance citado e que deixou Neymar na cara do gol nos acréscimos.
Para não deixar passar batido: Vojvoda colocar Bontempo apenas aos 35 minutos é brigar com o campo. O Menino da Vila foi o segundo volante que menos teve minutos sob o comando do treinador argentino, mesmo anteriormente já ter sido titular absoluto. O pior é a explicação para tal decisão.
"Ele ia entrar antes, mas tivemos a situação do Igor Vinicius. Jogou 16 minutos. Eu tenho três janelas, não posso fazer ou ficar sem troca faltando 30 minutos, tendo jogado três dias antes. Se não, corro risco de ficar com dez jogadores. Há que manejar e ter equilíbrio", disse o treinador.
Que então ele colocasse o camisa 49 junto com Robinho - e não Guilherme.
Por conta desse empate e mais um desperdício de pontos no campeonato, o jogo de segnda-feira (24) contra o Internacional no RS se torna crucial para as pretensões do Peixe no campeonato. Os gaúchos ainda jogam nesta quinta-feira (20) e o Vitória, na rodada que Santos e Colorado se enfrentam, pega o já rebaixado Sport.
O Inter não vence há um mês.
SANTOS: Gabriel Brazão; Igor Vinicius (Mayke, aos 24’/2ºT), Zé Ivaldo Adonis Frías e Souza; Willian Arão, João Schmidt (Rollheiser, aos 24’/2ºT) e Zé Rafael (Gabriel Bontempo, aos 34’/2ºT); Barreal (Robinho Jr, aos 15’/2ºT), Neymar e Lautaro Díaz (Guilherme, aos 15’/2ºT).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
MIRASSOL: Walter; Lucas Ramon, João Victor, Jemmes e Reinaldo; José Aldo (Neto Moura, aos 37’/2ºT), Danielzinho e Gabriel (Guilherme, aos 37’/2ºT); Negueba (Carlos Eduardo, aos 24’/2ºT), Alesson (Shaylon, aos 24’/2ºT) e Cristian (Chico da Costa, aos 20’/2ºT).
Técnico: Rafael Guanaes
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| Zé Ivaldo está suspenso pelo terceiro amarelo e não pega o Inter |
Brazão - Fez apenas uma boa defesa no segundo tempo, mas o lance já estava parado por impedimento. - 6,0
Igor Vinícius - Acertava sempre 99,9% da jogada, mas pecava na tomada de decisão. - 6,0
Adonís - Começou perdido no jogo aéreo, mas depois se encontrou e voltou a fazer uma boa partida. - 6,0
Zé Ivaldo - Pelo segundo jogo consecutivo o melhor da defesa Santista. Venceu sete dos nove duelos disputados, teve três desarmes e desempenhou bem com a bola. - 6,5
Souza - Melhor do que no clássico, pois enquanto teve perna, finalizou com perigo e ainda deixou Barreal na cara do gol em oportunidade perdida pelo argentino. - 6,0
Arão - Maravilhoso na leitura de jogo. Sabe a hora de ser volante e de ser terceiro zagueiro. Não tem muita velocidade, mas conhece os atalhos. - 6,5
Schmidt - Jogando avançado na segunda linha de meio-campo fica sem função. Não tem culpa por isso, mas é uma questão de característica. Tem bom passe, mas é nítido que não está confortável ali. - 5,0
Zé Rafael - Liderou o jogo em desarmes. Sabe sair da fogueira como poucos. - 7,0
Barreal - Oscilou demais durante o primeiro tempo e foi bem substituído aos 16 do segundo. Finalizou com perigo aos 36 minutos, mas também perdeu grande chance após cruzamento de Souza. - 5,5
Lautaro - Ninguém tem dúvida do seu esforço, porque acompanha lateral, faz bem a pressão alta, mas tem muita dificuldade com a bola. Foi menos participativo. - 5,0
Neymar - O primeiro tempo foram seus melhores 45 minutos na temporada, apesar de ainda bem abaixo fisicamente. Assim como no gol, ele quem comandava os contra-ataques. Novamente menos nervoso e mais líder. Teve ótima postura de apoiar Souza após jogada individual do Menino da Vila. Chegou atrasado e cometeu pênalti em Reinaldo. - 7,5
Guilherme - Entrou no lugar de Lautaro. O nível não subiu, nem caiu. - 5,0
Robinho - Quando o Santos passou a ter mais a bola, após os 25 minutos começou a aparecer. Finalizou com muito perigo após jogada individual aos 39 minutos. Aos 46 fez ótima jogada com Bontempo e Souza que originou finalização e escanteio. Tem que ser titular. A bola não queima. - 6,5
Rollheiser - Novamente entrou bem o argentino. Apesar de menos objetivo do que no clássico, fez boas dobradinhas com Robinho. - 6,0
Mayke - Não vive bom momento, mas entrou muito bem. Jogou apenas 26 minutos, mas deixou Neymar e Robinho na cara do gol. - 6,5
Bontempo - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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