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| Publicado às 23:03 desta quinta-feira, 14 de setembro de 2023 |
(*) Pedro La Rocca
Vendo o seu adversário jogar mais uma vez em ritmo de treino em Vila Belmiro, o Santos passa vexame e é goleado pelo Cruzeiro pelo placar de 3x0. Matheus Jussa, Bruno Rodrigues e Nikão marcaram os gols da equipe visitante. O Peixe finaliza um mini Campeonato Mineiro com três derrotas, oito gols sofridos e nenhum marcado.
Em seu quinto jogo com um escalação diferente, o técnico Diego Aguirre promoveu quatro alterações no time titular: Messias tomou vaga do lesionado Alex, Caiçara entrou no lugar do Joaquim na lateral-direita, Nonato aproveitou que Rincón estava na Seleção e não tinha condições físicas e Lucas Braga foi o escolhido para entrar no lugar do Lucas Lima.
Desde o tempo do Pepa o Cruzeiro tinha a característica de explorar as laterais do campo e dessa vez, na estreia de Zé Ricardo em seu comando técnico, não foi diferente. O Peixe entrou com Caiçara na direita que não jogava como titular desde novembro\22 e o lento Messias na cobertura. Tragédia anunciada.
Os mandantes abriram o placar aos 40 minutos depois de terem as melhores chances da partida. Já diria o ditado, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Jussa recebeu cruzamento na primeira trave e colocou no canto esquerdo do goleiro João Paulo. Bola na área do Santos é um convite ao prazer para o adversário.
Foi mais um primeiro tempo em que o Santos chutou um total de zero bolas ao gol adversário. O "curioso" caso do time mais artilheiro da história, que sofre para minimamente acertar o gol dentro da própria casa.
No segundo tempo a "vaca deitou", assim como o time do Cruzeiro. O treinador Santista fez três substituições no intervalo: Furch no Jean Lucas, Rincón no Nonato e Gabriel Inocêncio no Caiçara. O time que precisa ganhar, mas não tem meia e coloca dois volantes de marcação e lentos.
Aos 25 da etapa final, Bruno Rodrigues aproveitou a linha de impedimento mal feita pela defesa Alvinegra e tocou na saída do João Paulo. Aos 43, Dodô dá espaço para Nikão que estufa a rede Santista.
Mais uma derrota de quem preferiu desde o princípio do seu comando negligenciar os problemas no futebol. Que trouxe 48 jogadores, 11 treinadores, que não tem a cara e a alma de Santos. Atletas e comandantes esses, que não conseguem evitar o torcedor de ver o "pavor pelo balón".
O Peixe tem a sua pior campanha em 23 rodadas na história do Campeonato Brasileiro, pior inclusive que em 2008, quando no início do segundo turno conseguiu engatar uma ascensão na competição nacional.
São cinco jogos de Diego Aguirre com quatro derrotas, uma vitória, 12 gols sofridos e só dois marcados. O treinador que foi contratado para arrumar a defesa e trazer experiência, coleciona vexames e tem aproveitamento de lanterna da competição.
Algumas escolhas do treinador não fazem algum sentido. Messias jogou o ano inteiro pela esquerda e agora, sem ritmo, muda para a direita. A mesma coisa acontece com o Basso, que atuou toda a sua carreira pelo lado direito e no duelo contra o Cruzeiro vai jogar pela esquerda. Se tinha preocupação com a parte defensiva, por que Inocêncio não começou o jogo por qualquer uma das laterais, já que tem os melhores números defensivos entre os laterais do elenco?
O meio-campo é nulo e não participa nem na defesa e muito menos no ataque. Para Fernández lhe falta qualidade técnica e de QI. Nonato não mostrou nada do que esperamos, por enquanto. Jean Lucas de meia não é o mesmo. Data FIFA para que, se o time volta pior do que estava antes. Aguirre escalou e mexeu muito mal.
Com 15 jogos restantes e quatro pontos de diferença para sair da zona de rebaixamento, tem que colocar para ontem, apesar de ser tarde, quem conhece e sabe o tamanho e o peso que tem essa camisa.
Aguirre em 11 dias desde o último jogo, deixou a equipe ainda mais desorganizada e sem padrão de jogo. O Santos é um paciente que está muito próximo de ter falência múltipla de órgãos, ou seja, o inédito rebaixamento vide os seus inúmeros problemas dentro e fora de campo.
