50 MIL NA CAPITAL, VITÓRIA NO FINAL

Publicado às 15:51 deste domingo, 25 de fevereiro de 2024

(*) Pedro La Rocca

Depois de 10 anos, o Santos voltou a atuar no Morumbi como mandante. Para 50 mil pessoas, o Alvinegro enfrentou o São Bernardo e conseguiu a vitória na partida com maior público do Paulistão 2024. No placar de 2x1, Morelos e Willian Bigode marcaram os gols Santistas e João Paulo (contra) abriu o placar do time de Márcio Zanardi.

Carille optou por colocar Pedrinho na vaga de Willian Bigode, que não foi bem na derrota para o Novorizontino. A tendência era ter Giuliano retornando após seis partidas de fora, mas o meia foi barrado na concentração. 

Até Morelos abrir o placar aos 27 minutos, o domínio era total do São Bernardo, que tinha mais posse de bola e finalizou, ainda que sem qualidade, mais do que o time Santista. O colombiano mostrou oportunismo ao receber cruzamento de Pedrinho, trazendo mais tranquilidade ao time de Carille.

Apesar de ter superioridade no meio-campo na questão numérica, o time de Carille não conseguia ganhar a região. Isso acontecia, porque os pontas de Zanardi vinham de fora para dentro e Otero não voltava para ajudar o sistema defensivo.

Quando Guilherme e Pedrinho não voltavam para ajudar os laterais, Aderlan e Felipe Jonatan saíam para marcar os alas e sobrava um buraco nas costas da defesa comandada por João Paulo. Mesmo num esquema diferente, o Peixe ainda sofre para enfrentar equipes com três zagueiros. 

E quando o time do ABC se desfez do esquema com três zagueiros, pegou o Santos cansado e apresentou superioridade no meio-campo. O volante Romisson entrou, mas antes o meia Vitinho também foi colocado em campo.

Com muita tranquilidade, a bola passou por quatro jogadores em frente a área até chegar em Romisson, que finalizou no travessão e a bola bateu nas costas de João Paulo até chegar ao gol.

Além de estar levemente perdido nas movimentação com bola do “Bernô”, o cansaço ainda pega alguns jogadores do Peixe. João Schmidt e Joaquim reclamaram de problemas musculares perto do final da partida e o próprio Carille segue ressaltando isso na coletiva.

O pivô de Furch e a velocidade de Patati vinham sendo as únicas válvulas de escape. Assim saiu o gol da vitória aos 41. O centroavante abriu no garoto, que cruzou e após o bate-rebate, Bigode, oportunista, colocou três pontos na conta do Santos.

Até quarta-feira (28), quando o Palmeiras enfrenta a Portuguesa, o Santos tem a garantia da liderança geral no estadual, mas não dá para ficar preso ao resultado, que foi melhor que a atuação.

Preocupante, que são dois jogos consecutivos sem conseguir propor jogo. Vamos observar as cenas dos próximos capítulos.

O time de Fábio Carille volta a campo no próximo domingo (03). O Peixe viaja à Bragança Paulista para enfrentar o Bragantino, às 18h.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 SÃO BERNARDO

Local: Estádio do Morumbis, em São Paulo (SP)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza
Cartões amarelos: Otero (Santos); Rafael Forster, Matheus Regis, Vitinho (São Bernardo)
Público: 50.132 pessoas
Renda: R$ 2.026.735,00

GOLS: Morelos, aos 27 do 1ºT, e Willian, aos 41 do 2ºT (Santos); João Paulo (contra), aos 24 do 2ºT (São Bernardo)

SANTOS: João Paulo; Aderlan, Gil, Joaquim e Felipe Jonatan (Rincón); João Schmidt, Pituca e Otero (Willian Bigode); Pedrinho (Weslley Patati), Guilherme e Morelos (Furch).
Técnico: Fábio Carille

SÃO BERNARDO: Alex Alves; Hugo Sanches (Victor Ricardo), Helder (Romisson), Alan Santos, Rafael Forster e Arthur Henrique; Rodrigo Souza (Vitinho Mesquita), Lucas Lima e Matheus Regis; Kayke e Luiz Felipe (Kauã).
Técnico: Márcio Zanardi
Chulapa foi homenageado pelo Paulistão de 84

NOTAS DE JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Não teve culpa no gol, ao contrário do que muita gente está falando. Ainda evitou o segundo com uma boa defesa no cantinho. - 6,0

Aderlan - Sentiu o cansaço no final do jogo, mas pouco comprometeu. - 5,5

Gil - Jogou todos os minutos da equipe em 2024. Sente o cansaço, mas segue muito seguro. No lance do gol, ficou com sobrecarga, porque o autor do gol recebeu nas costas do volante. - 5,5

Joaquim - Deu um lançamento bom para Guilherme, depois errou todos. Mal na saída de bola. - 5,0

Felipe Jonatan - Ficou sobrecarregado quando não tinha auxílio na marcação. Fora isso, não vejo que está no ritmo de jogo ideal. - 6,0

Schmidt - Sente a parte física. Não está sendo brilhante como nos primeiros jogos. Seria uma boa oportunidade de deitar em cima da inferioridade númerica do meio-campo adversário, não fez, porém tem crédito. - 5,5

Pituca - Fez a lateral-esquerda no final da partida. Foi o normal do seu futebol durante os 90 minutos. - 6,0

Otero - Só teve um toque a mais na bola que o João Paulo, o que é pouco para um meia (27). Prefiro quando joga aberto. - 4,0

Pedrinho - Deu a assistência para o primeiro gol. Erra na tomada de decisão, e não é pouco. - 5,5

Morelos - Bom posicionamento para marcar o primeiro gol, mas antes perdeu um incrível. - 6,5

Guilherme - Demorou para se encontrar como assistente de lateral. Não gostei. - 5,0

Furch - Muito consciente no pivô. - 6,0

Patati - Estreou bem na temporada. Óbvio com algumas questões técnicas e de decisão a melhorar, mas foi ele que produziu as grandes jogadas do time no segundo tempo. - 6,0

Bigode - Mais uma vez oportunista. Negócio dele é entrar nos minutos finais, porque tem gás. - 6,5

Rincón - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.


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