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Publicado 00:11 desta terça-feira, 23 de julho de 2024 |
(*) Pedro La Rocca
Abrindo larga vantagem para a quinta colocação, o Peixe segue 100% na Vila. A vítima? Coritiba, que levou uma sapatada de 4x0 contra um Alvinegro que sequer se esforçou para furar a defesa rival. Giuliano, Maurício Antônio (contra), Furch e Pedrinho anotaram a placa em Urbano Caldeira.
O Santos não ficava sete partidas consecutivas sem perder desde setembro\20, sob o comando de Cuca.
Carille só fez uma mudança: Giuliano voltou de lesão na vaga de Serginho. Troca essa que durou apenas 26 minutos, porque o meia voltou a sentir e pediu para sair.
Com oito minutos a fatura já estava liquidada, vide a péssima qualidade e fase do coxa que agora acumula seis partidas sem vencer.
O alto e rápido placar acabou com a estratégia do visitante de ter três zagueiros.
Com três minutos, Otero cobrou linda falta na "furquilha" canhota e no rebote Giuliano abriu o placar.
Demorou cinco minutos para a conta ampliar. Guilherme trouxe da esquerda para o meio e contou com o desvio de Maurício Antônio para marcar o segundo, indiciando o quão fácil seria a partida.
Se o torcedor esperava espetáculo, não teve. O técnico Fábio Matias desfez o esquema com três zagueiros e passou a jogar com três homens de meio. Isso mais uma vez complicou os volantes do Peixe que estão em desvantagem de 2x3.
Os visitantes fizeram pelo menos duas triangulações que terminaram em grandes defesas de Brazão.
O time de Vila Belmiro esperava os contra-ataques, mas nas poucas oportunidades - desperdiçou.
No segundo tempo, o Peixe caiu de 50 para apenas 39% de posse de bola, mas soube se proteger na defesa, tanto que o goleiro Santista só voltou a trabalhar nos últimos lances da partida.
Curiosamente, foi num contra-ataque que Guilherme sofreu pênalti aos 25 minutos e Furch marcou o primeiro da etapa complementar.
Oito minutos depois, Pedrinho aproveitou falta de Otero e decretou a goleada em Urbano Caldeira.
Diferente de partidas como Goiás, Botafogo-SP e Novorizontino, o time de Fábio Matias era muito frágil nas laterais do campo - principal válvula de escape do time de Carille.
O Santos estará na série A em 2025 se nenhum iceberg atrapalhar o navegar do barco, porque com uma folha de R$11,5 milhões é o mínimo que se espera e está acontecendo. Se tática é pouca, a diferença técnica é enorme e, por isso, o Alvinegro já caminha a passos largos para o retorno ao lugar que é seu por direito e que lhe tiraram temporariamente.
Teve 58% de aproveitamento em chutes (17 no total e 10 no gol), 91,8% em passes, provando que, quando o time está bem tecnicamente, a chance de vitória cresce muito.
Por essa diferença técnica que o Alvinegro venceu todas na Vila e é líder do campeonato.
O próximo compromisso será no domingo na bela Alagoas, contra o CRB, no Estádio Rei Pelé. A bola rola às 18h30min.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 4 X 0 CORITIBA
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (CE)
Cartões amarelos: Natanael e Pedro Morisco (Coritiba)
Público: 11.928 torcedores
Renda: R$ 547.525,00
GOLS: Giuliano, aos 3' do 1ºT (Santos); Guilherme, aos 8' do 1ºT (Santos); Furch, aos 27' do 2ºT (Santos); Pedrinho, aos 35' do 2ºT (Santos)
SANTOS: Gabriel Brazão; JP Chermont, Jair, Gil e Escobar (Souza); João Schmidt, Diego Pituca (Sandry) e Giuliano (Serginho); Otero, Guilherme (Pedrinho) e Furch (Willian Bigode).
Técnico: Fábio Carille
CORITIBA: Pedro Morisco; Marcelo Benevenuto (Éberth), Mauricio Antônio e Bruno Melo; Natanel (Jhonny), Morelli (Vini Paulista), Matheus Frizzo (Figueiredo), Sebastian Gómez e Rodrigo Gelado; Lucas Ronier e Robson (Wesley Pomba).
Técnico: Fábio Matias
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Giuliano fez gol, mas mais uma lesão muscular preocupa |
Brazão - Fez três defesas no estilo futsal, cara a cara, e uma no canto esquerdo baixo. Só não foi o melhor em campo, porque o ataque "fez chover". - 8,0
Chermont - As duas jogadas do coxa no primeiro tempo foram do seu lado. Precisa evoluir na defesa, mas tem capacidade para tal. No segundo tempo, fez um bom jogo. Participativo e bem no apoio. - 6,0
Jair - Quando precisou foi muito bem, dando até chapéu. Venceu nove de 10 duelos. - 7,0
Gil - Como sempre seguro. Foi menos participativo que Jair - 6,5
Escobar - Foi ainda mais voluntarioso. Cresceu de acordo com o time, mas cansou no segundo tempo. - 6,5
Schmidt - Fez várias coberturas perfeitas e só errou quatro de 43 passes. Assim como outros, fez seu grande jogo na série B. - 7,0
Pituca - Cansou no segundo tempo. Esse não sabe dosar na corrida, isso é bom em vários momentos, mas pode cadenciar. - 6,0
Giuliano - Mesmo com 26 minutos em campo, deixou o seu e ainda acertou a trave. Soube aproveitar os buracos entre os zagueiros do adversário. - 6,5
Otero - O cara do jogo. Foi um show a parte. Falta na trave no primeiro gol, assistência no quarto, caneta e sem contar a participação nos outros dois tentos. Cresceu muito na bola parada. - 8,5
Furch - Não está bem fisicamente, mas voltou a deixar o seu gol, mesmo que de pênalti. Por muitas vezes, não conseguiu chegar em passes curtos. - 6,5
Guilherme - Com mais confiança, chutou para o segundo gol, que marcaram contra e iria fazer um tento de placa, mas Morisco lhe fez pênalti. - 7,0
Serginho - Para esse jogo em específico, o segundo atacante era mais vantajoso, pela fragilidade da defesa adversária. - 5,5
Pedrinho - Marcou o quarto gol, mas novamente foi pouco participativo, isso porque o Santos abdicou de jogar na reta final. - 6,0
Bigode - Recebeu apenas quatro passes. - SEM NOTA
Souza - SEM NOTA
Sandry - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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