COLHEU O QUE PLANTOU

Publicado às 22:35 deste domingo, 12 de fevereiro de 2023

(*) Por Pedro La Rocca 

Segundo clássico do ano, segunda derrota. Aliás, a segunda derrota por 3x1 e iniciando o jogo perdendo por 3x0 e marcando um gol na bacia das almas e sabe lá Deus como o Santos achou esses gols. Neste domingo (12) chuvoso no Morumbi, o Santos foi derrotado por 3x1 para o São Paulo. Calleri, Galoppo e Luan fizeram os gols do rival e Rwan - de pênalti - descontou para o Alvinegro.

Para a partida, o técnico Odair Hellmann, mesmo com a vitória sobre o São Bento na última partida fez mudanças. Sandry, suspenso, saiu por obrigação e deu lugar o Camacho. Por opção do comandante Ivonei retornou ao banco e deu lugar ao Lucas Braga.

Conforme antecipado em todas as redes sociais do Blog do Ademir Quintino, Lucas Braga entrou para ser assistente de lateral, acompanhando Wellington nos ataques do rival. Ângelo, como vem treinando com Odair desde sua chegada - entrou como meia.     

Pela grama estar completamente encharcada, o Santos apostaria nos chutões e bolas longas. O Peixe entrou mirando no empate, se acertasse na vitória, era lucro.

Os primeiro minutos de partida até foram postivos ao Santos, que vinha desarmando bem na intermediária defensiva e até conseguiu dois bons contra-ataques com finalizações. Marcos Leonardo aos quatro minutos, obrigou Rafael a salvar os mandantes. Mendoza, um pouco depois, ia sair livre com o goleiro adversário e a poça de água o desarmou.

A partir dali, o começo da tragédia Santista entrava em campo.

Falta cobrada na área, a zaga do Santos larga Calleri sozimho dentro da "cozinha" e o centroavante marca, curiosamente contra o Peixe, o seu primeiro gol na temporada. Pane total da defesa Alvinegra, incluindo o goleiro João Paulo.

O primeiro gol, teve como consequência, o Santos ficou completamente inofensivo.

O segundo gol, não demorou muito para vir. Aos 20 minutos, Lucas Pires tirou a bola em cima da linha, porém com o braço. Pênalti marcado e convertido. Cartão vermelho ao lateral Santista como brinde.

Com dois gols de desvantagem, o desenrolar da partida deu vontade de chorar. Um Santos completamente desarrumado em campo, que não atacava, ofereceu diversas chances do São Paulo terminar o primeiro tempo com goleada.

E ainda para dar continuidade  ao "gigante" primeiro tempo do Santos, a etapa complementar começou com João Lucas fazendo falta completamente infantil, pisando em Calleri e levando cartão vermelho. O Santos jogou os últimos 35 minutos de jogo com dois jogadores a menos. Se com 10 já estava difícil, com nove ficaria ainda mais.

Os mandantes ainda marcaram o terceiro gol aos 42 minutos do segundo tempo. Três gols, ainda ficou barato, porque teve pênalti não marcado para o rival, que não estavam nem um pouco afim de ampliar o placar e sob os gritos de olé da torcida adversária, o Santos ainda diminuiu com Rwan, de pênalti aos 49.

Para suprir as vagas dos expulsos, o técnico Odair, ao invés de tirar jogadores que não estavam bem, ele tirou Ângelo, por exemplo, melhor jogador da equipe tecnicamente.

Dos três gols, dois foram originados de bolas aéreas. Com exceção da defesa que tem mais de 1,82 metros de altura, o Santos só teve jogadores abaixo de 1,80. Tragédia anunciada contra uma equipe forte no jogo pelo alto.

o Santos não ganha uma segunda bola, não vence um "pé de ferro", não ganha uma bola aérea, perde todas na velocidade. Não à toa, o Santos, hoje, joga o mesmo campeonato de Portuguesa, Ferroviária, Ituano, Mirassol e São Bento.

O Santos termina essa oitava rodada com nove pontos, lanterna do grupo A, 13ª colocação geral e com quatro pontos de distância da zona de rebaixamento. E ainda com detalhe, o jogo do Ituano, que foi adiado, pode ainda colocar o Santos na primeira colocação fora da zona da degola. Se não abrir o olho e não vencer o Santo André e a Portuguesa, o rebaixamento começa a bater na porta Santista com força.

