Publicado às 23:24 deste domingo, 03 de março de 2024 |
(*) Pedro La Rocca
Depois de vencer o São Bernardo sob apoio do seu torcedor, o Santos foi à Bragança Paulista, e perdeu a oportunidade de garantir a segunda colocação na classificação geral do estadual. O Alvinegro de Vila Belmiro sofreu gol de Eduardo Sasha, aos 21 minutos da primeira etapa e perdeu por 1x0.
Hayner voltou de suspensão e tomou a vaga de Felipe Jonatan na lateral-esquerda e, depois de quatro rodadas amargurando um time sem armador, Cazares voltou a ser opção para Carille e tomou a vaga do suspenso Otero.
De um lado uma equipe que joga junto (com o mesmo treinador) desde janeiro\23 e joga em casa sem perder há oito partidas (agora nove). Do outro, uma reformulação com 14 contratações, nova diretoria e novo treinador.
Quem iria propor jogo? Óbvio que o time do interior. Mas o Santos tinha opções para ganhar o jogo.
Um exemplo dado na live pré-jogo realizada no último sábado (02), foi encontrar as costas da defesa adversária, que tinha o improvisado Luan Cândido jogando por ali. Guilherme e Pedrinho não produziram NADA! NADA! Mas por outro lado, também foram pouco “pifados” pelo meio Santista.
O time Bragantino tem uma das melhores movimentações ofensivas do futebol Brasileiro e, quando fez seu gol, tinha o lateral e o ponta-direita por dentro e o segundo volante aberto pela direita. Pituca ficou contra dois no meio e Sasha foi encontrado fazendo o facão.
Novamente fazendo o 4-2-4 no segundo tempo, apesar do volume de jogo, o time fez, pela primeira vez no ano, dois tempos muito abaixo tecnicamente. Por que com dois centroavantes os pontas cruzaram só 15 vezes? A única chance do Santos foi com Schmidt nos acréscimos.
O Alvinegro passou grande parte do segundo tempo com um a mais e mesmo assim permaneceu a dificuldade de criação. O Bragantino marcou num 4-4-1 e Carille não tinha opções para colocar nas costas dos volantes. Problema de criação do time é evidente.
Entendo que Giuliano em algum momento vai voltar e Cazares vai voltar ao ritmo com o tempo, mas e se as lesões de ambos forem recorrentes durante o ano? Não vejo Miguelito pronto para assumir essa responsabilidade.
Nesta situação, vou na contramão do que pensa e já externou o Carille, de que o Peixe não precisa de mais meias. Concordo com ele, quando diz que precisa de um zagueiro e um ponta-direita, mas um meia também é necessário.
Volto a ressaltar a diferença de entrosamento, mas há outro ponto. Time do Bragantino ganhava TODOS os duelos físicos. Mas tem explicação. 24,9 x 29 na média de idade.
Nem muito ao céu, nem muito ao mar. Quando o time era líder geral não achava que era o melhor futebol do mundo e nem agora, quando está abaixo, vejo como o pior de todos. Mas é preciso ligar o sinal de alerta para o mata-mata.
O Santos volta a campo no próximo domingo (10), para fechar a primeira fase contra a Inter de Limeira. O jogo será às 16h, em Vila Belmiro.
FICHA TÉCNICA
RB BRAGANTINO 1 X 0 SANTOS
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP)
Árbitro: Fabiano Monteiro dos Santos
Cartões amarelos: Jadsom, Vitinho, Thiago Borbas e Cleiton (Red Bull Bragantino); Aderlan (Santos)
Cartões vermelhos: Luan Cândido e Thiago Borbas (Red Bull Bragantino)
Gols: Eduardo Sasha, aos 22 do 1ºT (RedBull Bragantino)
RB BRAGANTINO: Cleiton; Nathan Mendes, Lucas Cunha, Luan Cândido e Juninho Capixaba; Jadsom, Gustavinho (Eric Ramires) e Lincoln (Léo Realpe); Helinho (Guilherme Lopes), Vitinho (Ignacio Laquintana) e Eduardo Sasha (Thiago Borbas)
Técnico: Pedro Caixinha
SANTOS: João Paulo, Aderlan (Felipe Jonatan), Gil (Tomás Rincón), Joaquim e Hayner; João Schmidt, Diego Pituca (Nonato) e Cazares (Weslley Patati); Guilherme, Morelos e Pedrinho (Julio Furch)
Técnico: Fábio Carille
O meia não voltou bem |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
João Paulo – Não teve culpa no gol adversário e pouco foi exigido. – 5,5
Aderlan – Fez mais uma partida regular. Não compromete e ajuda na saída de bola. – 6,0
Gil – Bem na saída de bola, mas faltou velocidade para pegar Sasha na hora do gol. Não foi o único culpado e nem o maior deles. – 4,5
Joaquim – Mal posicionado no gol adversário. Não gostei do camisa seis, que é bom e promissor, mas não foi bem no interior Paulista. Sem contar que a concentração estava em qualquer lugar, menos em Bragança. – 4,0
Hayner – Fez bons primeiros 15 minutos, mas depois não mostrou a explosão que conhecemos. Tem problemas defensivos e o Santos voltou a sofrer um gol pelo seu lado da defesa. – 4,5
Schmidt – Está com CK elevado. Pode justificar a queda no rendimento. Apagado em campo. A bola tem passado pouco por ele na saída de bola. – 4,5
Pituca – Sobrecarregado na hora do gol. Partida razoável. – 5,0
Cazares – O meia que em 45 minutos toca 24 vezes na bola, não pode ter nota alta. – 3,5
Pedrinho – Errou 99% das tentativas. A que acertou, Morelos furou. – 3,0
Morelos – É bem verdade que estava órfão de pai e mãe, mas furou uma bola inacreditável quando o jogo estava em 0x0. – 4,0
Guilherme – Não tem o drible curto. Quando teve oportunidade de mostrar o que sabe, o drible longo, não fez. – 4,5
Felipe Jonatan – Terminou o jogo como zagueiro. Enquanto esteve como lateral, gostei. Construiu boas jogadas por dentro. – 5,5
Patati – Provocou a expulsão do Luan Cândido. Oscilou durante o jogo. – 5,0
Furch – Não aproveitou a presença de área. – 4,5
Nonato – Não entendo a compra em definitivo deste jogador. – 4,0
Rincón – SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.
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