ARTILHARIA AÉREA DE VOLTA

Publicado à 00:55 deste quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024

(*) Pedro La Rocca

Com oito partidas a menos, o Santos de 2024 já igualou o número de vitórias nos estaduais de 21, 22 e 23 (três triunfos). Dessa vez, foi hora do Água Santa ser vítima da bola aérea de Joaquim, foi o autor do único gol da partida. 1x0 que deixa o Alvinegro mais líder do que nunca.

Com problemas na parte física do elenco, o técnico Fábio Carille fez cinco novas mudanças para o duelo no Estádio Primeiro de Maio: Hayner na vaga de Aderlan, Felipe Jonatan no Kevyson, Otero no Rincón, Guilherme no Pedrinho e Furch no Bigode.

Evidente que a vitória foi extremamente importante pelo resultado, porém existem alguns pontos que o time de Vila Belmiro deixou a desejar na partida.

A equipe de Fábio Carille estava espaçada quando tinha a bola. Não vi João Schmidt e Pituca com a aproximação que tinham nos últimos jogos. Contei, no mínimo, três saídas de bola erradas do Santos, que geraram lances ofensivos do Água. 

Furch perdeu uma boa oportunidade na primeira etapa, mas não consigo crucificá-lo, justamente porque a bola não chegava ao centroavante. Uma noite pouquíssima inspirada do Santos com a bola. 

O Água Santa teve maior posse de bola durante todo jogo e a ideia do Carille de ter velocidade com Guilherme e Otero não deu certo. O camisa 11 foi o terceiro que menos tocou na bola entre os titulares Santistas. O sete, o quinto.

Se os mandantes tinham suas limitações técnicas, o Peixe taticamente não foi organizado na parte ofensiva. João Paulo não trabalhou. Nem Ygor Vinhas.

No segundo tempo, o Santos ofereceu ainda mais duas finalizações ao adversário, que não teve competência.

Mesmo com as mudanças de Carille, apesar de ter ganho intensidade, teve ainda menos a bola e tampouco deu trabalho para o goleiro rival.

Pela segunda vez na temporada e em seu 200° jogo com a camisa do Santos, Felipe Jonatan cobrou escanteio com sucesso - assistiu Joaquim. Se não vai no chão, vai pelo alto menos. Por ali, o zagueiro é soberano.

Se Joaquim marcou aos 36 da etapa final, aos 50 quase o atacante Jael, o cruel, coloca tudo a perder. Ronald fez grande jogada passando por três atletas do Peixe e coloca na cabeça do centroavante. Era ele, a bola e o gol, tinha nem o João Paulo - acertou a trave.

Partida tecnicamente muito sofrível. Volto a dizer, João Paulo e Ygor Vinhas, a exceção do gol, foram meros espectadores.

Como acontecia em 2023, a bola aérea salvou e ofuscou uma partida ruim do Santos pelo chão. 

Se Carille repetiu a mesma escalação nas duas rodadas inciais, ela já foi diferente nas duas últimas. Para alguém que contratou 13 jogadores (sem contar o não anunciado Brazão), a falta de entrosamento pesa. 

Giuliano fez falta em determinado momento do jogo, porque sabe segurar a bola e definir a hora de acelerar e\ou ter calma para sair jogando. 

Resultado muito, mas muito melhor que a atuação. 

Santos volta a campo no domingo (04), quando recebe o Guarani em Vila Belmiro, às 18h.

FICHA TÉCNICA
ÁGUA SANTA 0 X 1 SANTOS

Local: Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo (SP)
Árbitro: Douglas Marques das Flores
Cartões amarelos: Igor Henrique, Rafael Oller, Inocêncio (Água Santa); Guilherme, Otero, Joaquim (Santos)
Cartão vermelho: Igor Henrique (Água Santa)

GOL: Joaquim, aos 36 do 2ºT (Santos)

ÁGUA SANTA: Ygor Vinhas; Inocêncio, Alex Silva, Walber e Roger Carvalho; Cristiano (Léo Sena), Rafael Oller, Igor Henrique e Luan Dias; Bruno Xavier (Keké) e Bruno Mezenga (Jael).
Técnico: Bruno Pivetti

SANTOS: João Paulo; Hayner, Gil, Joaquim e Felipe Jonatan; João Schmidt, Pituca (Rincón), Otero (Marcelinho) e Cazares (Nonato); Guilherme (Pedrinho) e Furch (Willian).
Técnico: Fábio Carille

Neste duelo, melhor para o Santista

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Não trabalhou. - 6,0

Hayner - Tem força e explosão, mas tem hora que precisa saber dosar. Mostrou que tem futebol sim, porém precisa da mente também. - 6,0

Gil - Lento, porém sempre bem posicionato. Seguro. - 6,0

Joaquim - Mais uma vez soberano no alto. Foi coroado com o gol de cabeça. É rebatedor nato, mas conhece da grande área. - 7,5

Felipe Jonatan - Segunda assistência para ele. Sofreu na marcação no final da partida, mas estava num três para um. Ajuda muito na saída de bola. Mesmo na lateral, foi o atleta que mais tocou na bola pelo Peixe. - 7,0

Schmidt - Se não foi brilhante com a bola, como em outrora, foi um monstro na marcação. Luan Dias terá pesadelos com o camisa cinco, que teve tal quantidade de desarmes e liderou a partida no quesito. - 8,0

Pituca - Faltou aproximar no Schmidt. Não rende tanto quando joga na linha do meia-armador. - 5,5

Cazares - Apesar de fazer uma partida melhor do que no clássico, ainda apagado. Apenas um passe para Furch no primeiro tempo. Não ajuda na marcação. - 4,5

Guilherme - Estava com exame de CK elevado. Talvez explique a falta de contra-ataques puxados, como fez contra Botafogo-SP e Ponte Preta. - 4,5

Furch - Titular do Santos que menos tocou na bola. O pouco que tentou, errou. - 4,0

Otero - Se não teve o brilhantismo do gol, deu trabalho para Inocêncio e Igor Henrique, que foi expulso e o camisa sete o levou a tomar o primeiro amarelo. - 6,5

Pedrinho - Não ajudou Felipe Jonatan na marcação. Precisa evoluir coletivamente. - 5,0

Nonato - Tem intensidade, ajuda na marcação, mas entrou na meia e lhe falta técnica para jogar ali. - 4,5

Marcelinho - SEM NOTA

Bigode - SEM NOTA

Rincón - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.

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