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Publicado às 01:14 desta segunda-feira, 22 de setembro de 2025 |
Vojvoda nunca perdeu para o São Paulo. Com a manutenção da sina, agora são sete vitórias em 14 jogos para o argentino contra a equipe tricolor. Além disso, o Alvinegro mantém um tabu positivo contra seu rival na Vila por Brasileiros, já que não perde desde 2009. Guilherme marcou o único gol que deu a vitória ao Santos.
O comandante precisou fazer três mudanças no time titular. Igor Vinícius e Zé Ivaldo estavam suspensos. Mayke foi o escolhido para a lateral-direita e Adonís Frías pela primeira vez foi titular no novo clube, sendo o quinto jogador diferente a atuar pelo lado destro do miolo de zaga.
Já na função de meia-armador, Rollheiser voltou de suspensão e entrou no lugar de Neymar. O camisa 10 foi diagnosticado com uma lesão no reto femoral da coxa direita e ficará de fora dos próximos quatro jogos no mínimo, sendo muito otimista. É a quarta lesão muscular do craque pós LCA, sendo a terceira como jogador do Peixe.
Mostrando que é um treinador com variação, Vojvoda dispôs seus jogadores de uma forma diferente do jogo contra o Atlético-MG. Time concentrava muitos jogadores pelo lado esquerdo para que Mayke e Rollheiser recebessem, respectivamente, na direita e por dentro no mano a mano.
Isso aconteceu ainda mais quando Barreal entrou na vaga de Victor Hugo já na primeira etapa aos 23 minutos. Conforme trouxemos com absoluta exclusividade na live SETORISTAS FC da AQTV, o argentino foi testado como meio-campo pela esquerda durante a semana.
Com a alteração, Zé Rafael passou a cobrir o corredor direito ao lado de Mayke.
"A estratégia foi se defender sem a bola com um ponta como o Guilherme, que entende bem a parte tática. Depois, com a lesão do Vitor Hugo, mudamos o Zé Rafael porque o Barreal tem uma predisposição defensiva melhor pela esquerda do que pela direita. Ficamos com Rollheiser e Lautaro, fechamos o time porque precisávamos da força física do Tiquinho e do Thaciano. Fizemos um gol, um bonito gol em uma boa jogada. Tivemos posse, controle dos espaços", disse o treinador.
Só nos primeiros 45 minutos foram 12 finalizações (contra uma do rival) e 56% de posse de bola. Foram três milagres do goleiro adversário - sem contar as tomadas de decisão erradas do ataque Santista.
Na segunda etapa, apesar de ter aberto o placar com Guilherme aos 59 minutos a e finalizado mais que seu rival, o Santos diminiui sua posse de bola - chegando a 33%. Apesar do controle do rival, Brazão foi pouquíssimo exigido.
Aliás, é incrível como atual comissão técnica tem feito o melhor goleiro do país trabalhar menos durante o jogo. Dos três jogos de Vojvoda, eu não conto quatro milagres do seu guarda-redes, algo que era comum em apenas uma partida com outros técnicos.
Treinador bom é aquele que abre mão das suas convicções para valorizar o melhor de cada jogador. O que Vojvoda tem feito com atletas como Schmidt, Zé Rafael e por um jogo Rollheiser, nenhum treinador conseguiu. Eram peças questionáveis pelo torcedor e agora são cotados como titulares absolutos.
O próximo domingo (28), às 18h30, é a data do jogo seguinte do Santos, que agora abriu quatro pontos do Vitória, primeiro colocado do Z4, com um jogo a menos. O Bragantino, em Bragança Paulista, será o adversário. Escobar está suspenso e não joga. Igor Vinícius e Zé Ivaldo retornam.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 0 SÃO PAULO
Local: Vila Belmiro, Santos (SP)
Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (PE)
Cartões amarelos: Adonis Frías, Escobar, Gabriel Brazão (Santos), Rodriguinho, Luciano, Rigoni (São Paulo)
GOLS: Guilherme, aos 14 minutos do 2º tempo (Santos)
SANTOS: Gabriel Brazão; Mayke, Adonis Frías, Luan Peres e Escobar; João Schmidt, Zé Rafael, Victor Hugo (Barreal) e Rollheiser (Thaciano); Guilherme (Rincón) e Lautaro Díaz (Tiquinho Soares).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
SÃO PAULO: Young; Rafael Tolói, Negrucci e Sabino; Maílton, Alisson, Luan (Marcos Antônio), Rodriguinho (Bobadilla) e Wendell (Enzo Díaz); Ferreirinha (Luciano) e Dinenno (Rigoni).
Técnico: Hernán Crespo
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Escobar tem muita disposição e voltou a jogar bem |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Brazão - Pela pancada que levou na testa no último jogo, foi impressionante como foi acionado e respondeu positivamente quando precisou ser goleiro líbero. - 6,5
Mayke - Quando Zé Rafael encostou para ajudá-lo acabou a festa na esquerda do ataque adversário. Apareceu muito para jogar por dentro, mas pecou nas tomadas de decisão. - 6,0
Adonís Frías - Demorou para se encontrar no jogo, inclusive falhando num lance parecido com o gol do Atlético-MG no último jogo. Melhorou e saiu dos pés do argentino, a jogada de abertura do placar. - 6,0
Luan Peres - Chegará em casa e vai tirar do bolso: celular, chave do carro, carteira, o Dinenno e o Rigoni. - 7,0
Escobar - O bom lateral Maílton vai sonhar com o argentino, que não para de correr um minuto. Ganhou 9/10 duelos e liderou os desarmes entre todos os jogadores (cinco). - 7,5
Schmidt - Jogar com mais três homens de meio-campo valoriza seu futebol. Mais um bom jogo do camisa cinco. - 6,5
Zé Rafael - Uma parte do mundo é coberta por água, a outra é pelo camisa seis. Como corre em campo. Começou como volante pela esquerda e terminou como ponta-direita. Não tem "cacoete" de ponta, mas sem a bola foi maravilhosamente bem. - 7,0
Victor Hugo - Saiu com 23 minutos. - SEM NOTA
Rollheiser - Fez seu melhor jogo no Brasileirão. Deu a assistência para o gol de Guilherme e obrigou o goleiro Young a realizar um milagre na primeira etapa. Não se omite em momento algum. - 7,5
Guilherme - Assim como Rollheiser, não se omite do jogo, mas estava mais discreto que o argentino. Artilheiro soberano do time com 13 gols no ano. - 6,5
Lautaro - É o Escobar do ataque. Muita disposição. Muito exigido na bola longa e respondeu de forma muito satisfatória. - 6,5
Barreal - Fazer um jogo mais aproximado valoriza seu futebol. Taticamente bem, nem tanto assim na parte técnica. - 6,0
Tiquinho - Poderia ter matado o jogo, mas faltou capricho. - 5,5
Thaciano - Não entrou bem como no último jogo, quando jogou mais recuado. - 5,0
Rincón - Entrou com 20 pulmões. Cobriu bem os espaços. - 6,0
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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