Todos, estejam eles entre nós ou não, estão empurrando pela anti-queda Santista. O único que não colabora é o próprio clube de Vila Belmiro. Com gol de pênalti aos 51 minutos da segunda etapa, o Peixe empatou pela segunda vez consecutiva em Vila Belmiro, dessa vez contra o Athletico-PR, que teve seu único gol marcado por Pablo.
O técnico Paulo Turra mais uma vez não repetiu escalação. Na lateral-direita, Gabriel Inocêncio pegou a titularidade novamente após seis partidas na vaga do João Lucas. Já na zaga, João Basso pegou a vaga de Joaquim e fez a sua estreia com a camisa Alvinegra.
Diferente dos últimos jogos, o Santos ficou mais com a bola e terminou a partida com a superioridade na posse (64%x36%). Apesar de estar na frente nesse quesito, era uma luta para que a "redonda" chegasse nos atacantes.
Era tudo que o Athletico queria, já que tinha conhecimento da carência do Peixe no quesito e ainda tem um plus: a desorganização defensiva do time, que antes dessa partida, havia levado 13 gols em cinco jogos.
Aos 29 minutos, Pablo abriu o placar para os visitantes justamente a partir desses erros. Fernández perdeu a bola na intermediária e Fernandinho achou um belo passe para o atacante adversário. O que assusta é o posicionamento. Inocêncio espetado na ponta, Dodô marcando por dentro e Alex fechando a lateral oposta (esquerda).
Com o final da primeira etapa, o time mais artilheiro do mundo chegou a um jogo e mais 45 minutos sem acertar o gol de um adversário. Como fazemos questão de lembrar sempre - acabaram com tudo, inclusive com a história. O primeiro acerto na meta para o Santos após o período foi aos nove da etapa final.
Turra demorou para mexer (aos 20), mas ao contrário dos últimos jogos, vide as opções que tem no banco, fez o que podia. Colocou Braga no lugar do Fernández e Furch no lugar do Dodi, já que ambos não estavam bem.
Como vem sendo, os Deuses do futebol e surpreendentemente o VAR estão salvando o Santos Futebol Clube do pior, mas ele próprio faz força para tal. Aos 48 minutos de jogo o árbitro André Luiz Skettino Policarpo Bento foi ao vídeo e encontrou um toque no braço de Thiago Heleno a partir de um chute do também zagueiro Alex.
Marcos Leonardo bateu bem demais e fez. O sexto gol do jogador nos últimos seis jogos e mais uma vez evitando uma derrota do Peixe.
É muito pouco para o Santos, depender de um pênalti (bem marcado) para empatar um jogo dentro de casa. O time mais artilheiro do mundo passar tanto tempo sem chutar uma bola no gol e passar tanto tempo longe do gol do adversário.
Uma pena o motivo do Falcão ter caído, que deveria ser esportivo e não judiciário. Não tinha mais tempo para o coordenador no Santos que não provava nada de bom em seu trabalho. Turra segue no mesmo caminho, já que não consegue fazer o time jogar.
A saída de bola da equipe com Odair já era ruim, Turra conseguiu piorar. O que os dois têm em comum? A escola. Os gaúchos estão tomando conta do clube e a água não pode bater no traseiro quando a maior tragédia da história do clube acontecer.
Lucas Lima jogando aberto tira a sua principal característica. O 4-3-3 é estatutário e não pode ser alterado. Não, o Santos não joga com quatro no meio, já que o camisa 23 fica preso no lado do campo.
O Santos é um dos poucos times do atual Brasileirão que só tem uma competição em disputa e mesmo assim a equipe está abaixo nos aspectos físicos e táticos. Tem coisas que só acontecem em Vila Belmiro.
Agora não se pode contratar jogadores com contrato, apenas os livres. O novo departamento de futebol precisar tomar conta do futebol do clube, coisa que os últimos comandantes não conseguiram.
Faltam 27 pontos para os 45. A luta continua. O clube que teve o maior de todos os tempos não pode ter a sua história manchada pela incompetência de terceiros.
Não defendia a saída de Odair Hellmann, porque sabia que viria um pior (e veio) e que o problema estava e está acima dele. O Presidente confirmou, contrariando as próprias conclusões inclusive, que vai atrás de um novo coordenador e que Turra não tem permanência garantida. O futebol está abandonado e não pode continuar assim.
João Paulo - Com exceção do gol sofrido e de uma boa defesa no primeiro tempo, foi mero espectador. Tem dificuldades visíveis no jogo com os pés. - 6,0
Inocêncio - Pelo que o jogo pedia em relação a saída de bola foi mal. É um marcador ok, mas peca muito no quesito de ter a posse. - 4,0
Basso - Tem bom jogo com a bola no pé. O Athletico-PR pouco atacou especialmente na segunda etapa e em apenas uma partida não conseguiu mostrar definitivamente suas características defensivas, sejam elas positivas ou negativas. Líder em interceptações no jogo. - 5,5
Alex - Não só por jogar do lado correto da sua perna boa, ganhou a posição na minha visão. No lance do gol, foi prejudicado pelo Dodô não ter guardado posição. Conseguiu o pênalti que salvou o Peixe de não sofrer mais uma derrota. - 5,5
Dodô - Falha muito no gol adversário. Largou a ala-esquerda para virar praticamente um zagueiro fechando o corredor central. Quando começou a ir no fundo, já no fim de sua passagem no jogo, cansou. - 3,0
Fernández - Outro que tem a sua parcela de culpa no gol dos visitantes, já que perdeu a bola na saída e entregou a posse. Não repetiu os bons jogos que vinha fazendo. - 4,0
Dodi - Não tem feito por merecer a vaga como titular. Apesar de receber muita bola de costas e não ter estatura para fazer esse tipo de jogada, está sem confiança e errando em momentos que não costumava errar. - 3,5
Jean Lucas - Mesmo não sendo o camisa oito dos últimos jogos, é um oásis no deserto. Melhorou fisicamente e seu futebol cresceu após a saída dos volantes, já que comandou o meio-campo. - 6,0
Lucas Lima - Jogando aberto não vai performar. As grandes jogadas que ele criou para companheiros foi quando estava por dentro. - 4,0
Mendoza - Some quando o Santos não joga em velocidade. Não é o jogador do um contra um e por isso tem dificuldades quando o Peixe precisa empurrar o adversário para dentro de sua área. Numa situação dessa, tem que ser deslocado para jogar por dentro. - 3,5
Marcos Leonardo - Foi pouco participativo - já que a bola pouco chegou. Fez o gol decisivo que evitou a derrota Santista. Dentre os titulares das duas equipes, o camisa nove e o ex-Santista Madson foram os que menos tocaram na bola. - 6,5
Lucas Braga - Está visivelmente abaixo fisicamente. Lesão no púbis, como tinha há pouco tempo atrás, é algo muito complicado no pós. É outro que tem o bom drible longo, mas um drible curto ruim. - 4,0
Furch - Fez o desvio para que Alex forçasse a penalidade. É sua característica - jogo pelo alto apenas. - 5,0
Kevyson - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter na Rádio Zero9.
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