PRIMEIRO TEMPO PARA ESQUECER NA PRIMEIRA DERROTA EM CASA

Publicado às 21:25 deste domingo, 18 de fevereiro de 2024

(*) Pedro La Rocca

Neste domingo (18), o Santos conheceu a sua primeira derrota em Vila Belmiro em 2024. O carrasco foi o Novorizontino, que venceu por 2x1 e encostou na parte de cima da tabela geral. Com 2x1 no placar, os gols dos visitantes foram de Neto Pessoa e Rômulo, enquanto o Peixe diminuiu com Pituca.

Depois do gol no clássico, foi vez de Morelos receber a sua chance como titular na vaga de Pedrinho. Com Bigode iniciando, foi a primeira vez que Carille escalou o time com dois atacantes desde o início do jogo. Felipe Jonatan também retomou a vaga na lateral-esquerda. Hayner ficou no banco.

Logo com 12 minutos a equipe do interior já abriu o placar. Joaquim dividiu mal na intermediária, a bola sobrou para Rômulo, que só rolou para Neto Pessoa vencer João Paulo no mano a mano.

O gol já dava o indício que o Peixe poderia sofrer com os dois pontas de lança que partiam atrás do centroavante - Rômulo, mais de armação, e Waguininho, mais de velocidade.

Isso gerou superioridade númerica ao Novorizontino no meio-campo, fez com que os laterais do Santos batessem no mano a mano com os alas do adversário (algo previsto como tragédia anunciada na live pré-jogo, do último sábado (17)) e ainda fazendo um buraco entre os zagueiros e os laterais, perfeito para a penetração dos dois atletas citados acima.

Segundo gol do adversário veio da mesma maneira. Aos 39 minutos, Rômulo recebeu passe longo entre Joaquim e Aderlan e o zagueiro Santista entregou a bola ao camisa 10 para que ele, livre de marcação, finalizasse na bochecha do gol de João Paulo.

Não vou crucificar Joaquim pelas duas falhas individuais, apesar delas existirem. Prefiro colocar em jogo a ineficiência ofensiva do time Alvinegro, que precisou, no primeiro tempo de quase 76 passes para finalizar, não necessariamente no gol.

Já o time visitante, precisava de quase 12. 

Entendo que Carille quer um time cadenciado - e inclusive concordo -, mas não dava para continuar apático do jeito que estava. 

Os laterais não se movimentavam por dentro e a ausência de um coordenador de jogadas ficou muito evidente. Até Otero, um dos que se salvaram, se prendeu à marcação ao se manter o tempo todo pelo lado do campo.

Carille voltou para a etapa final com Furch, Hayner e Pedrinho.

Estarei cometendo uma heresia se dizer que o time melhorou. Se o Santos foi mais presente no campo ofensivo, foi porque o Novorizontino abdicou de jogar. 11 finalizações no primeiro tempo e três no segundo para o time de Eduardo Baptista.

Com Hayner, o Peixe cresceu em profundidade, mas ainda era inferior numericamente falando em quase todos os setores do gramado.

Em algum momento o Santos cresceu? Sim. Quando Pituca, aos 26 minutos aproveitou grande cruzamento de Hayner e diminuiu.

Nonato, aos 46, cara a cara com o goleiro Jordi, acertou a trave. Foram as grandes chances Alvinegras durante os 90 minutos (mais acréscimos).

Novamente cometerei uma heresia, se dizer que Carille inventou na escalação. De alguma maneira, o principal responsável pela crescente do time nesse início, tentou cobrir as faltas de Giuliano e Cazares, já que Nonato não se provou capaz de assumir a vaga da coordenação de jogo.

Como o próprio ressaltou na coletiva, perdeu quando podia perder e errou quando podia errar. O treinador já tem na cabeça erros que não pode cometer quando enfrentar uma defesa com três zagueiros e os atletas idem.

O próximo compromisso do Peixe será no domingo (25), às 11h, quando recebe o São Bernardo no Morumbis. Carille não terá Hayner, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 2 NOVORIZONTINO

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)

Árbitro: João Vitor Gobi

Cartões amarelos: Waguininho, Rafael Donato, Chico, Danilo Barcelos (Novorizontino); Hayner (Santos)

Público: 11.665

Renda: R$ 581.860,00

GolsDiego Pituca, aos 26' do 2ºT (Santos); Neto Pessoa, aos 13' do 1ºT, e Rômulo, aos 39' do 1ºT (Novorizontino)

Santos: João Paulo; Aderlan (Hayner), Gil, Joaquim e Felipe Jonatan (Nonato); João Schmidt, Diego Pituca, Otero (Pedrinho) e Guilherme; Willian Bigode (Marcelinho) e Morelos (Julio Furch)
Técnico: Fábio Carille

Novorizontino: Jordi; Rafael Donato, Renato Palm e Chico; Willean Lepo (Raul Prata), Willian Farias, Marlon (Reverson), Rômulo (Paulo Vitor) e Danilo Barcelos; Waguininho (João Afonso) e Neto Pessoa (Jenison)
Técnico: Eduardo Baptista
Guilherme tentou muito, mas não o suficiente

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Não teve culpa nos gols e, no segundo tempo, salvou o Santos num cara a cara com Rômulo. - 6,0

Aderlan - A defesa não foi bem, entra no conjunto. - 5,0

Gil - Pouco comprometeu, inclusive até se salvou em certos momentos em relação aos companheiros. - 5,5

Joaquim - Falhou nos dois gols. É muito bom zagueiro, mas infelizmente é uma bomba relógio, pode falhar crucialmente a qualquer momento. - 4,0

Felipe Jonatan - Só as dores no tornozelo que vinha sentindo explicam a queda no rendimento do camisa três. - 4,5

Schmidt - Claro que tem créditos por, ainda, ser o melhor do time em 2024, mas foi mal nessa partida em específico - e o resto sentiu a ausência do melhor desempenho do volante. Entrou na roda para o meio-campo adversário. - 4,5

Pituca - Mal no primeiro, melhor no segundo, como gosto que jogue o volante - pisando na área e chegando de frente. Quase marcou o gol de empate com uma finalização de fora. - 6,5

Otero - Ficou preso à marcação do lado do campo e, a movimentação que vinha fazendo de fora para dentro, ocorreu muito pouco. - 5,0

Guilherme - Cresceu no final do primeiro tempo e do meio para o final do segundo. Já nos últimos minutos, veio jogar por dentro. Tem explosão e vai bem no fundo. - 6,0

Bigode - Muito batalhador, mas merecia ter saído no intervalo. - 5,0

Morelos - Órfão de uma família inteira. Não recebeu em condições necessárias para um centroavante. - 5,5

Hayner - Deu a assistência para o gol de Pituca. Aderlan e Felipe Jonatan são necessários para a engrenagem do time, mas merece ser o 12º jogador. - 6,0

Furch - Quando estiver bem fisicamente, merece a titularidade. Boa presença de área e faz muito bem o pivô. - 6,0

Pedrinho - Melhorou muito levemente a tomada de decisão. Acertou mais nos dribles em relação às últimas partidas. - 5,5

Marcelinho - No pouco tempo que esteve em campo, conseguiu oscilar. - 5,5

Nonato - Acertou a trave em nove minutos em campo. - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.

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