O problema não é ter pontos fora da curva. O problema, é que jogos como esse clássico, são comuns nas últimas três temporadas no Santos. No mesmo período, 23 clássicos e 16 derrotas. O Santos é exatamente o mesmo desde 31/01/2021 - um dia após o vice-campeonato da Libertadores. 

O Santos tenta voltar a vencer na próxima quinta-feira (16), quando visita o Santo André no Bruno José Daniel, às 19:30.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 3 X 1 SANTOS

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza

Cartões amarelos: Luciano, Balém, Pablo Maia (São Paulo); Camacho, Nathan, Calleri (Santos)

Cartão vermelho: Lucas Pires (Santos)

GOLS: Calleri, aos 16 do 1ºT, Galoppo, aos 23 do 1ºT, Luan, aos 42 do 2ºT (São Paulo); Rwan, aos 48 do 2ºT (Santos)

SÃO PAULO: Rafael; Orejuela (Nathan), Alan Franco (Belém), Beraldo e Welington; Méndez, Pablo Maia (Luan) e Luciano (Marcos Paulo); Wellington Rato, Galoppo e Calleri.
Técnico: Rogério Ceni

SANTOS: João Paulo; João Lucas, Maicon, Bauermann e Lucas Pires; Camacho (Balieiro), Dodi e Ângelo (Nathan); Lucas Braga (Rwan Seco), Mendoza (Messias) e Marcos Leonardo (Lucas Barbosa).
Técnico: Odair Hellmann

Mendoza foi o pior em campo pelo Santos

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Fez, se não for a pior, uma das suas piores partidas com a camisa Alvinegra. Falhou no primeiro e no terceiro gol. - 4,0

João Lucas - O lateral-direito que não marca, não ataca e levou um baile jogando tanto pela direita, tanto pela esquerda. Expulsão mais do que merecida, a partir do seu exagero. - 2,0

Maicon - Mesmo com 1,91m, falha bizarramente no primeiro gol. Ele estava encarregado de marcar Calleri, que ficou livre para marcar. - 4,0

Bauermann - O camisa quatro tem extrema dificuldade na mudança de direção e sofre muito na cobertura. Muita dificuldade na bola aérea. - 3,5

Lucas Pires - Uma displicência enorme no primeiro terço do campo. Faz um pênalti com expulsão, a partir de um péssimo posicionamento do atleta. - 2,0

Camacho - Nulo em campo. O atleta recebe oportunidade, é meio-campista e sequer marca ou ataca. 11 toques para um volante. - 3,0

Dodi - Talvez o mais lúcido do meio-campo, porém se perdeu após o primeiro gol. Ele quem faz a falta que origina a abertura do placar adversário. - 4,5

Ângelo - Jogou apenas 20 minutos. Sua substituição foi uma consequência da expulsão. - SEM NOTA

Lucas Braga - Entrou para acompanhar o lateral. - 4,5

Mendoza - Não tem condição de vestir a camisa mais histórica do planeta. O colombiano consegue ser desarmado por si próprio. - 1,0

Marcos Leonardo - O camisa nove é completamente prejudicado pelo seu entorno. - 5,0

Nathan - Jogador de futsal. Só pisa na bola. Não marca, não ultrapassa e conseguiu, em 64 minutos, perder seis posses e jogando na ala defensiva. - 3,0

Balieiro - Jogou 45 minutos e nem apareceu em campo. - 3,0

Messias - Como já diria a frase: "Tem coisas que só acontecem com o Santos", a contratação desse jogador só espelha o atual momento Santista. Em certo lance, foi cabecear a bola e a "redonda" foi direto na sua mão. Pênalti não marcado para o rival. - 2,0

Rwan - Fez o único gol do Santos na partida. - 5,0

Lucas Barbosa - Entrou para ajudar na estatura e na voluntariedade defensiva. Deveria ter sido titular pela característica do adversário. - 5,0

(*) Pedro La Rocca - Estudante de Jornalismo, repórter na Rádio 365 e na Web Rádio Piabanha


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