O BLOG do ADEMIR QUINTINO apurou que o treinador não tem permanência garantida.
Fisicamente, o elenco Santista se perde com 20 minutos e tecnicamente é só um espelho do seu amadorismo fora de campo. O Peixe é o quinto time que mais ganha a bola, mas é o sexto que mais perde a bola por jogo, ou seja, recupera para perdê-la de novo.
O próximo jogo do Santos será uma final. O Alvinegro de Vila Belmiro viaja para Salvador para enfrentar o time que agora é comandado por Rogério Ceni, o Bahia. O duelo acontece na próxima segunda-feira (18), às 20 horas, na Arena Fonte Nova. O Bahia é o 15º colocado da competição e está a quatro pontos do Peixe, assim como o 16º Goiás.
GOLS: Matheus Jussa, aos 39 do 1ºT, Bruno Rodrigues, aos 24 do 2ºT, e Nikão, aos 43 do 2ºT (Cruzeiro)
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| Falecido no último final de semana, Cosmo Damião foi homenageado antes do vergonhoso resultado |
João Paulo - Mal posicionado no terceiro gol. Sem culpa nos outros dois. - 4,5
Caiçara - Com 20 minutos a sua parte física já acabou, mas era previsto, já que ele não atuava como titular e por 90 minutos desde novembro\22. A partir desse tempo de jogo perdeu todas no 1x1 para o ex-Santista, Arthur Gomes. - 3,0
Messias - 70% de aproveitamento no passe incluindo muitos erros na saída de bola, dando contra-ataque ao adversário. Ele que estava na marcação do Jussa, que abriu o placar na Vila. Lento para fazer as coberturas das subidas do Caiçara. - 2,0
Basso - É um zagueiro que tem qualidade para sair jogando, mas muitas vezes tem dificuldade no posicionamento. 54% de aproveitamento nos duelos aéreos e rasteiros. Foi prejudicado pela alteração do seu lado do campo, já que estava acostumado a jogar pela direita. - 3,0
Dodô - Um jogador que desde as suas primeiras partidas se apresenta num momento péssimo fisicamente falando. Marcou em distanciamento social o Nikão, no terceiro gol dos adversários. - 2,0
Fernández - Não foi tão prejudicado pelo esquema adversário, porque eles levavam muitos atletas para o lado do campo, ressaltando o seu estilo caçador. Deu quatro desarmes e, para variar, levou cartão amarelo e está fora do próximo jogo. Poderia ter saído no intervalo. - 3,0
Nonato - Fez seu primeiro jogo como titular sob o comando de Aguirre e com a camisa do Santos. Pouco tocou na bola, já que o meio-campo do Peixe foi nulo em toda partida. Não tem a marcação como valência. - 3,0
Jean Lucas - Jogando de meia armador, seu futebol some. Tem que ser segundo volante. Não tem característica de coordenador e nem de jogar entrelinhas. É um condutor de bola entre a defesa e o ataque. - 3,0
Lucas Braga - Perdeu 13 vezes a bola. Não tem drible curto, só o longo e não teve chance de receber em velocidade. Depois da pubalgia, nunca mais foi o mesmo. - 2,0
Marcos Leonardo - Só teve duas chances no jogo, em uma finalizou errada e uma jogada em que conseguiu o escanteio. Órfão de pai e mãe. - 4,5
Mendoza - Impressionante que vem técnico, vai técnico e esse rapaz não sai do time titular. Só corre, pensar não é com ele. - 1,5
Inocêncio - Depois da sua entrada acabou a farra do lado esquerdo ofensivo do adversário. Não é diferente com a bola, mas se sobressai defensivamente em relação aos outros laterais. - 5,0
Rincón - Não pode jogar junto com Fernández. Tem que ser titular sozinho como volante nos próximos jogos. Não mudou o clima da partida. - 3,0
Furch - Entrou para vencer duelos aéreos, mas a bola pouco chegou. - 4,0
Lucas Lima - Entrou aberto pela direita e foi para dentro com o tempo, mas numa nhaca danada. Tragédia anunciada desde a sua contratação e principalmente renovação. - 2,5
Morelos - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter na Rádio Zero9.
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