Publicado às 21:57 deste domingo, 11 de fevereiro de 2024 |
(*) Pedro La Rocca
Ainda com a melhor campanha da competição estadual, o Santos foi à Mirassol para enfrentar a equipe local e volta com um ponto na bagagem. O Peixe chega aos 16 pontos e 12, lhe colocam a frente do segundo colocado do grupo, Ituano. Hayner e Bigode marcaram os gols do time visitante, enquanto Dellatorre e Mário Sérgio vazaram o goleiro João Paulo.
Perdeu dois pontos.
O técnico Fábio Carille mudou quatro vezes no time titular. Joaquim, suspenso, deu vaga ao Messias. Lesionado, Cazares deu vaga a Nonato, que vestiu a camisa 10. Por opção, Otero e Schmidt deram vaga a Marcelinho e Rincón, o capitão, continuando o processo de poupar jogadores em razão da alta quantidade de partidas em sequência.
Apesar do empate nos primeiros 45 minutos, tecnicamente o jogo foi sofrível. Um Santos de 90% de aproveitamento médio no Campeonato Paulista, teve apenas 84% no período, Ficou claro que João Schmidt, o melhor jogador do time até aqui, faz muita falta. Mirassol tomou conta da partida, até o Peixe abrir o placar aos 14 minutos com Hayner.
Seis minutos depois o empate veio. Danielzinho recebeu no fundo, Nonato não conseguiu fazer a cobertura, e o cruzamento percorre toda área antes de encontrar Dellatorre livre na segunda trave. O lado esquerdo defensivo da equipe Santista estava preocupante. Gil não tem velocidade para cobrir Hayner toda hora.
O time de Carille não foi ao interior paulista para propor o jogo, mas faltou válvulas de escape. Guilherme e Marcelinho estavam muito presos às marcações.
O segundo tempo não foi muito diferente.
O Santos foi mudar de postura quando Rodrigo Ferreira, lateral-direito do adversário, foi expulso. A partir daqueles 15 minutos o Peixe foi mais presente no setor ofensivo e viu Pedrinho e o estreante Souza produzirem muito (em quantidade por ali).
Aos 36, Souza encontrou Otero na grande área e de voleio, o camisa 17 encontrou o oportunista Willian Bigode frente a frente com o goleiro Muralha. Um Santos pouco inspirado, precisou da expulsão para tomar a frente do placar.
Tudo foi por água abaixo aos 45 minutos, João Schmidt, no susto, espanou e deixou Mário Sérgio em perfeitas condições para empatar a partida. A volta para a Baixada Santista será com o sentimento de dois pontos perdidos, não de um ponto ganho.
Se tem algo que Carille mostrou serviço nesse elenco do Peixe, foi o sistema defensivo, porém nesse empate em específico, sofreu pane total nos dois gols - deixou a bola viva para o Mirassol empatar a partida. O treinador ainda explicou na coletiva:
“Não merecemos ganhar o jogo”.
Ele tinha razão. No calor do interior, o Santos que não fez nenhum treino tático antes da partida, não teve intensidade, perdeu a saída de bola sem João Schmidt e se perdeu com inúmeras mudanças no time titular.
Fiquei preocupado com os lados do campo ainda no 11 contra 11. Guilherme e Marcelinho ficaram órfãos de pai e mãe.
Com quatro alterações em relação à vitória no clássico, era esperado que faltaria entrosamento, mas pelas circunstâncias não poderia sair de Mirassol com apenas um ponto. Quarta-feira (14), o compromisso será o clássico contra o São Paulo, no Morumbi, às 19:30.
FICHA TÉCNICA
MIRASSOL 2 X 2 SANTOS
Local: Estádio Campos Maia, em Mirassol (SP)
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo
Cartões amarelos: Diego Pituca, Hayner e Willian Bigode (Santos)
Cartão vermelhos: Rodrigo Ferreira
Gols: Dellatorre, aos 20 minutos do 1ºT, Mário Sérgio, aos 45' do 2ºT (Mirassol); Hayner, aos 14 minutos do 1ºT, e Willian Bigode, aos 36' do 2ºT (Santos)
Mirassol: Alex Muralha; Rodrigo Ferreira, Lucas Gazal, Luiz Otávio e Warley (Marcelo); Danielzinho, Gabriel, Negueba (Everton Bala), Chico (Paulinho Bóia) e Fernandinho (Wanderson); Dellatorre (Mário Sérgio). Técnico: Mozart.
Santos: João Paulo; Aderlan, Messias, Gil e Hayner (Souza); Tomás Rincón (João Schmidt), Diego Pituca e Nonato (Morelos); Marcelinho (Otero), Willian Bigode e Guilherme (Pedrinho). Técnico: Fábio Carille.
Bigode e Hayner marcaram pela primeira vez pelo Peixe |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
João Paulo - Falha no segundo gol. Minutos antes salvou o Peixe de levar o empate antes. - 5,5
Aderlan - Não comprometeu. Cruzamento de qualidade. - 6,0
Messias - Faz parte dos culpados do primeiro gol. Deixou Dellatorre sozinho nas costas. - 5,0
Gil - Jogando pelo lado esquerdo, não sentiu a diferença na saída de bola. Porém, no primeiro gol, a bola passou em sua frente e não cortou. - 5,0
Hayner - Foi autor do gol, faz boas jogadas na parte ofensiva, mas deixa muito a desejar na marcação. O primeiro gol foi prova disso, fez Nonato o cobrir. - 6,5
Rincón - Falta ritmo de jogo. Não quero o criticar pelas poucas partidas como titular, mas não ajudou a zaga na saída como Schmidt ajuda. - 4,5
Pituca - Precisa de descanso. Não no clássico (óbvio). Fisicamente não está legal. Teve apenas 79% de aproveitamento no passe. Estava pilhado. - 5,5
Nonato - A posição de 10 não é a dele. Com as ausências de Cazares e Giuliano, foi submetido a essa função. Não consegue coordenar as jogadas. - 4,0
Marcelinho - Foi participativo apenas no primeiro tempo, depois sumiu. Único lance de perigo foi uma finalização de canhota, que foi para fora. - 5,0
Bigode - Ficou órfão de pai e mãe. Aproveitou a única oportunidade que teve. - 6,5
Guilherme - Pouco brilhante. Ficou preso à defesa adversária. - 4,5
Morelos - Ainda muito fora de forma. - 4,5
Otero - Tem boa batida na bola. Mais uma assistência para ele. - 7,0
Schmidt - Espanou o “taco” no segundo gol. Precisa voltar à titularidade no jogo seguinte. - 5,5
Souza - Garoto entrou bem e participou do segundo gol. Estreou como profissional. - 6,5
Pedrinho - Peca na tomada de decisão. Tem bom drible, mas pode ser mais cadenciado em certos momentos. - 5,5
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.
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