PADRÃO CARILLE E VITÓRIA NO CLÁSSICO

Publicado à 00:04 desta quinta-feira, 08 de fevereiro de 2024

(*) Pedro La Rocca

Não acontecia desde agosto/22. Uma vitória em clássico dentro de casa. A primeira do ano e o terceiro jogo consecutivo sem sofrer gols. Recebendo o Corinthians, altualmente na zona de rebaixamento, o Santos venceu por 1x0 com gol marcado por João Schmidt. Peixe é líder geral da competição.

Kevyson vai passar por intervenção cirúrgica no joelho e Felipe Jonatan teve problema no tornozelo. Carille precisou improvisar Hayner na lateral-esquerdo. Além dessa mudança, o treinador optou por Bigode na vaga de Furch, que sentiu o adutor na vitória sobre o Guarani.

O time de Vila Belmiro estava dominante na partida, mas precisava do capricho na finalização. João Schmidt precisou da bola aérea cobrada por Otero para abrir o placar aos 22 minutos. Peixe repetiu o que fez contra o Água Santa, vencer com a artilharia aérea.

Faz muita diferença ter uma dupla de volantes com mais de 1,80m - o camisa cinco tem 1,83m.

Sete finalizações contra duas mostra que a primeira etapa foi total do Santos, que conseguiu melhorar e muito na saída de bola em relação aos últimos jogos e trouxe velocidade no quesito.

Poderia ter sido mais, porém Cazares, que não era nenhum suprassumo, saiu aos 26 minutos e tirou a parte de criação do time, que o Nonato não a faz com excelência.

Além disso, foram inúmeras chegadas no último terço durante a primeira etapa, mas a ampliação no placar não veio por falta de capricho, às vezes, mas principalmente tomada de decisão. Se tinha opção de passe, optavam pela finalização e vice-versa.

No segundo tempo, a posse de bola foi muito favorável ao rival de Itaquera (40% x 60%), que apesar de ficar muito próximo da área, ficou longe de empatar o placar em Vila Belmiro.

Se o Peixe optou por cadenciar o jogo no primeiro tempo, o jogo virou nos últimos 45 minutos. Foram 14 rebatidas, contra nove da etapa inicial. 

O jogo começou a complicar para o lado Santista, quando Pituca teve cansaço e o Nonato não estava voltando para ajudar.

A partir dali, o técnico Thiago Kosloski colocou Fausto Vera, Rojas e o estreante Rodrigo Garro para ficarem muito próximos no corredor central e gerarem superioridade no setor. Ali poderia geral uma pedra no sapato Alvinegro. 

Lances mais perigosos do Corinthians? Entrada da área.

Aos 48, Rojas cobrou falta da meia-lua e obrigou João Paulo a fazer defesa no reflexo.

Aos 49, Garro tentou de longe e fez o goleiro Santista fezer boa defesa perto da sua trave canhota.

Time recuou demais na segunda etapa e as mudanças de Carille não deram a válvula de escape necessária para matar o jogo. Poderia cadenciar também, como fez no primeiro tempo, mas foram muitos chutões.

Foi no padrão Carille de jogar. Organização e prioridade pela vitória.

Para enfrentar o Mirassol no domingo de carnaval (11), fora de casa, vejo que Carille pode poupar alguns jogadores que estão com sobrecarga. Pituca é um exemplo, mesmo fazendo a sua melhor partida no clássico, desde o retorno. Guilherme também.

Joaquim é desfalque certo, levou terceiro cartão amarelo.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 0 CORINTHIANS

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)

Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza

Cartões amarelos: Pedro Raul, Fagner, Romero e Ryan (Corinthians); Joaquim e Diego Pituca (Santos)

Público: 13.861 pessoas
Renda: R$ 883.595,00

Gols: João Schmidt, aos 23 do 1ºT (Santos)

SANTOS: João Paulo; Aderlan, Joaquim, Gil e Hayner; Diego Pituca (Tomás Rincón), João Schmidt, Cazares (Nonato) e Otero (Pedrinho); Guilherme (Marcelinho) e Willian Bigode (Morelos).
Técnico: Fábio Carille.

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Félix Torres, Caetano e Hugo (Fausto); Raniele (Ryan), Maycon e Rodrigo Garro; Romero (Gustavo Silva), Wesley (Yuri Alberto) e Pedro Raul (Rojas).
Técnico: Thiago Kosloski (interino).

Neymar esteve em Vila Belmiro para acompanhar o clássico

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Fez uma boa defesa nos minutos finais. Cresceu na saída de gol e jogo com os pés. Mérito para a nova comissão de goleiros. - 6,0

Aderlan - Seguro. Um dos pilares da organização defensiva. - 6,0

Gil - Saída de bola muito boa e fecha bem os espaços, apesar da idade. - 6,5

Joaquim - Travou Pedro Raul pelo alto. Tarefa dura neste aspecto. Ganhou cinco de seis duelos aéreos. - 6,5

Hayner - Vou dar um desconto, porque estava jogando na lateral-esquerda, mas sabe que precisa cadenciar em certos momentos. Muito afoito. Tem potencial ofensivo. - 6,0

Schmidt - Coroado com o gol. Liderou a partida em desarmes (seis). - 8,0

Pituca - Fez a melhor partida desde o retorno. Mapa de calor sempre impecável e, no clássico, foi mais participativo na saída de bola e esteve mais de frente para o ataque. - 7,0

Cazares - SEM NOTA

Otero - Bela batida na bola parada. Deu muita dificuldade para o lateral-esquerdo Hugo. Drible curto teve sucesso. - 7,5

Bigode - Faltou o gol, mas não dá para dizer que não batalhou. Evidente que falta muito para ser o Bigode de outros tempos. - 5,5

Guilherme - Finalizou uma no gol de Cássio, depois sumiu. - 5,5

Nonato - Simples: tem que ser oito, não pode ser 10. - 5,0

Morelos - Caiu durante o jogo. Tá longe de ser craque e nem dá para me chamar de oportunista, pois falo isso desde que chegou. Ainda está fisicamente atrás do resto. - 4,5

Pedrinho - Repito o que disse para o Hayner, muito afoito. - 4,5

Marcelinho - SEM NOTA

Rincón - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.



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