ESTREANTE NA SÉRIE B TIRA 100% DO PEIXE

Publicado às 20:42 deste sábado, 11 de maio de 2024
(*) Pedro La Rocca

Eram 10 jogos sem derrotas na Amazônia. Eram três vitórias em três jogos na série B. Até chegar o Amazonas - estreante na competição. O time da casa venceu o Peixe por 1x0 com gol de Ênio, venceu pela primeira vez no campeonato nacional e saiu da zona de rebaixamento. O Sport venceu e agora é líder isolado a três pontos do Santos.

O técnico Fábio Carille tinha oportunidade de repetir a escalação pela terceira vez consecutiva, pela primeira vez no ano. Isso não aconteceu - Gil foi poupado com dores no adutor, como informou o BLOG do ADEMIR QUINTINO, e Alex tomou a vaga.

O erro começou na escalação. Jair certamente, se as lesões não atrapalharem, será um dos grandes da posição no futuro, e por que é preterido em relação ao Alex?

O zagueiro e seu companheiro Joaquim deram tapete vermelho para Ênio carregar do meio até a área e mandar uma pancada no gol de João Paulo.

O gol aconteceu aos 18 minutos. Antes, o Alvinegro chegou com Giuliano no primeiro minuto e logo depois com Morelos, não chutou nas duas oportunidades. 

Contra Paysandu, Avaí e Guarani a bola perdoou os primeiros 20 minutos ruins do Peixe. Contra o Amazonas, ela puniu feio.

Depois de abrir o placar, o técnico Adilson Batista fechou a sua equipe num 5-4-1 que virava 6-3-1 em determinados momentos e voltemos naquela história: o Santos de 2024 não sabe propor jogo e é acéfalo de ideias.

A primeira finalização veio aos 32 minutos, com um voo levantado por Guilherme. Isolou. Foram 10 finalizações no total, duas no gol, contra uma defesa que nas três primeiras rodadas tinha média de dois gols sofridos por jogo. 

Carille voltou para o segundo tempo com três mudanças: Patrick (o pior em campo), Rincón e Rodrigo Ferreira entraram nas vagas de Otero, Schmidt e Chermont, respectivamente.

Perdendo um jogo, o segundo tempo oportunizou UMA das 10 finalizações do clube de Vila Belmiro. 

Preocupante a lentidão da equipe Santista. Para bola chegar de uma lateral à outra, dá para o torcedor assistir um filme completo que a "redonda" não terá chego.

Espero que alguém cobre comissão e jogadores do Peixe ter três atletas de defesa entre os quatro que mais tocaram na bola.

Continuo com a convicção de que o Santos vai conseguir subir à elite com o "pé nas costas", mas contando que essa atuação não volte jamais a se repetir.

O Santos entrará numa forte sequência, porque enfrenta a Ponte Preta na quarta-feira (15), fora de casa. No domingo (19), recebe o Brusque. Se quiser ser campeão, precisa voltar a vencer. 

FICHA TÉCNICA
AMAZONAS FC 1 X 0 SANTOS

Local: Estádio da Amazônia, em Manaus (AM)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira
Cartões amarelos: Jô (Amazonas)

GOLÊnio, aos 18 minutos do 1°T (Amazonas)

AMAZONAS:  Marcão; Patric, Miranda, Diogo Silva e Fabiano; Wendell (Pará), Guilherme Xavier e Rafael Tavares (Diego Torres); Ênio (Igor Bolt), Jô (Rubens) e Matheus Serafim (William Barbio).
Técnico: Adilson Batista

SANTOS: João Paulo; JP Chermont (Rodrigo Ferreira), Alex Nascimento, Joaquim (Willian Bigode) e Escobar; João Schmidt (Tomás Rincón), Diego Pituca e Giuliano (Weslley Patati); Otero (Patrick), Morelos e Guilherme
Técnico: Fábio Carille
Carille errou na escalação e nas substituições

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS 

João Paulo - Não falha no gol. Fez duas boas defesas difíceis. - 6,0

JP Chermont - Não foi brilhante como vimos em outrora, mas não foi tão mal para sair no intervalo. A única jogada de triangulação do Peixe saíram dos seus pés. - 5,0

Joaquim - Deu caminho livre para o adversário carregar e abrir o placar. Não se comunicou com Alex. - 4,0

Alex - Apertou as teclas K e H junto com Joaquim no lance do gol. Não foi mal nos passes, mas ao contrário de Joaquim, que às vezes é zagueiro, zagueiro demais, ele é de menos Levou um baile de Jô, que cavou três faltas de costas para cima do camisa dois. - 4,0

Escobar - Atleta que mais tocou na bola durante o jogo e não foi efetivo. Teve 40% de aproveitamento no cruzamento. 19 perdas de posse de bola. - 3,0

Schmidt - Outro que não merecia a saída no intervalo, apesar de ainda não estar no nível do Paulistão. O gol saiu na sua principal carência - bola nas costas, ou passe entrelinhas - como queira. - 4,5

Pituca - Assim como seu companheiro de meio-campo, lento para fazer a bola trocar de corredor e pouco inspirado na criação. Pituca mal, time mal. - 4,5

Giuliano - Perdeu uma grande chance no primeiro minuto, depois sumiu do jogo. Pela postura do Amazonas, precisava buscar mais o jogo. - 3,5

Otero - Quinta partida seguida que não produz. Jogou mais por dentro do que aberto para abrir espaço para o Chermont. Sinto falta dele próximo do gol. - 4,0

Morelos - Órfão de pai e mãe. Nem tem como avaliar direito. - 5,0

Guilherme - Pouquíssimo inspirado. Não levou uma no fundo para cruzar. Me pareceu bem abaixo fisicamente. - 4,5

Patrick - Um lance em que ele domina errado diz tudo. Jogou pelas três faixas do campo, perdeu fisicamente em todas, naquela que era sua principal valência em outros tempos. - 2,0

Rodrigo Ferreira - Fez um gol que estava impedido. Ainda se movimentou de forma interessante, vindo jogar por dentro, mas nada que mudasse o coletivo. - 4,5

Rincón - Inaceitável que o "capitão", com 36 anos, corra tanto errado assim. Permaneceu a lentidão no meio-campo, porém ainda foi prejudicado, porque ninguém aproximava. - 4,0

Patati - Foi água no deserto, perto do restante do time. Não pode ficar fora do banco. - 5,0

Bigode - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte. 

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