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| Publicado às 22:36 deste domingo, 08 de outubro de 2023 |
(*) Pedro La Rocca
Foram 12 jogos, com nove derrotas e três derrotas antes do Peixe voltar a vencer o seu maior rival dos últimos anos, o Palmeiras. Na atual gestão, o Peixe ainda não havia vencido o time alviverde. Um grande placar de 2x1 de virada na Arena Barueri, neste domingo (08), prova mais uma vez que santo de casa faz milagre, sim. Zé Rafael abriu o placar, Rincón e Marcos Leonardo selaram a virada Alvinegra.
Apesar de características diferentes, Marcelo optou por Messias, Nonato e Morelos nos lugares dos suspensos Dodô, Lucas Lima e Soteldo, respectivamente.
Longe de fazer o primeiro tempo dos sonhos, o Peixe apresentou a clara proposta de entregar a posse de bola ao seu rival, que fez 45 minutos com 69% do tempo com a redonda.
O time de Marcelo Fernandes teve muita dificuldade de manter a bola no pé, tanto que terminou o período com menos de 100 passes realizados. Sem Lucas Lima e principalmente Soteldo, a equipe perdeu boa parte da capacidade de sair em velocidade.
A equipe mandante abriu o placar aos 42 minutos da etapa inicial, com uma bola alçada por Gabriel Menino e desviada por Zé Rafael. Vendo e revendo o lance, foi possível perceber que Messias e Joaquim estavam sem marcar absolutamente ninguém e de novo volto a ressaltar que a defesa do Santos fica muito dentro da área, gerando dificuldade de reação para o João Paulo.
A grande dificuldade da equipe Santista foi no mano a mano (ou encaixe) do 3x3 do meio-campo, já que tecnicamente os rivais são e estavam superiores e ainda o Peixe via muitas vezes o Endrick caindo pelo corredor central. Não à toa, o goleiro João Paulo fez duas defesas a partir de lances como esse e ainda viu o camisa nove adversário acertar o travessão.
A situação foi antecipada na live pré-jogo realizada no final da tarde do último sábado (07).
O que talvez nem o mais otimista Santista esperava, era que o Alvinegro iria empatar ainda na primeira etapa. Em escanteio cobrado por Jean Lucas, Joaquim dá sua terceira assistência no comando de Marcelo Fernandes e Rincón, que nunca foi um artilheiro, marca de maneira consecutiva em duas partidas após completar na segunda trave.
Com os mesmos jogadores, porém com uma postura diferente no segundo tempo, dominando o meio-campo principalmente e mais presente no campo ofensivo o Santos teve 100% de aproveitamento nas seis finalizações que realizou.
Aos 24 minutos, João Paulo deu um "balão" em direção ao Marcos Leonardo, que desviou para o estreante Silvera na linha de fundo. O camisa 17 devolveu para o camisa nove que completou para o fundo da rede.
Nos acréscimos o Santos sofreu o gol de empate, porém foi prontamente anulado por impedimento.
Ajudou muito a equipe Santista que o técnico Abel Ferreira trocou 100% do seu meio-campo, dando superioridade aos Santistas até Marcelo Fernandes mudar pela primeira vez o setor.
O Santos não conquistava três vitórias seguidas desde março\abril, quando venceu Iguatu, Blooming e Botafogo-SP.
A 14ª colocação será uma realidade na vida Santista durante a semana, com três pontos de diferença para o 17º que é o Vasco. Aos poucos o Peixe vai se distanciando de onde jamais deveria ter entrado.
Além do jejum de 12 jogos sem vencer o Palmeiras, o Alvinegro de Vila Belmiro não conquistava quatro pontos contra o seu rival no Brasileiro desde 2017, quando venceu na ida e na volta.
Demoraram dois anos e nove meses para trazer pessoas que de fato entendem o momento do clube e sabem o que é o Santos Futebol Clube. Além de Gallo, Marcelo Fernandes e Carlito Macedo, os atletas do Peixe têm recebido visitas durante os treinamentos, como as de Elano e Renato na última quinta-feira (05).
O time nunca correu tanto como no três últimos jogos. 1+1=2. Inventaram 1001 ideias mirabolantes e quem faz milagre, de novo é o Santo de casa.
Sem o suspenso Rincón, o Peixe volta a campo só no dia 19\10, quando enfrenta o Bragantino em casa após parada pela data FIFA. Faltam 15 pontos para os 45. A luta continua.
GOLS: Zé Rafael (Palmeiras), aos 42' do 1ºT; Tomás Rincón (Santos), aos 46' do 1ºT; Marcos Leonardo (Santos), aos 24' do 2ºT.
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| O principal responsável pela virada Santista |
João Paulo - Tem retomado as boas atuações. Vive um problema em conjunto com o time na bola aérea, mas salvou o time embaixo da trave. - 7,5
Lucas Braga - Tímido na parte ofensiva. Sofreu com o Kevin nos primeiros minutos e depois conseguiu se ajeitar e fazer uma boa partida. A melhor até aqui como ala. - 7,0
Joaquim - Um monstro. De novo ajudou ofensivamente com uma assistência. Não dá para cobrar saída de bola, porque é rebatedor, porém de novo fez a função com sucesso. - 8,0
Messias - É o jogador mais alto do elenco e no lance do gol não estava marcando ninguém. É extremamente preocupante como se posiciona mal em bolas aéreas. - 4,0
Basso - Pela esquerda joga torto e não consegue apresentar futebol. Foi o titular do Santos que menos tocou na bola. Demorou para se achar em campo. Não deu um desarme, nenhuma interceptação e nenhuma - 5,0
Kevyson - Até em razão da falta de confiança, ficou mais preso ao sistema defensivo. No começo estava levando um baile do Endrick, mas depois se achou. - 5,5
Rincón - Apesar da idade, parece ter quatro pulmões. Corre demais. Marcou um gol idêntico ao que fez contra o Vasco. Fez um segundo tempo melhor que o primeiro. - 8,0
Jean Lucas - Ficou sumido no primeiro tempo até pela dificuldade coletiva que o meio-campo Santista tinha, porém fez um segundo digno do seu futebol. Deu um belo passe para Morelos parar em Weverton. Inteligente ao, de novo, cobrar rapidamente o escanteio que originou no gol de empate. - 7,5
Nonato - Tecnicamente não tem a mesma característica do Lucas Lima e foi outro que demorou para se achar em campo. Taticamente, não comprometeu. - 6,0
Morelos - Desde que chegou já melhorou fisicamente, mas ritmo de jogo é outra história. Antes de estrear na derrota para o Cruzeiro, não atuava desde o dia 24\05. Perdeu um gol que não poderia quando a partida estava 1x1. - 5,5
Marcos Leonardo - São 20 gols na temporada. Entrou na lista dos 50 maiores artilheiros da história do clube. Volto a repetir, dentro da área, é caixa. - 8,0
Silvera - Uma boa estreia para quem chegou sob olhar de muita desconfiança por marcar apenas um gol na última temporada mexicana, quando estava no Necaxa. Deu a assistência para o gol do Marcos Leonardo. Para matar o jogo, perdeu um gol incrível no final. - 7,0
Camacho - Entrou com a dura missão de substituir o capitão Rincón. Levou um cartão muito cedo e poderia se complicar. - 5,0
Dodi - Pouco participou da partida. Apenas cinco toques na bola. - 5,0
Furch - É extremamente importante ter um jogador como o camisa 11 no elenco. Faz bem o pivô e tem um bom chute de fora da área. - 6,5
João Lucas - SEM NOTA
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