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| Publicado às 01:38 desta quinta-feira, 16 de outubro de 2025 |
Jogar clássico tem que ser dessa forma, com atitude, imposição e nível competitivo lá no alto. Dessa maneira, o Santos conseguiu, nessa quarta-feira (15), sua primeira vitória contra o Corinthians na temporada - eram três derrotas em três partidas. Para decretar o placar de 3x1, Zé Rafael, Barreal e Rollheiser marcaram para o Alvinegro de Vila Belmiro, enquanto o da capital diminuiu com Raniele.
Apesar de ter treinado com Bontempo e até Robinho Jr. no time titular, Vojvoda optou por Barreal começando o jogo na vaga do lesionado Rincón. Na defesa, Luan Peres retornou no lugar de Alexis Duarte, presente na Data FIFA pelo Paraguai.
Mais uma vez o mérito vai total ao treinador argentino. A preferência da opinião popular (inclusive a minha) era pela entrada de Bontempo pelo lado direito do losango, mas a escolha do camisa 22 foi certeira. Sai dos pés dele o escanteio do primeiro gol, aos três minutos, e depois ampliar com uma pintura.
A imposição que os Santistas colocaram desde o minuto zero foi o diferencial para o verdadeiro amasso que foi o primeiro tempo. A vontade era tamanha que com cinco minutos o Peixe já havia cometido três faltas por atraso e Barreal já estava amarelado. Melhor pecar pelo excesso do que pela omissão, como aconteceu no Ceará.
"A principal coisa foi a atitude e a agressividade para a pressão. O contágio dos jogadores e da torcida. Futebol tem coisas táticas, mas muitas vezes há outras coisas tão importantes quanto. Essa atitude e essa vontade de jogar futebol é muito mais que tática. Parabenizo a todos os jogadores", disse Vojvoda.
Nos 45 minutos iniciais foi uma pressão avassaladora. A posse maior era dos visitantes, mas de forma inofensiva. O time da Vila alugou o terreno do meio-campo e dominou aquela região, já que Bidon não marca, Raniele cobria as subidas de Matheusinho e o volante Maycon não é veloz o suficiente para jogar contra os quatro homens do Santos.
No intervalo, o rival volta com duas alterações desfazendo o esquema de três zagueiros e reforçando o meio-campo. Não foi o suficiente. No sexto minuto da etapa final o árbitro assinalou pênalti em cima de Zé Rafael e Rollheiser voltou a marcar após cinco meses.
Dali em diante, os paulistanos até diminuiram poucos minutos depois, colocaram seus principais jogadores, mas não foi suficiente. Era muito grande a competitividade dos Santistas, que encararam o jogo como uma verdadeira final. Todos os jogos tem que ser encarado dessa maneira.
Para não dizer que não falei da parte vazia do copo, a bola aérea tem se tornado mais uma vez uma preocupação para o lado Alvinegro. Nos últimos quatro jogos, o time de Vojvoda tomou gol dessa maneira.
Serão quatro dias de treinamentos até a próxima partida, na segunda-feira (20), contra o Vitória, mais uma vez na Vila Belmiro. Schmidt estará suspenso e não enfrenta a equipe que abre o Z4. O Peixe abriu seis pontos dos soteropolitanos, que ainda jogam na rodada.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 3X1 CORINTHIANS
Gols: Zé Rafael aos 3 e Barreal aos 38 minutos do primeiro tempo – Rollheiser aos 9 minutos do segundo tempo (SAN); Raniele aos 12 minutos do segundo tempo (COR)
SANTOS: Gabriel Brazão; Igor Vinícius, Adonis Frías, Luan Peres e Escobar; João Schmidt, Zé Rafael (Willian Arão) e Barreal (Gabriel Bontempo); Rollheiser (Victor Hugo), Guilherme (Caballero) e Lautaro Díaz (Robinho Jr.).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
CORINTHIANS: Felipe Longo; Matheuzinho, João Pedro, Gustavo Henrique e Fabrizio Angileri (Memphis); Hugo (André) (Dieguinho), Raniele, Maycon (Garro) e Breno Bidon; Gui Negão (Kayke) e Yuri Alberto.
Técnico: Lucas Silvestre
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| Vojvoda tem duas vitórias e ambas em clássicos |
Brazão - O lance do gol foi uma cabeçada muito rápida e para o chão. Indefensável. Pouco trabalhou. - 6,0
Igor Vinícius - Muita volúpia e muito ligado no jogo. Caiu na segunda etapa. - 6,0
Adonís - Primeiro tempo muito seguro, o que não se repetiu na etapa final. - 6,0
Luan Peres - Chegará em casa tirando Yuri Alberto do bolso. Um dos melhores centroavantes do país não se criou no mano a mano com o camisa 14. Uma das melhores partidas no ano do zagueiro. - 8,0
Escobar - Matheusinho não se criou nas costas do argentino em nenhum momento do jogo. Não peça para acertar um cruzamento, não vai acontecer. - 6,0
Schmidt - Dominou completamente o meio-campo. Bem na pressão alta, bem na ocupação de espaços no bloco baixo e maravilhoso na distribuição das jogadas. Deu a assistência para o gol de Barreal. - 8,0
Zé Rafael - Se 70% da terra é coberta por água, os outros 30% quem ocupa é o "Trem Bala da Baixada". Bem na marcação com três desarmes, marcou o primeiro gol e sofreu o pênalti do terceiro. - 8,0
Barreal - Vive altos e baixos e no clássico esteve no alto. Muita vontade desde o início, levando inclusive cartão cedo. Marcou um gol digno de placa e deu a assistência para a abertura do placar. - 8,0
Rollheiser - Tomadas de decisão equivocadas, mas outras corretas. Voltou a marcar após seis meses. Tecnicamente é maravilhoso e se melhorar as escolhas, pode se tornar o melhor jogador do time. - 6,5
Guilherme - Muito acionado e foi bem quando recebia passes no ponto futuro. - 6,5
Lautaro Díaz - Assim como Rollheiser, oscilou nas tomadas de decisão. Tecnicamente abaixo. - 6,0
Bontempo - Ainda sem ritmo. Com sequência, pode ser titular natural do time. - 6,0
Victor Hugo - Entrou para fechar o corredor pela direita. Bem no jogo aproximado e na parte tática. - 6,5
Robinho Jr. - SEM NOTA
Arão - SEM NOTA
Caballero - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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